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Os assim chamados veganos estão reunindo argumentos para fundamentar seu veganismo com pretexto ético. Se antes o faziam por razões biológicas, a emenda saiu pior que o soneto. Isto porque o terreno da ética é uma areia movediça que torna impossÃvel você embasar qualquer coisa nela, senão por motivos religiosos. (continua)
O veganismo é a versão alimentar do terraplanismo.
(continuação) Toda moral é transcendente. Como reconhece Yuval Harari, ateu, por sinal, a moral não está no nosso DNA. É bom usar suas próprias palavras: "As ideias centrais do humanismo são apenas invenções humanas, basta pensar na ideia de que todos têm direitos iguais à vida e à liberdade, e assim por diante –são histórias que inventamos, não está nas leis da natureza ou no DNA." (continua)
(continuação) Logo, mesmo que haja relativa coincidência em parte dos critérios éticos no mundo contemporâneo, ainda há muita subjetividade quando pretendemos julgar o próximo. Do ponto de vista da cultura secular, temos uma visão de mundo eurocêntrica. Isto merece repúdio por parte dos antropólogos porque incorre na falha do etnocentrismo.
Questão cultural. Cada um come o que quer.
Tudo se a resume ao porco ter mais carne que o cachorro. Se os cães tivessem mais carne que os porcos a hipocrisia humana estaria defendendo os porcos. O tadinho do porco só é venerado quando doa um rim ou coração para tentativa de transplante em humanos. De uma coisa todo mundo tem certeza: qual é o mais repugnante moralmente de todos os animais.
Se as justificativas do vegsejalaoquefor não se restringirem à ideologia pura e simples ou à tomada de uma decisão pessoal serão risÃveis por falaciosas quando usadas pata fazer proselitismos.
Fernando Moreira, excelente observação! É mesmo, métodos iguais.
Sr. Rogá, a dentição dos herbÃvoros não é parecida nem de longe com a humana humana. Não é. Nossos dentes não são feitos para triturar fibras como os deles. E também nao há nada de parecido com o trato digestivo e o estômago dos dois grupos: só para comparar, o do porco, que é onÃvoro, é de longe mais proximo ao digestivo do cavalo que o do nosso. Nós estamos na ponta da escala do onivorismo mais próxima à dos carnÃvoros.
Indiretamente o Marcão no conta sobre sua busca pela comida coreana raiz em São Paulo, por Bom Retiro e arredores. Se for ao Glicério, indico não levar seu copo Stanley.
Comer carne tá no DNA dos humanos. O córtex pré-frontal, responsável pelo pensamento racional, não consegue dominar por completo o tronco encefálico, que produz os impulsos e desejos por todas as necessidades básicas. São 300.000 anos da espécie humana na Terra como onÃvoro. O consumo de carne sempre fez parte da dieta humana. Isso em todas as partes do planeta, ao longo da história da humanidade. No popular: a natureza fala mais alto.
E como diz o Instituto World Watch:“o apetite humano por carne é uma força motriz por trás de praticamente todas as categorias de danos ambientais que atualmente ameaçam o futuro da humanidade: desmatamento, erosão do solo, escassez de água, poluição da água e do ar, aquecimento global, perda de biodiversidade, injustiça social, desestabilização de comunidades, e propagação de doenças.” Então, se você se preocupa realmente com a longevidade dos humanos, melhor não financiar a pecuária.
Não sei se entendi bem o que você quis dizer com "não consegue dominar... impulsos e desejos", mas há seres muito comuns, não budistas inclusive, que resistem sem maiores dificuldades ao desejo por carne. Os animais não-humanos é que não conseguem fazê-lo! Como diz Pedro Abreu, "antepassados também praticavam escravidão, estupros e sacrifÃcios humanos, e isso não significa que nós tenhamos que trazer essas “tradições” de volta".
