Educação > Escritoras criticam lista do vestibular da USP só com livros de mulheres Voltar
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Quem leu a obra de Machado de Assis sabe do que o velho bruxo era capaz. As personagens centrais das obras machadianas eram quase todas femininas: LÃvia, Helena, Flora, Capitu, Fidelia, etc. Todas elas são mulheres que se destacam socialmente não apenas por sua beleza, mas sobretudo por suas habilidades, sua astúcia. Esse protagonismo feminino não era apenas um recurso, mas um dos segredos do sucesso de Machado junto ao público feminino, certamente.
A medida é importante. Já autores como um Machado não precisam de lista de vestibular pra serem clássicos. Suas obras transcendem qualquer picuinha acadêmica e identitária.
Por ser clássico deve fazer parte do repertório literário dos jovens brasileiros.
Tiram um grão de arroz do prato do macho e ele já vem falar em "machismo reverso", "misandria"... Reflitam: é uma lista de um único vestibular, uma uma única universidade Paulista, durante apenas 3 anos... Não é a exclusão de todos homens da história da literatura mundial... Estão criando tempestade num copo de água. Mas, logo se vê, se incomoda o poder instituÃdo, é porque consegue tocar nas estruturas!!
Depois da academia brasileira de letras possuir um monte de gente que de escritor não tem nada ou quase nada, vai esperar o que. O Brasil quer fazer inclusão social usando o método de forceps, o profissionalismo e empenho da pessoa é o que menos importa, por isso formamos tantos analfabetos funcionais.
Concordo. As pessoas tem mania de resolver as coisas pelo caminho mais fácil.
Que uma barbaridade dessa seja parida em nome da lacração identitária explica muito do nosso desempenho no Pisa.
Vai entender o q elas querem.
Quer fazer justiça, coloca meio a meio. Da forma como fizeram, ao invés de reparação de um (hoje) problema histórico, parece "vingança".
... menos, gente, menos. E quando as relações eram somente de autores? Agora, por três anos, é a vez e o predomÃnio de escritoras. O que impede após os três anos seguintes o retorno à s listas tipo 'tradicionais'? Tempestade em copo d'agua ou questão de mercado com livros 'encalhados'? Se este o caso não custa dialogar com os respectivos responsáveis e, com o bom senso, equilibrar as demandas sem afetar as qualidades e quantidades exigidas.
O Teatro e a Literatura de Nelson Rodrigues precisariam estar em uma lista destes vestibulares . Sem conhecê-los , essa moçada jamais saberá sobre a vida como, de fato, é .
Por acaso, a USP quer instituir o machismo às avessas? A universidade cometeu um enorme erro.
Ora, é só mais um passo para consolidar as estatÃsticas segundo as quais temos os piores alunos do mundo. Dobrar a meta, lembram? É assim: fora do poder, a esquerda faz de tudo pra destruir. Já no governo, aà destrói tudo mesmo.
No afã de prestigiar as mulheres, que é louvável, este povo está cometendo erros enormes. E tem mais: obrigando a gurizada a ler algumas obras sem grande valor. Metade das citadas não contribuem em nada para a a literatura.
Que retrocesso! Parece que esqueceram da mensagem e valor da obra.
Qual o termo apropriado utilizado para caracterizar a ojeriza a homens? No caso, para as mulheres, se não me engano, é misogenia.
Muito obrigado Joel. Eu realmente não sabia.
A ojeriza a homens, por parte das mulheres, se chama misandria.
o cara que vai prestar vestibular na fuvest provavelmente tb vai tentar outras universidades, e vai ter que ver o que entra nas outras provas que podem apresentar outras listas de autores. o machadão, p.ex, deve estar em todas as demais (ou deveria, vá...). assim, não entendo que vai ser por falta de estÃmulo que a molecada vai deixar de ler o que é bom, se deixarem é de vagabundagem mesmo.
Hoje em dia, afirmar publicamente a preferência por Homero, Goethe ou qualquer outro cânone da literatura ocidental, como diria Bloom, é prova de "reacionarismo". O identitarismo é uma histeria coletiva.
Anita vai ser imortal da ABL.
Bacana essa lista só de mulheres, pois, longe de apagar o machismo, trará à luz o olhar feminino sobre a sociedade machista da época. Entendo que esse é o foco. Quanto a Machado, volta em 2029-31, sem problemas... Já deixo aqui a sugestão de colocarem para este próximo triênio apenas autores negros como ele e indÃgenas. Será muito simbólico, além de necessário para nosso paÃs tão marcado pelo racismo e preconceito.
Excelente matéria.
A lista de livros ignora a história literária do paÃs, só isso. O texto de opinião, por outro lado, é apenas uma manifestação de pessoa irrelevante no ensino da literatura no paÃs. Mais uma vez perde o jovem, com esse direcionamento ideológico escancarado.
impressionante. as professoras doutoras com clareza explicam por que é que uma lista com nomes só de mulheres está errada. daÃ, aparecem os machos destes tristes trópicos nos comentários aqui para comprovar o que já sabemos: o patriarcado é um câncer. olha só o raciocÃonio dos machos: ai, mulher num tá nunca contente, aà se tem só homem reclama, se tem só mulher reclama, ai mulher quer ser é como homem. ojeriza!
