Giovana Madalosso > O filho que eu não tive Voltar
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Parabéns Giovana. Todas que já passamos por isso te agradecemos a coragem. Se arrepender de um filho que não tivemos é o mesmo que se arrepender da vida que fomos capazes de construir.
O abortamento é um crime contra a vida. Tanto isto é verdadeiro que o tipo penal que pune o aborto no Código Penal Brasileiro está no capÃtulo dos Crimes contra a Vida (art. 121, homicÃdio, e art. 124, aborto). De mais a mais: "Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro." Tenho dito, isto é, a Lei diz.
Ruth, o futuro a Deus pertence. O materialismo histórico marxiano falhou em sua projeção futurista. A Teoria do Materialismo Histórico-Dialético, sobre o qual repousa toda a sua doutrina, não se concretizou, ao predizer que o futuro da humanidade seria a extinção do Estado e do capitalismo e instauração da sociedade sem classes com o comunismo: "faiô". Agora, como já dizia Gilberto Gil, "a fé não costuma 'faiá'".
Ruth, é verdade que homens não têm útero. Também não é menos verdadeiro que mulheres tenham espermatozoides. Até onde eu sei, nenhum ser humano é gerado sem a participação de um homem. Logo, não obstante não ter útero, tem todo o direito de opinar. Cada célula do nosso corpo reproduz todo o material genético do zigoto. São 46 cromossomos, onde cada um dos parceiros fornece, equitativamente, 23 cromossomos. O que a mulher abriga no seu útero não pertence exclusivamente a ela: é meio a meio.
Adultério já foi crime no nosso Código Penal e graças à evolução da sociedade deixou de ser, assim como o aborto um dia deixará. Ou não, se caminharmos para um paÃs dominado pelo obscurantismo e por homens que deveriam se recolher à suas insignificâncias, já que não têm útero e por isso não deveriam nem opinar sobre aborto.
Luiz, ambos, o aborto e o roubo, chamado popularmente de assalto, são crimes capitulados no Código Penal. O exemplo que usei foi pertinente. A comparação é perfeita. Não fui eu que inventei o Código Penal.
Joel, sua argumentação é simplesmente desonesta. Esta é uma analogia descabida. Talvez uma outra melhor seria com o divórcio, que muitos diziam ser "o fim do casamento" ou com a "legÃtima defesa da honra", sem a qual alegava-se que serÃamos todos cornos mansos. Você tem o direito a ter sua opinião e moralidade, mas não queira que todos a sigam.
Luiz, citei o texto legal porque nem todos têm intimidade com a internet e com o Direito como vc dá a entender que tem. Segundo: Acho também que precisam liberar assalto a banco, pois é uma prática muito comum e os assaltantes estão morrendo com assalto clandestino (redundância), assim como as abortantes nas clÃnicas clandestinas.
Joel, se você não fez mais do que copiar o texto da lei, nem precisava tê-lo feito, bastava mencionar os artigos. Na verdade, nem isso, pois todos sabem que o aborto é ilegal. A questão é que é uma prática tão comum e que frequentemente dá tão errado, que é melhor que a legislação seja atualizada para acabar com este horror.
Texto poderoso com tão poucas linhas.
Tanta coisa numa breve crônica de jornal. Amor, escolhas, desamparo, passado, presente e futuro, culpa, (in)justiça. Parabéns, Geovanna, por expor de forma tão clara o que outros tratam com leviandade.
Sou contra o aborto e a favor de sua descriminalização. O crime está em homens brancos engravatados que vivem às custas do trabalho da população legislarem sobre uma decisão unicamente feminina.
Que tristeza ! Uma relação, gera um ser humano, que totalmente desprotegido e indefeso tem sua existência eliminada, porque mudaria o futuro de alguém, porque não foi desejado... Para outras, " é meu corpo, eu que decido ..." Uma pena que tantas façam aborto ; não deveriam. Poderiam ter a criança e dar para adoção. Egoismo desprezÃvel e assassinato cruel. Que Deus se apiede das que assim procedem ...