Oberom, um sábio professor de Yoga disse:"não use sua inteligência para justificar sua ignorância". De fato, Joel, há até estudos que contradizem a tese de que a carne foi fundamental. Leia o " A Importância Da Dieta De Carboidratos Na Evolução Humana", publicado na The Quarterly Review of Technology. Inclusive nossa dentição, madÃbulas e trato intestinal assemelham-se aos herbÃvoros. Seja como for, ainda que a carne tenha importado no passado, não significa que tenhamos de continuar comendo-a.
Sabemos o quanto mal os bois são tratados até serem mortos para virar alimento. Só de se falar ,mortos para virar alimento já dá frio na espinha,e frango então,nem vivem direito e já vão pra panela ou pra padaria e serem o deleite junto com uma cervejinha . É se pensarmos viramos veganos mesmo
Não, não sabemos. Bovinos tratados inadequadamente ou que estão estressados não comem, não crescem e não engordam, sua conversão alimentar é baixa, bovinas sem tratamento ótimo produzem pouco leite. Têm alimentação controlada, tratamento médico constante, com vacinas e controle de doenças em dia. São melhor tratados que a maioria da população é pelo governo, qualquer que seja ele. Isso sem falar dos cães e gatos
Penso que o problema não é tanto comer a carne de cachorro mas sim as más condições a que os animais são mantidos até o abate, presos em gaiolas. Cachorros gostam de ficar soltos e interagir com humanos e outros cães, para ganhar carinhos e brincar.
Então tudo bem criadouros de cães onde poderiam ser acarinhados, brincar e aos x meses serem degolados para virar espetinho? Isso faz sentido pra vc? Alguns vão dizer que não. E não apenas seria cruel e indigno ser senhor da vida e morte de cães sencientes e indefesos. Seria indigno e cruel ser senhor da vida e morte de qualquer ser senciente e indefeso, pois assim são bois, galinhas, peixes, etc.
Pois então, eu tinha uma leitoa de estimação na fazenda do.meu avô, que era, portanto, intocável; mas o resto da leitoada virava bacon e quejandos. Conclusão; se porcos e outros bichos podem ser tanto de estimação quanto comestÃveis, os coreanos não estão errados; trata-se de mero costume: lá, cachorro quente não é mero sanduÃche de pão com salsicha...
Interessante os veganos apregoarem a salubridade do seu "modus vivendi" sob o fundamento de que comer carne é uma violência, querendo passar uma lição à humanidade de que eles são mais civilizados do que os carnÃvoros. Esquecem que a natureza é a mais violenta. É uma verdadeira besta! (continua)
(continuação) Por outro lado, essa fina flor da civilização, os veganos, defendem a abolição do casamento, a promiscuidade e toda forma de amor, sob o pálio da natureza pura, desde que os animais irracionais não têm esse "problema" de casamento, bem como as relações sexuais livres estão presentes em suas vidas, sendo, portanto, totalmente natural. Os animais carnÃvoros são, por óbvio, carnÃvoros e não veem nenhum problema nisso.
Seria cômico se não fosse trágico.Mas sei que os ecologistas e veganos são assim sem noção mesmo.É falta de ter o que fazer. Naturalmente são ateus.A falta de sentido na vida faz com que façam qualquer coisa para dar sentido.Quem não tem problema arruma. Isso me lembra os puristas da lÃngua com sua febre de correção, ou hipercorreção, tipo "risco de morte", ao invés de "risco de vida". Entrando no clima, sugiro que façam como os monges tibetanos: deixem seus cadáveres serem comidos por abutres.
Há ± 300.000 anos que o Homo Sapiens surgiu na face da Terra. Em todos os recantos do planeta, em todas as civilizações existentes, em todas as épocas, o homem sempre foi onÃvoro, tendo a carne feito parte de sua dieta. Então, segundo o conceito dos veganos, tudo isso estava errado e só agora, neste momento infinitesimal na escala cosmológica da humanidade, eles descobriram que são os detentores da verdade quanto à dieta do ser humano.
Hahahahah...sugiro então que você volte a viver em cavernas e a caçar. Boa sorte!
Qual é a diferença entre comer carne de cachorro ou de jumento? Tudo é carne.
