Wilson Gomes > A normalização do radicalismo Voltar
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Eita, seu Wilson, excelente e provocativa discussão, coisa fina. Tá tô na polÃtica como na dimensão econômica, "educação" por si só não resolve. É preciso *uma certa educação*, né? Uma que exponha e organize a história, que traga reflexão e permita escolha mais bem informada. Mas isso é um detalhe em sua ótima provocação. Artigo de ser reler - coisa que já começarei agora - e deixar marcado pra futuras reflexões. Muito grato!
Excelente texto.
Há que se concordar e conformar. E se não fosse Lula, onde estarÃamos, ou melhor, onde ainda estarÃamos...
Vou tentar uma explicação 'profunda': nossa sociedade de classes tem algo do Admirável Mundo Novo de Huxley. O aparato escolar serve para legitimá-la, e separar os alfas e betas que ficarão no ar condicionado, dos gamas e deltas que irão fazer o trabalho propriamente dito. A internet diminuiu o poder de entorpecimento dessas classes pela cerveja e pela TV, gerando alguma instabilidade no sistema polÃtico.
Além do que foi levantado no artigo, o aspecto religioso sempre está presente no extremismo de direita. Outra coisa: extremismo dá ibope, tanto em mÃdias tradicionais quanto em redes sociais. Ajuda a vender jornais, ter pontos maiores de audiência, mais likes, view, ... Lógico que sempre vai ter gente para fomentar o extremismo.
ora, o velho mouro dizia que ser radical é tomar a coisa pela raiz, então, se você votar numa batatinha, numa mandioca, ou numa cenoura, ao final tudo se transforma em uma sopa bem gostosa para uns ou uma coisa gosmenta para outros, mas a raiz está sempre afundando nas náddegas dos eleitores e eleitoras, seja aqui ou acolá, quer que escreva os nomes ou desenhe?
O tal articulista enquanto rotula de mÃope o militante de esquerda, ele mesmo se finge de cego diante do gado da direita. Folha sendo Folha.
O fenômeno da ressurreição da extrema direita está associado a três fatores, não necessariamente nessa ordem: um, internet e redes sociais sem regulação; dois, inconformismo do capital (classe dominante) com a ascensão das classes intelectual e trabalhadora ao Poder; três, a necessidade de sobrevivência da imprensa, que adere aos propósitos da classe dominante de maneira subserviente.
Explicação maÃs simples, baseada inclusive naquele estudo sobre o achatamento da classe média da década de 80 até meio da década passada. Basicamente foi o custo das polÃticas de governo para que os pobres não morressem de fome, que não foi dividido com a camada rica (que teve ganhos maiores do que as duas, indicando a concentração). Para manter tem de cortar, gente mesmo. E é fácil convencer isso, só apelar para religião, patriotismo, austeridade, etc. Já deu certo e sempre dará
Mais uma vez a folha retendo comentários sérios, provando que de liberal não tem nada ! Lembra o jornal da ditabranda se comportando como sempre como aparelho ideológico da classe dominante!
Chorem, petistas, e que suas lágrimas irriguem os jardins brasileiros...!
Chora você também, bozolino, e se mude junto com seu mito escorraçado pra Argentina.
Antes as lágrimas do que as fezes dos bolsonaristas que nem de adubo serviram aos jardins brasileiros.
O processo é complexo, mas alguns pontos são evidentes .1.A perda de renda de grande parte da classe média com o avanço da globalização/digitalização.2.A desmoralização das instituições democráticas, seja pela corrupção ou pela incapacidade de atender as principais necessidades da população.3.O sentimento real ou imaginário de antagonismo entre grupos econômicos e sociais distintos.4.O mais assustador, a aglutinação e potencialização de crenças dogmáticas cegas impulsionadas pelas redes sociais.
Lendo esse e outros artigos do autor, parece-me que a análise é boa, mas a atitude geral padece de um certo "muro-absenteÃsmo" de onde, com certo enfado, se aponta o dedo para todos; o autor precisa estar atento a isso, ou corre o risco de se tornar um pondé com viés progressista...
Não é uma questão intelectual, de inteligência ou de estudo formal. A história não é pedagógica. Se fosse, jamais a extrema direita voltaria ao poder em paÃs algum. Como bem observou Bauman, bem vindo a era lÃquida. Tudo flui e se desfaz entre nossas mãos. A sociedade é hipernarcisista, hipermimada. Quero agora. O que casa bem com o discurso radical que promete rupturas como o suposto velho e promete um mundo novo.
Sem analisar as estruturas os pós modernos nadam nas mesmas águas da extrema direita, não por acaso suas referências filosóficas reportam ao irracionalismo, fragmentar o real é a saÃda para se refugiar no micro se abrigando em bolhas, ótimo para conservar a macro base que fica incólume!
E... do que se conclui que...? O tema da normalização da direita (e não de qualquer radicalismo) me interessa. Este jornal, inclusive, vem colaborando muito com isso. A questão da coluna é outra, ela busca pelos culpados, vira-se para a esquerda democrática (de quem quer se diferenciar a todo custo, mas ainda ser progressista) e diz: vocês expulsaram a direita democrática do jogo, eu sou inocente. É o velho tucano que só sabe brigar com o PT, e vive repetindo a mesma bobagem incansavelmente...