Paulo, primeiramente, uma relação não gera um ser humano, mas algo que se tornará um embrião, que não tem como viver fora do útero. Segundo, você adotaria o filho da autora? Terceiro, egoÃsta desprezÃvel é quem fica sentado no alto da sua virtude enquanto mulheres sofrem.
Esse argumento "Meu corpo, minhas regras" é deveras pueril. Demonstra total desconhecimento de como funciona a Administração Pública. Nenhum direito é absoluto. O direito de fazer o que se quer com o próprio corpo e com a própria vida encontra limites. PrincÃpio norteador da Admin. Púb. é o da Supremacia do Interesse Público. O interesse coletivo prepondera sobre o interesse particular. O Estado tem o dever (e o direito, por óbvio) de zelar pela vida dos seus cidadãos e dos nascituros.
Definitivamente, não é minoria, Pedro. Essa de categoria social... Qual é a fonte e o jurista de renome que afirmou isso? Mesmo considerando essa hipótese esdrúxula de que as mulheres são minoria, aqui se trata de direitos coletivos em oposição a direitos individuais. O resto é blábláblá e ficaremos andando em cÃrculos.
As mulheres sao minoria, sim. A minoria é uma categoria social e não matemática. E seus direitos tem que ser preservados, dentre os quais o direito a autonomia do proprio corpo. O resto é o resto.
O princÃpio em questão não diz respeito a maiorias vs. minorias. Esse binômio tangencia a questão igualdade x diversidade. O interesse privado em momento algum se insere no critério de minoria em sua natureza jurÃdica. Bom citar que mulheres não são minoria. O direito ao uso do próprio corpo é um direito individual fundamental. Mas não absoluto. Basta lembrar que não se pode andar despido. Mesmo o direito à vida não é absoluto.Não constitui crime o homicÃdio quando praticado em legÃtima defesa.
Perfeito Guerra, há que se limitar a ditadura da maioria. Por isso tirar o Poder do Rei ou de um Presidente e o Congresso é Soberano. até porque não existe uma maioria de fato mas um monte de minorias que hão de se compor.
A supremacia do interesse publico não é absoluta. Há de se preservar a individualidade e a privacidade. E a interrupcao de gravidez é uma questao de foro privado. Uma das bases da democracia liberal é a preservacao do carater contramajoritario. A maioria pode ditar regras desde que preservados os direitos fundamentais da minoria.
Legal sua crônica. Mas a minha é mais bonita: graças a uma Giovana que decidiu não abortar e entregar para adoção, hoje eu sou mãe.
Parabéns pelo texto relato, análise e desdobramentos. Quase todas nós tivemos interrupções de gravidez.
Cronologia: Camisinha existiu A.C (Popularizou-se em 1930 E.U.A) PÃlula (década de 60) DIU (década de 60). Mas não é 100% confiável. Podemos combinar? Camisinha + DIU : SIM Camisinha + pÃlula: SIM Mas não quero usar! Ok! Mas sabem que sexo sem prevenção pode gerar uma criança né? Além do risco de contrair alguma doença. Vai tirar zero em biologia na prova! Cuidado! Voltem a estudar.
Excelente relato e muito necessário. O Brasil precisa ter polÃticas públicas que possibilitem a realização de abortos seguros, afinal quem tem dinheiro vai para o exterior abortar com segurança e as outras colocam a vida em risco abortando ilegalmente ou acabam tendo um filho em uma situação inapropriada.
Isso mesmo Vanessa. É um direito da mulher e tem que ser respeitado e amparado pela lei.
Filhos indesejados também deixam cicatrizes, neles e nas mães.
Não existe aborto seguro, porque não existe aborto que não deixe cicatrizes psicológicas.
Na verdade, tudo se resume ao seguinte: A liberdade implica em responsabilidade. Transar leva a possbilidade de gerar uma nova vida. Simples assim. Basta que se tenha respoinsbailidade com o que se faz. O Aborto alem de se exterminar uma vida, deixa marcas. Esta moça que teve a coragem de relatar está com esta marca, tando que 30 anos após o fato, expõe isto, o que leva a deduzir , talvez a algum espécie de arrependimento.
