Cotidiano > 'É muito mais difícil se casar do que empregar uma pessoa negra', diz especialista em colorismo Voltar
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Nos EUA o mestiço é avaliado em relação à herança, p. ex., já foi lei na Lousiana que a pessoa com até 1/32 de ascendência negra era considerada negra. No Brasil, o mestiço é avaliado pelo fenótipo e há um espectro de cor. Se os efeitos do racismo são proporcionais ao lugar nesse espectro, então o branqueamento diminuiu sem abolir as desvantagens. Uma vez que os mestiços agora são maioria, pode-se falar em brasicentrismo, além disso, o brasileiro não irá interromper a mestiçagem.
Eu acho é engraçado todo mundo se segurando para não falar o que realmente pensa. Império da hipocrisia, isto sim.
Depois fo racismo agora vem o colorismo é cada uma.
Como se viu nas estatÃsticas reproduzidas acima o problema não a cor da pele. Tudo deriva das condições sócio-econômica do negro. Quem alguma vez deixou de elogiar aos nossos negros de talento, como Pixinguinha, Pelé, Milton Nascimento, entre tantos outros? O talento também conta porque os racistas têm os seu tristes refrões, entre eles o vulgar: “além de preto, burro”. Tudo gira em torno do perfil econômico, pois um branco pobre tem muitas dificuldades no Brasil. O dinheiro é a medida de tudo.
Excelente entrevista. E concordo inteiramente com a entrevistada. As reações de muitos leitores aqui sublinham a negação que ainda que existe em relação a este assunto. O racismo aqui não é explÃcito, há muita ambiguidade (e hipocrisia), que precisam ser enfrentadas e superadas.
Do jeito que a matéria é apresentada, parece que casar é mais importante que trabalhar. Qualquer pessoa que não nasceu em berço de ouro sabe que acesso a emprego é essencial para a sobrevivência. Casar, não. Quem oferece trabalho, não tem de escolher empregado pela aparência. Já quem pretende se casar, logicamente vai levar em conta a aparência do candidato a cônjuge.
Interessante como esse pessoal importou esse papo racial dos EUA. Sem tirar nem por. Nem se dão conta de que estão praticando o que mais detestam: colonização americana. rs
Do escopo dos identitarismos, treta pura!
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Eu sabia que o Brasil é um pais cheio de "especialistas! mas "Especialistas em colorismo" raia ao absurdo!
Tudo fruto do mainstream mundial......transformam porciùnculas em celeumas e de quebra faturam uns milhares de reais......
Deram alguma droga da verdade para os entrevistados? Não, né. Pessoas dizendo que [não interfere] estão na verdade querendo ser politicamente corretos e evitar serem vistos como racistas. Claro que a cor da pele interfere. Assim como o cabelo, os olhos e o olhar, os dentes e o sorriso, o formato do corpo, o sexo, a postura, a voz, o nariz, os lábios, as orelhas, o tamanho da testa, as pernas gordas, fortes ou magrelas, retas ou tortas, a barriga de tanquinho ou de botijão. . .
Exato O q mais caracteriza a hi@Kr i Sia dos entrevistados na resposta é o percentual de “não sabe” Todo mundo sabe Apenas m En the que nem sente
Eu acho que o número de casamentos inter raciais existentes dividido pelo total é um bom indicador do racismo em cada sociedade. Por exemplo, se há 50% de pessoas negras e 50% brancas, metade dos casamentos mesclaria esses grupos numa sociedade sem racismo, já que a probabilidade de casamento dentro do grupo seria igual a fora do dele.
considero o conceito de relação afrocentrada muito perigoso: abre espaço para as ideologias de extrema-direita, muito fortes em certos lugares como no Sul dos EUA, onde se defendia que pessoas só deveriam se relacionar com membros da mesma “raça”, daà a segregação. Precisamos sim de muita mistura no Brasil, somos todos humanos e pronto. Jamais devemos aceitar o racismo, cor, traços e textura do cabelo são apenas isso, não define quem somos!