Se põe só homem é machista, se coloca só mulher é machista, afinal, " O que querem as mulheres (feministas)?"
gente: haja paciência. a criatura realmente leu o que foi escrito? este discurso raso de que feminismo é o oposto de machismo é tão tosco, medÃocre, não cola mais, não, senhor thiago.
Isso é coisa de gente imbecil. Mesmo alguém de centro esquerda como eu não pode achar um negócio desse normal.
Kkk
Ironicamente, o machismo, a quem imputam a gênese da misoginia, é quem pauta a agenda feminista. Tentam ser um homem de saias. Para o bem e para o mal. O filme "Oito Mulheres e um Segredo" é a versão feminina de "Onze Homens e um Segredo", roubo cinematográfico. Tem a saga de Lampião e Maria Bonita, encenada a rodo em todo o paÃs, fazendo apologia ao cangaço, como forma de protagonizar o papel social feminino através do crime. (continua)
(continuação) Manchete: "TaÃs Araujo faz campanha de uÃsque para ‘quebrar estereótipo de bebida masculina e elitizadaÂ’." Além do do She-Hulk, ou Mulher-Hulk. Uma mulher hipermusculosa. Teratológica, quer dizer. Não vejo nenhum demérito em ser mãe. Pelo contrário, é um papel social nobilÃssimo, desde que fundado no amor. Diferente da algazarra e do seco frenesi masculino nas bolsas de valores buscando o vil metal. Elas estavam entrando nisso também. Aà as bolsas passaram a ser virtuais.
Falando em TaÃs Araújo, ela protagoniza um filme que está sendo lançado, sobre um crime no inÃcio do século, em Curitiba, onde ela é a promotora. Promotora negra em Curitiba, em 1915? Este pessoal não conhece nem Curitiba nem história...
Seria engraçado, se não fosse trágico.
... 2029... Érico VerÃssimo... Mulher?
Ahh preocupa com isso não. Voces mitantes já estão na posição de opressoras. Conseguiram o que queriam. Agora aproveita. Sou a favou de livros só de autoras. Não tem motivo pra reclamações.
Vá comprender. Se tivessem varios escritores masculinos, acusariam de machistas.
Tá difÃcil de agradar hein
Minha cara: a questão é que a literatura não tem o propósito de agradar. Geralmente faz o contrário: traz desconforto. Há escritores homens que contribuiram/contribuem de forma fundamental para história literária do paÃs. Exclui-los só por serem homens é falta de pensamento crÃtico. Isto foi muito bem explicado pelas escritoras consultadas nesta matéria.
Machado de Assis não era negro. Seu pai era mulato e sua mãe branca. Mulato claro, portanto, 1/4 negro e 3/4 branco. Dizer que Machado era negro faz tanto sentido quanto pegar alguém que seja 3/4 negro e 1/4 branco(Pele, por exemplo, que não era negro retinto) e dizer que essa pessoa eh branca. O certo eh dizer que e mestiço e dar a proporção, já que se preocupam tanto com a questão da raça.
Machado era loiro de olhos azuis. É pacabá. Cada uma q aparece. Ele escrevia sobre o cotidiano. Fossem homens, mulheres , brancos , ou negros.
Essa definição não é aritmética, mas estatÃstica. Ter fenótipo negróide, como pretos e boa parte dos pardos (mulatos não se usa), coloca a pessoa em outra posição numa sociedade eurocêntrica e escravocrata (note que são coisas diferentes e superpostas). Então o agrupamento dessas pessoas como negras é legÃtimo, inexorável e justo, inclusive sob o aspecto de necessárias polÃticas afirmativas. A branquitude resiste, principalmente a mais idosa, mas já não mais pode tudo por estas bandas. Passarão!
Machado escrevia como branco para brancos. Pode empretecê-lo nas fotos q isso não muda. Bem diferente p exemplo de Lima Barreto, não muito posterior à época de Machado.
Eu não sou negro! Mas minha avó é negra e descendente de escravos que foram para o Sul da Bahia. Eu acho que a única pessoa que pode definir sua etnia é ela mesma. Todo esse problema começou quando criaram as tais leis de cotas, sabendo que seria difÃcil definir a raça de alguém e como isso poderia intervir em suas oportunidades. Depois criaram bancas com critérios bem poucos claros para definir a raça de alguém. Isso tudo é uma bobajada inútil.
Agrupar pardos e pretos com o rótulo de negros faz tanto sentido quanto agrupar pardos e europeus sob a etiqueta de brancos. Mestiços são mestiços, mistura de raças. Não se deve enfatizar uma raça em detrimento da outra. Mulatos não são negros nem brancos mas uma mistura de raças.
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