Você fez uma análise rasa do relato e da situação real narrada e vivida. Responsabilidade total ou em maior grau , sempre fica nas costas da mulher. Se assim não fosse, sequer existiria prisão por não pagamento de pensão. Isso apenas no tocante a parte de divisão de custeio de despesas. Fora o afeto nunca dado a filhos que milhões de homens sequer os conhece.
Taà alguém que não deve gostar de usar camisinha nem fazer vasectomia. Tampouco deve ter feito mamadeira ou trocado uma fralda. Cheio de gente hi pócrita por aqui dando palpite carregdo de pré conceitos nas decisões alheias.
Me considero de esquerda. Mas nessa de aborto , a não ser q seja por perigo p a mãe , é preciso pensar q é uma vida. Naquela época ja existia pÃlula anticoncepcional.
Ah. É só um feto. Não vai atrapalhar a minha vida. Vida q ele ou ela não teve oportunidade de acontecer
Poucos são as pessoas que se colocam no lugar do outro, as dores da vida todos sofreremos em maior ou menor intensidade, poucos sabem acolher a dor do outro, devemos dar o direito de escolha onde cada cidadã deve ter a liberdade de escolha, onde interromper uma gestação pode ser o melhor caminho ou não, cada um sabe a cruz que carrega! Devemos dar a liberdade da escolha! Caso contrário que adote como padrinho essa criança e custeia a vida desse infante, ajudando a mãe! Sem demagogia ...
Só a Suzane Richtofen sabia a cruz que ela carregava, então talvez para ela tenha sido um ato de libertação mandar matar os pais. E você, demagogo, hipócrita e insensÃvel ofendeu ela de várias formas e quis que ela ficasse presa.
Ela tinha famÃlia ? Conversou com os pais ? Ah para né
Questão complexa, mas penso que excluindo a possibilidade de gravidez que tenha origem em um estupro, as demias representam fruto de irresponsabilidade com o próprio corpo, tanto de homem como mulher. Novamente excluido a gravidez origiginada de um crime, embos tem a opção de transar ou não, O FAto é que os sexo está banalizado, vide a expressão "Sexo casual". Não considero correto transar de qualquer maneira, com o primeiro (a) que apareça em uma esquita, festa etc, etc
Parabéns Giovanna, um retrato simples e claro da realidade. O corpo da mulher é da mulher e somente dela.
O corpo é da mulher, evidentemente. Dito isso, mulher, tenha responsabilidade com o corpo de um inocente, ao transar sem cuidados, indiscriminadamente.
Parabéns por abordar sem tabu e a partir da sua vivência um tema tão espinhoso! É preciso tratar isto como uma questão de saúde pública e não moral ou religiosa. O
Se não houvesse como evitar uma gestação indesejada, e ali, se poderia discutir a validade do aborto. Mas hoje, com os incontáveis e variados métodos de prevenção, desde preservativos até os implantes de pele, passando por injeções trimestrais e DIUs, todos de distribuição gratuita pelo SUS, até pÃlulas do dia seguinte, é desarrazoado querer aprovar um método tão invasivo, caro, antiquado e cheio de riscos para solucionar um problema que ocorre por mero descuido. Sem falar na doação da criança.
É Ely. Imagino a sua.
Antonio, você apenas imagina e sem base nenhuma. Dei muita felicidade à minha mãe e ao meu pai. Sou uma pessoa bem resolvida espiritual, emocional e profissionalmente. Não tenho nada que reclamar: só tenho a agradecer. Tenho duas filhas gêmeas às quais a ginecologista recomendou abortar por rubéola da mãe. Não seguimos o conselho: hoje são duas lindas médicas. Tenho mais 3 filhos adotivos. Total de 6.
Sr. Joel, é necessário considerar que nenhum método é 100% eficaz, exceto a abstinência. Implantes, injeções, DIU... todos podem ter efeitos colaterais e serem contra indicados a algumas mulheres. Descriminalização do aborto é questão que ultrapassa a "prevenção" da gravidez e é urgente no Brasil.
É Joel, eu imagino o sofrimento da sua mãe, é muito arrependimento…..