A mulher do Martinho da Vila é branquinha
A mensagem interessante que fica dessa autora é que as pessoas afrodescendentes não podem mais internalizar e reproduzir a supremacia branca, que nada mais é do que uma ideologia europeizada que serviu para dominar povos. Elas devem assumir sua negritude e olhar para a branquitude de igual para igual, garantindo seu espaço na sociedade. Até que se prove o contrário a humanidade nasceu na Ãfrica e por debaixo da pele somos todos iguais.
Na realidade a humanidade não nasceu na Ãfrica. O homo sapiens sim, até onde se sabe, mas o homem moderno é descendente de vários outros como homus erectus, neandertal e muitos outros grupos também humanos que coexistiram. Alguns eram da Ãsia, neandertais da Europa e todo mundo que não é 100% africano tem genes desses outros humanos.
A pergunta basilar é a seguinte: Você, branco, gostaria de ser um negro? Certamente sua resposta Ãntegra, é que não gostaria, porque a vida de um negro(a) é muito mais difÃcil em todos os aspectos. Pense!...
Outro caso: a moça branca, com origem no Sul, diz que só gosta de homens bem pretos. Não servem pouco pretos. O pai tenta demovê-la dessa preferência argumentando que ela terá filhos do cabelos duros e difÃceis de pentear. Quando o racismo é internalizado por negros, os integrantes da famÃlia de pele mais escura sofrem rejeição e podem até sofrer injúrias.
Há muitas situações no Brasil. Sei do caso de uma mulher miscigenada, mais para o claro, que lamenta o clima em casa. O pai, branco, se casou com uma negra, a quem ofende com injúrias raciais. Ora, se tinha preconceito, por que se casou? É um tipo de divisão mental que exemplifica radicalmente o fato de que há desconfiança e desvalorização dos brancos em geral frente aos negros até em relações maritais.
Ótima matéria e entrevista, com ótima análise da pesquisadora, mas o tÃtulo está gramaticalmente confuso: "É muito mais difÃcil se casar do que empregar uma pessoa negra', diz especialista em colorismo". Uma alternativa: 'Para uma pessoa negra, é mais fácil arranjar emprego do que se casar, diz especialista em colorismo'. Mesmo com limitações, é mais conciso, mais direto e mais claro. Atenção, redator!
TÃtulo péssimo
A manchete da Folha assassinou a lÃngua portuguesa e ainda colocou entre aspas. Tá difÃcil ser assinante.
Sou preto. Me desculpe Doutora, mas detesto várias palavras, uma delas é: "preto retinto". Misericórdia!
Darcy Ribeiro escreveu: "O povo brasileiro" li e aprendi muito, não vejo necessidade ou vantagem na miscigenação. O Brasil não consegue sair do século XVII, sua formação se deu por uma ideia de supremacia étnica de forte base religiosa e assim segue até o presente fazendo recrudescer a desigualdade social e econômica. Anacronia tem preço e o futuro vai cobrar.
Acho muito mimimi, as pessoas se relacionam com os iguais, com os semelhantes. Meu exemplo, nunca fui um cara bonito, portanto tbm nunca namorei uma mulher linda, casei e formei uma famÃlia. Se um negro ou branco for rejeitado por uma mulher, branca ou não, linda ou não, vai dizer q é racismo?
Me lembro das empresas dos anos 1970, com vaga de emprego, anunciavam "pessoas de boa aparência", era um disfarce para negar pretos/as, indÃgenas, feios/as. Eu era selecionador desta empresa multinacional. Sr. Milton, o racismo existia desde aquela época, acima de outros sinais ou sintomas ideológicos.
Cara, beleza fÃsica passa viu? Melhor escolher pessoas bacanas, companheiras e boas. Agora, se você mesmo se acha feio, como alguém vai te achar bonito?!
Acho que você deve ler a reportagem ou se leu, por favor leia novamente, parece que você não entendeu, menos figado e mais cerebro.
Parabéns pela profundidade do seu comentário, senhor Pires.
Responda Por que negros do Brasil que sobem na escala social se casam com brancas vide jogadores de futebol???? O contrário também ocorre em menor escala ????
Leu o artigo?
Isto me parece óbvio para qualquer tipo de raça colocada em análise , cada uma que aparece.