Como carne sem pensar, porque se eu pensar, viro vegano.
Estou contigo!
Gostei de sua reflexão, Rogã. Um abraço.
Supostamente, Galdino, supostamente humanos são aqueles animais não unicamente governados pelo instinto. Desta forma poderÃamos não ser escravos do paladar, dos impulsos de prazer, por exemplo. Podemos nos abster de certos tipos de prazer(podemos substituÃ-los, inclusive, que bom!) em nome de 1 ética, valores. A vida dos animais não precisa estar acima da nossa. Só precisa estar acima deste apego a 1 prazer especÃfico.
Comer carne é uma delÃcia.
Por que comemos porcos, mas não cães? Porque desenvolvemos um relacionamento diferente com estes animais: no campo, o cão é pastor e guardião; na cidade, é nosso amigão. Quanto ao porco, na cidade ele já vem separado em pedaços apetitosos; no campo, eventualmente pode ser animal de estimação. Para mim, comer carne canina é inconcebÃvel e se eu morasse numa fazenda, jamais comeria carne alguma, pois tomaria amizade por tudo que se movesse...
Ou seja, não há explicação racional. Somente o aspecto cultural.
Não é a primeira vez que o colunista demonstra entender a questão ética sobre comer porco e mimar cachorro, ainda mais numa sociedade de fartura alimentar vegetariana. Mas pelo que entendi ele está esperando o coletivo achar que comer porco é errado. Aà ele vai vir aqui se gabar de que "sempre soube", assim como supostamente ele "se incomodou" porque há mais de década havia "predomÃnio de homens" num festival de cerveja (rs). Tá bom, herói papudo.
Se eu estiver passando fome, comerei até anel de pomba moÃdo. Do contrário, consultarei o que me resta de racionalidade.
vegetais , arvores, cogumelos são seres vivos ?
Vegetais, árvores e cogumelos são seres vivos sem sistema nervoso. Não tem capacidade de sentir dor, por exemplo. É a "comida que não grita".
Tá brincando, Mário? Você acha que só os animais são seres vivos? A Biologia tem um ramo só para os vegetais, a Botânica.
Rara honestidade intelectual neste excelente texto de Nogueira. Sim, por que proteger cachorro e comer porco? Pode-se acrescentar: por que o Ocidente arvora-se evoluÃdo já que sua moral supostamente tão superio é seletiva? Podemos acrescentar: não apenas porcos demonstram afeto e deveriam entrar em cÃrculo de proteção. Todos aqueles com capacidade de sentir deveriam ser incluÃdos, portanto todos os alvos da culinária ocidental, bois, galinhas e até peixes. Até quando a tradição sufocará a ética?
A comparação entre escravidão, sacrifÃcios humanos etc. e a ingesta de carne é imperfeita. Isto pq à suposta ética que inibiria o consumo de carne se contrapõe uma necessidade alimentar, básica para o metabolismo do corpo, ao passo que à escravidão e os outros exemplos citados não correspondem necessidades fisiológicas. Isto é, existem dois tipos de fome: a fisiológica e a hedônica. Hedônico é o que se faz por prazer. A ingesta de carne não é hedônica, mas sim fisiológica e insubstituÃvel.
Ser vegano não é só uma questão de querer, amigo. Nutrientes como a proteÃna, só a proteÃna animal supre a necessidade humana nesse aspecto. Exceções existem. Contudo, por definição, as exceções não podem virar regra. A YouTuber Yovana Mendoza Ayres, conhecida como Rawvana, foi flagrada comendo pescado e ovos. Seu metabolismo não suportou. Fez escondido. Como a história dela, há muitas outras. Leia todos os meus comentários, por favor. E depois não venha com palavras ofensivas.
Não se preocupe, o "honesto intelectual" tem muita receita com porco pra publicar aqui no jornal. E, pelo que ele diz na coluna, só não publica receita com cachorro porque a nossa sociedade não aceita (o coitado é um fantoche do coletivo).
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