Não adianta. Vc quis disfarçar, Giovana, mas nas entrelinhas está escancarado o que vc tenta, mas não consegue esquecer. Seus argumentos são frágeis como folhas secas no outono. Quem entrega para adoção não precisa de rede de apoio.
Vamos descriminalizar o assassinato, já que o crime embute a própria pena. Prender o Nardoni para quê, se ele vai viver a vida inteira sofrendo por ter jogado a filha pela janela. Vamos abolir as prisões logo.
Claro que não esquece. É inclusive um argumento para descriminalização do aborto - é um crime que embute sua própria punição. Não é um passeio no parque.
Houve grande polêmica quando uma jovem atriz da Globo fez exatamente isso, entregou para adoção. No Brasil, nem seguir os ritos legais isenta de julgamento. Quem entrega para adoção também precisa de rede de apoio, principalmente (e como condição legal) se for menor de idade. Por fim, se a colunista buscasse disfarçar, esquecer ou ocultar as próprias vivências e sentimentos, por que os publicaria voluntariamente aqui? Ela reflete e faz refletir com honestidade.
Se você fosse Paula e tivesse passado por essa experiência não falaria essa besteira. Você com certeza é do tipo que diria “ embala que o filho é teu”. Hipocrisia pouca é bobagem né?
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Como diz um grande amigo: se homem engravidasse, o aborto estaria disponÃvel no caixa eletrônico.
Mas está mesmo com mulheres. Com grana, claro
Exatamente assim. O problema dos conservadores é que eles não fazem sexo.
Se o homem pudesse engravidar já não seria homem. Inicialmente, ele já não teria tanta testosterona. A distribuição hormonal de ambos os parceiros sexuais, que é basicamente o que distingue os sexos, seria totalmente diferente, dentre muitas outras diferenças. Seria qualquer outra coisa, menos homem.
Interessante é que os ateus que aqui se manifestam não se dão conta de que são a minoria no mundo: mais de 90% da população do planeta crê em algum tipo de divindade. Caminhando em sentido oposto à democracia, querem impor sua cosmovisão. A imensa maioria dos pensadores ateus existencialistas têm ideação suicida, como Schopenhauer, Nietzsche, Sartre, Cioran, Camus… Curioso é que a ideação suicida é um dos sintomas de depressão elencados no CID 10, código F 32.2. Mentes doentes.
Pedro , é impossÃvel provar um fato inexistente. Melhor dizendo, é impossÃvel provar que alguém ou alguma coisa não existe. Segundo Carl Sagan, "Ausência de evidência não significa necessariamente evidência de ausência."
Deus nem existe, bicho
Os que são contra o aborto só se importam com o feto enquanto este está na barriga da mãe porque depois que este nasce, viram as costas e deixam-no à própria sorte. Bando de hipócritas...
A alegação de que a descriminalização do aborto vai acabar com os abortos clandestinos é uma falácia. Já é legal o abortamento em casos de estupro, risco de vida e anencefalia (art. 128, incisos I e II do Código Penal). Isso só vai fomentar uma indústria de clÃnicas abortistas, à s quais só terão acesso as patricinhas, as intelectuais progressistas e todas as bacanas com muita grana. Todas as pobres continuarão à mercê do SUS. Já vaticinara o sábio Salomão: "Nada de novo debaixo do Sol."
Adonay, faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho, colunista da FSP: "Escreve Taleb: 'Nunca se ganha uma discussão até começarem a atacar a nossa pessoa'. Comentário: Quando os meus crÃticos usam argumentos racionais, eu deprimo e medito onde falhei. Quando me insultam, sorrio com prazer e saboreio a vitória." Entendo pessoas como você. Tudo normal outra vez.
Burocrata conservador é difÃcil, vai fazer sexo Joel e esqueça os outros.
Não estou confundido nada, conservador é um hipócrita que deveria viver a própria vida, porém, pensa apenas em regras absurdas para os outros humanos, religião não existe, mas sim, partidos polÃticos, religião é hipocrisia, dinheiro e poder as custas da ignorância. Aborto legalizado sem restrições, imediatamente, a mulher é dona do próprio corpo, conservador não faz sexo. Eu sou ateu graças a Deus.