Tive uma colega de trabalho, Rose,negra, que namorava desde os quinze anos, um menino, José Luis. Um foi feito para o outro. Um dia, quando tinha uns vinte e três anos,oi Rose, tudo bem, e o Zé Luis? Ela: morreu, acidente. Fiquei triste. Homenageio a Rose ,do presente ,pela ótima convivência nos quase quatro anos que trabalhamos juntas, no passado.
Perfeita a matéria! Direta e precisa!
Porque as pessoas gostam de mentir tanto em determinadas pesquisas ? Dizer que a cor não interfere nas relações(Amizade , relação amorosa, profissional ) Povo hipócrita !
Que mulher bonita!
Achei meio branca
Muito bom termos contato com uma pessoa sábia, que tem conhecimento de causa e fala coisas muito pertinentes, como a Dra entrevistada . Foi cirúrgica em suas respostas e demonstrou saber muito do assunto , aliás parabens tb ao entrevistador, que junto com a Dra dissecaram o assunto de forma pedagógica e real.
Especialista em colorismo. É cada coisa que aparece! Seria uma colóroga?
Achei que colorismo era caracterÃstica de profissional que cuida das cores dos cabelos das pessoas. São coloristas, não? Então especialista em colorismo é isso? Cabeleireiro especializado em tintura?
A realidade foi sepultada com essas ideologias. ColorismoÂ…
A ignorância é uma benção, não?
O colorismo era vivido dentro casa, a menina de traços mais finos era a bonita, mais sensÃvel, delicada e esperta ,não era procurada para ser empregada e os pais não liberariam . A de 'cabelo duro', nariz largo e traços afros, coitada, as madames não esperavam nem completar dez anos. Para os pais era uma boca a menos para alimentar e uma salvação para a moça que na visão da maioria, não daria em nada. De vez em quando aparece alguma senhora sendo resgata da escravidão dessa época.
Já peguei preta, branca, amarela e até Ãndia. Já fui casado com preta. Hoje tô casado com uma branca nordestina. Tô de parabéns!
Meus amigos, a felicidade é uma escolha.
Cara, que comentário sem noção. . .
Desde qdo pegar qqr uma é ser não racista, "pegar" pega se qqr uma, já q é só pra se divertir. Cada uma.
Só não peguei homem e mulher feia
O "...até Ãndia" doeu, se "pegar" já não bastasse.
"Pegou?". Valha-me Deus...
Colorismo!? Sério!? PelamordeDeus!
Ainda bem que essa especialista nos ilumina. Doravante, antes de iniciar qualquer relacionamento afetivo temos a quem recorrer para validar nossa escolha. Assim evitamos ser considerados racistas no futuro e poderemos ser convidados para jantares na casa de ladradores inteligentinhos que nos validarão. Que paz de espÃrito essa pessoa nos proporciona.
Há também afirmações falsas na entrevista. Houve várias visões da mestiçagem que a autora ou esconde ou parece desconhecer ao falar da « sociologia » brasileira que teria valorizado o elemento branco em detrimento dos outros. Tal afirmação é exata quanto aos primeiros defensores da mestiçagem na Belle Époque (Eduardo Prado, Alberto Torres, Manoel Bonfim, Afonso Celso, etc.). Isso posto, em Gilberto Freyre e em Darcy Ribeiro, há uma forte valorização das africanidades reivindicada e assumida.
Muito bom. Uma abordagem honesta e precisa para o bom entendimento da questão racial.
Há alegre leviandade conceitual. Não há seriedade onomástica. Malgrado diplomas brasileiros, parece uma colonizada pelos departamentos de além-Rio-Grande. Fala de Supremacia Branca para abordar reações preconceituosas cotidianas e declarações de antirracismo. Claro, declarações eivadas de ingenuidade ou má-fé na crença em um suposto Brasil racialmente pacÃfico devem ser problematizadas. Porém, ligá-las a uma expressão norte-americana carregada historicamente como Supremacia Branca é mimetismo.
Ótima entrevista, FSP! Que a colunista possa trazer mais reflexões importantes e caras à luta antirracista.
Uma discussão relevante, na, luta antirrascista.
Luta antiracista? Conceito ultrapassado. Se todos são iguais, falar nessa luta seria mais uma ode à discriminação, onde o próprio proponente da solução é o primeiro a promover distinções.
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