Eduardo, cito para você: Ao contrário do que pensa o mÃope militante de esquerda, a existência da direita democrática evitava que conservadores e darwinistas sociais escorressem para a extrema direita para satisfazer seus interesses.
Concordo não Bianconi. Ele diz claramente que o centro some pelo desinteresse da população em soluções amenas. O desejo da população em ir ao extremo gerou o monstro, e ele não explica pq parte da população deseja isso, apenas constata. Vc ainda me parece preso na velha dicotomia D x E que não é mais suficiente pra explicar o que nos rodeia.
Perfeito texto! Tenho buscado respostas para esse tema...inclusive pq tenho amigos de direita e não compreendia a guinada a extrema direita...trouxe luz para minha compreensão!
Excelente texto, perfeito, a extrema direita é muito atrativa para religiosos e castas privilegiadas como as bolsonaristas,cujo problema humano deve ser resolvido por algo imaginário, a quem pede e deposita a crença no perdão e vida eterna, Deus.
Preciso. Mas triste.
O que o colunista deixou de mencionar, é que o eleitorado também é moldado pela grande mÃdia, cujos interesses econômicos, vão ao encontro das ideias defendida pela extrema direita. Um bom exemplo, foi a operação lava jato, liderada por Sérgio Moro, que foi apresentada como um espetáculo midiático, fazendo assim que grande parte dos eleitores sofressem a lavagem cerebral, Bolsonaro no Brasil foi um efeito colateral, que nos mostra o quão perigoso é defender bandido, por interesse polÃtico.
A mÃdia é acusada pelos extremistas antagônicos. Extremistas são negacionistas dos fatos, e assim os são os bababozo e os babalula. Atacar a mÃdia, que não é infalÃvel, obviamente, é cômodo. O incômodo é enfrentar a mÃdia ante os fatos. E os fatos têm aà estado. E são irretorquÃveis, alheio à mÃdia. Apaixonados por desonestos desaprovam a mÃdia.
Exatamente Pedro, seu discurso é fruto de lavagem cerebral. A Lava-Jato tropeçou (é o verbo mais apropriado) em esquema bilionário de desvio de recursos da Petrobras... Mas a chefia do esquema não estava na polÃtica. O envolvimento de polÃticos (e não do governo, e não de partidos) atendia ao interesse dos diretores em manterem-se nos cargos. Mas o que Moro ganharia em condenar doleiros e diretores ricos? Entendeu? Será tão difÃcil?
A lava jato expôs o esquema corrupto d PT na Petrobrás, ou será que foi tudo lavagem cerebral?
A esquerda é e sempre foi radical, o centro, no brasil, está vendido pra quem paga mais… bora pra direita !
Avisa o Dalton que meu comentário extrai a conclusão lógica do comentário do Marco, que usa o verbo no presente (está vendido) e não no pretérito, onde jaz o mal denominado mensalão. De resto, o que se costuma chamar de centro, hoje, está na oposição ao governo. Ou não avisa não, porque ele vive alardeando fatos que só ele mesmo enxerga.
O Centro sempre esteve na direita, nunca saiu dela, quando o fizer será para a extrema direita, esta, é acionada nas crises para garantir que tudo fique como está, para isso manda a "democracia" as favas, radicaliza sem subterfúgios, engana incautos!
Avise ao Bianconi que o mensalão não foi desembolso da direita. Melhor, não avise. Ele não se dá bem com os fatos.
Se o centro está vendido, foi a direita que comprou, né não?
A leitura é prazeroso e deve ser compreendida, o que é muito difÃcil para algumas pessoas.
Interessante. Food for thought.
Excelente! Agora a polarização não é apenas partidária, mas, principalmente, afetiva. Por isso, a eleição não acaba. Vai além da polÃtica : é sobre identidade e valores, como nos EUA. Felizmente, por ora, o bolsonarismo foi derrotado.
Será esse o diagnóstico ? Ou será que o tamanho da crise não comporta mais uma gestão "democrática" centrista, revezando com outra de esquerda que acaba requentando a mesma sopa? Ao que tudo indica existe um grande desalento que dá abertura para candidatos fora do padrão, que com o tempo vão ser apenas o que são, fraude! Até lá, o ônus da crise já estará nos ombros dos de semore, os que criam e transferem valor. De crise em crise,quem sabe não iremos nos educar ?
Nós já nos educamos, a questão é que alguns importantes segmentos da sociedade, são guiados por religiosos, empresário, artistas e outros, e o que é mais grave estão acabando com a educação com materiais péssimos, tendenciosos e cheios de erro, professores engessados, vigiados e ameaçados e com atribuições que não seguem a pontuação dos professores, com concursos que dão 40 por cento da nota a um vÃdeo, enfim é muita coisa que apenas visa a desinformação das massa.
Realidade mundial por demais complexa, para uma conclusão tão superficial sobre as causas do radicalismo polÃtico! Parece que não deu tempo ou espaço de elaborar melhor o tema apresentado. As pessoas estariam "ávidas por conflito", dispensando a moderação? A troco de quê? Ou o conflito social está posto, fruto de um sistema cada vez mais desigual ? Gostaria que o Professor refletisse melhor sb o tema nas próximas colunas.
O colunista não quer explicar nada, que apenas eximir-se de responsabilidade. A versão mas comum desse tipo de narrativa é jogar toda culpa no eleitor fingindo ser democrata.
Muito bom, Professor.
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