Há comentários que a gente pensa: taà um aborto que não deu certo.
Melhor SUS do que clÃnica clandestina. Se tem gente morrendo em procedimento estético em clÃnicas não-autorizdas, imagina fazendo aborto.
Muito interessante o papo aqui nos comentários. Voces só estão aqui comentando e falando besteira porque a mãe de vocês os desejou e teve compromisso de te- los viu? Não jogou a culpa no sistema de saúde.
Sem entrar no polêmico tema do aborto - ainda crime no Brasil - a geração anterior, com todos os seus problemas, era menos egoÃsta, menos covarde e menos marqueteira. Usar o próprio aborto para engajar leitores ou militar é uma impostura, ou a cronista acredita-se uma annie ernaux (que fez de uma confissão uma obra da literatura mundial), mas na real só consegue militar e fazer autopromoção. E cansa a autoficção da história de vida difÃcil, quando o sobrenome e a origem não sustentam o relato.
Natália, respondo: as gerações anteriores, antes do narcisismo das redes sociais, viam a gestação de outra forma, dificilmente como um impeditivo de carreiras, e se faziam aborto- como sempre ocorreu - dificilmente usariam isso como plataforma de engajamento. E a colunista é filha dos donos da rede de restaurantes Madalosso, uma das mais tradicionais e prósperas do Paraná, que existe desde os anos 60, a conversa de pÃlula clandestina, vida interiorana sem perspectivas, simplesmente não cola.
Francisco Borba, eu gostaria de entender melhor seu comentário. A geração anterior era menos egoÃsta, covarde e marqueteira porque escondia melhor os abortos? E que hoje, falar abertamente do assunto, pode ser considerado autopromoção e militância?
Francisco Barbosa, além de não ter entendido o depoimento honesto da escritora nesse texto, o senhor demonstra ser desprovido de sensibilidade e bom senso.
Pedro Guerra, é nÃtido que você não é um leitor sutil, os últimos parágrafos do texto são palavras de ordem sobre sistema de saúde, estatÃsticas, poderiam estar no programa do Psol. Ao menos ali eles são peças de propaganda declarada, e nada contra o psol, ao contrário.
É incrivelmente patetica a capacidade que o leitor tem de se contradizer em tres linhas de comentario e ainda chamar de militancia o que apenas nao se coaduna com seu ponto de vista. Ou talvez o leitor nao conheca o conceito de militancia, o que nao seria surpresa.
Ninguém acolhe um criminoso em casa, a mulher que pensa em abortar é uma virtual criminosa, sem apoio, perdida com as suas dúvidas, a descriminalização do aborto, tem a função de apoiar a mulher. O conservador é contra, eles querem o aborto ilegal, assim, Deus não vê. Eles querem que nasçam, para matar quando adultos, pois segundo os conservadores, "bandido bom é bandido morto", religião = hipocrisia.
Caro Dario, numa apertada sÃntese, Conservador é, por definição, ser clássico. O que não é clássico é efêmero, passageiro: volátil, indefinido, inconstante. O que não é conservador é fútil, cujos sinônimos são frÃvolo, volúvel. Por outro lado, o termo progressista remete ao que é fluido, inconstante, à modernidade lÃquida denunciada por Bauman, à pós-verdade: ao mundo da fake news; aos seres camaleônicos; ao filme A Forma da Ãgua. Em suma, é um mundo caótico em que nada é definido.
Dario, amigo, faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho, colunista da FSP: "Escreve Taleb: 'Nunca se ganha uma discussão até começarem a atacar a nossa pessoa'. Comentário: Quando os meus crÃticos usam argumentos racionais, eu deprimo e medito onde falhei. Quando me insultam, sorrio com prazer e saboreio a vitória." Entendo pessoas como você. Tudo normal outra vez.
Vc está misturando tudo, amigo. Nem todo mundo que é conservador é religioso. Segundo: o verdadeiro religioso não adere ao slogan "bandido bom é bandido morto". Por fim, não fala coisa com coisa, pois pressupõe que todo ser humano expulso do ventre será bandido...
A Igreja lutou cruelmente contra a lei do divórcio no Brasil (preferia o desquite e casamento indissolúvel). Argumentos religiosos sempre são perigosos na modernidade, pois violam o direito d livre escolha individual. Mostram zero d empatia p a mulher. Ganhou o divórcio e a liberdade de viver. Atualmente onda é ser contra aborto, supostamente pró-vida, mas sem se importar com a vida da mulher grávida.
Lembrei de Drummond: "Mundo, mundo, vasto mundo. Se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não uma solução." Por isso que não vale a pena ser ou pensar igual a você.
Não matar, não roubar também são argumentos religiosos. Prejudicam a liberdade dos ricos de sonegarem impostos e quererem que eliminem todos os viciados, moradores de rua, de favelas.
Amigo Raymundo, a sua citação de passagens bÃblicas é filtrada pelo seu viés cognitivo. O seu filtro só deixa passar fatos negativos. Texto fora de contexto. Por que você não menciona que Davi foi castigado duramente, com a morte de seu filho fruto dessa relação adúltera? E ainda quando Deus não atendeu o seu desejo de construir o templo de Jerusalém, pois suas mãos estavam manchadas de muito sangue? Regra elementar de hermenêutica: Texto fora de contexto é pretexto para heresia.
boa reflexão, a parte do nunca voltei a pensar no assunto lembra minha (e da minha mulher) trajetória. longe do melodrama dos traumas do aborto, dos infernos cristãos povoados de abortistas, e outras bozolices. por algum motivo jovens se esquecem que é mais fácil fazer neném que evitar, ficam grávidos e se apoiam. os que acham que devem se apoiam prá ir a termo e os demais prá tirar. os que tiram podem voltar a fazer neném, os que tem ficam sem alternativa. e a vida segue.
Os dogmas cegam a lucidez, evidenciam as contradições e revelam a hipocrisia. Vejo pessoas condenaram o aborto "em nome da vida", mas se a criança nasce em condições miseráveis e se torna delinquente, são favoráveis à sua execução.
Exato. Há pesquisas que comprovam o seu comentário: crianças que nascem sem amor de mãe e sem afeto positivo e acolhimento total.
Só lembrando aos "esquecidos", nem sempre a gravidez resulta de um momento de prazer. Os que condenam o aborto não são tão contra abusos e estupros.
Em nenhum momento a articulista cogitou da providência divina com o fito de compensar as supostas perdas materiais decorrentes do seu feticÃdio. Parafraseando Marcos 8:36: "De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"
Amigo Edson, faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho, colunista da FSP: "Escreve Taleb: 'Nunca se ganha uma discussão até começarem a atacar a nossa pessoa'. Comentário: Quando os meus crÃticos usam argumentos racionais, eu deprimo e medito onde falhei. Quando me insultam, sorrio com prazer e saboreio a vitória." Entendo pessoas como você. Tudo normal outra vez.
Me lembrei aqui, o Joel é aquele bebê que nasceu sem cérebro lá nos anos 1980. É assim que ele está adulto.
Tem certeza, Pedro?
Deus nem existe, bicho. Para com isso.
joel, me desculpe te dizer, assim na lata: deus não existe.
Já vem um comentário biblico seletivo, para psedoargumentar fatos concretos. Falta de empatia para com a mulher, é sintoma psi. Mas não enxerga outras passagem da biblia. E o David que mantou Urias para morrer na guerra, e ficar sua sua esposa?
Aborto provocado, tecnicamente, não é aborto: é, no mÃnimo, feticÃdio. Abortamento, por definição, é a expulsão espontânea e prematura de um feto.
Definitivamente, você não entendeu o que falei, amigo Pedro. A minha proposição acima não exclui zigoto ou embrião, desde que contém a expressão "no mÃnimo". Além do mais o seu aparte se atém a questões periféricas. A minha ênfase está na condição de que só se configura abortamento quando a expulsão do zigoto, embrião ou feto é espontânea. Espontâneo quer dizer aquilo que não foi provocado. Entendeu?
Errado. Voce pode interromper um zigoto e um embriao tambem. Se informe melhor.
Cada escolha uma renúncia e achei incrÃvel essa reflexão clara e consciente da autora !!! Descobri minha gravidez durante o vestibular! Tinha meu objetivo de carreira traçado, Fiz muitas provas com minha bebê no colo. Meus planos mudaram, mas mesmo assim trilhei uma carreira que me realizou , criei a bebê e os outros dois que vieram e que me fizeram avó de 5 netos. Minha reinvidicação hj é por mais apoio e estrutura voltada a mães que trabalham , estudam, ou precisam de um respiro !
Devia haver uma espécie de seguro saúde, pago pelos pais de mulheres, em que no caso de uma gravidez precoce, a criança seria entregue a uma instituição. Assim as jovens poderiam continuar seus estudos e carreira, mas visitando o filho sempre que desejassem. Quando se sentissem seguras para isso, passariam a viver com eles.
Eureka. José Cardoso você é o cara! Que ideia brilhante. Curral ou pocilga?
Eis um exemplo de falta de empatia, de compreensão, de compaixão. Quanta verdade você é capaz de suportar? (Nietzsche)
Que cavalheiro.
Se tua mae tivesse te abortado, eu tambem seria mais feliz.
Respeito tudo o que foi escrito, e não entro no mérito nem faço julgamentos, faço apenas um reparo: não acredito em todas estas estatÃsticas citadas ou chutadas.
Apoio o texto da Giovana. Quando jovem pensei estar grávida (o que não era verdade) e fiquei apavorada. Certamente não teria a vida que tive, ao contrário do meu ex-namorado, que nunca mais vi. Eu hj não faria um aborto, mas depois de me tornado mãe, entendo quem faça pois a responsabilidade é gigante. E cabe sim à mulher a palavra final. Sem hipocrisia.
Os comentários ignoram algumas questões. Primeiro, não há controle de natalidade 100% e todos sabem disso, devem conhecer alguém cujo método falhou. E o principal, quem é contra o aborto é inimigo número um do controle de natalidade, e o pior, até pouco tempo estavam no governo patrocinando essas visões. Nenhuma mulher faz isso sem sofrer, merecem apoio e cuidado,não apedrejamento como se vê sempre.
A Cronista conta que tomou uma pÃlula vinda do Paraguai com todo medo e só. Esse é o caso de meio milhão de mulheres por ano no Brasil que praticam o aborto mesmo que ilegal. Solitárias, muitas vezes abandonadas ou estimuladas por homens sem H a praticar o ato. Dai temos milhares de mortes ou sequelas nas mulheres ou bebes ante a ilicitude. O aborto será feito quer seja crime ou não, podemos é salvar e dar qualidade de vida a essas mulheres.
Giovana, o que entristece e ver alguém tão esclarecida, em momento algum, falar dos métodos de controle da natalidade, porque esse assunto não entra no radar da população. Precisamos entender que gerar um filho e muito mais que um ato sexual, portanto, suas revelações nunca passou por esse ato de amor, espero que outras defesas do aborto contemplem a discussão do como viver com responsabilidade. Desculpe desabafo, gerar um filho ou filha será sempre opcional, e nem sempre tão desastroso assim.
Abusadores e estupradores nunca lembram disso, deveriam.
Ninguém pensou nisso. Te agradeço. Hoje com tantos métodos anticoncepcionais à disposição, gratuitos até, não dá para entender tanta gravidez indesejada. principalmente como você bem lembrou, de alguém tão esclarecida, defendendo o aborto. Um bebê não se descarta.
Naquele tempo vocês não conheciam nenhum método anticoncepcional?
Muito bom seu texto, Giovana. Importante você colocar sua vivência com tanta franqueza e objetividade. Essa escolha não foi fácil para você como não o é para mulher alguma, porém necessário o direito de decidir. Simples assim.
Seu filho virou santo e está rogando por vc no céu. Que Deus tenha misericórdia de nós, das mulheres que fizeram aborto, e principalmente de todas as crianças abortadas que não tiveram a chance de nascer.
Nunca foi um filho, nem feto chegou a ser. Deixem de drama. Melhorem.
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Giovana Madalosso > O filho que eu não tive Voltar
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