Foi o que aconteceu com a Argentina há cem anos. O dinheiro farto das commodities, principalmente da carne congelada, a grande novidade da época, foi gasto nos belos prédios, metrô, avenidas de Buenos Aires além de um grande funcionalismo público e sistema previdenciário. Mesmo naquele período, o país não conseguia ser credor externo.

Uma pergunta de leigo: Lula tem a opção de não cumprir os limites impostos pelo Arcabouço Fiscal sem cometer crime ou sofrer impeachment?

Estudo da Noruega: país se tornou rico com a descoberta de petróleo no mar do norte na década de 70, IDH é de 0,957....e a descoberta de petróleo no Brasil? Em 2006, descoberta do pré-sal, o país tinha um IDH de 0,807, após a descoberta de petróleo caiu para 0,758...Todas as vantagens competitivas do país foram anuladas por economistas e políticos...Quanto mais riquezas descobre, mais pobre fica.

escrever para a folha de são paulo deve ser coisa para números primos. parabéns pelos dados

A participação das commodities nas exportações foi de 45% para 75%, estamos regredindo a passos largos para desindustrialização, isto é péssimo. Não sabemos fazer produtos industriais simples como tesouras, canetas, pneus. Os produtos mais elaborados então, como tomógrafo, impressora, aí a coisa pega. Os mais sofisticados, como satélites, farmoquímicos, circuitos integrados é coisa de louco. Um plano pra combater esse atraso, juntando universidades, empresas, estado não se fala.

No agronegócio a arrecadação não é expressiva, claro, não pagam impostos. Mas nós, o povo, pagamos imposto em cada item que compramos com o salário de 1320 Reais, que no frigir dos ovos, os nossos impostos vão bancar a energia, as rodovias, as ferrovias, os portos, etc., para a acumulação de riqueza do agronegócio e seus parceiros que são os donos de mídias, de bancos, de indústrias, representantes políticos e outros. Até quando?

É estranho esse conhecimento técnico chamado economia, pois não coloca o povo que produz a riqueza no texto.

Exato, essa é a comprovação de que o bolo nunca será repartido. Quando não há recursos, os neoclássicos cobram o sacrifício dos pobres, enquanto eles continuam nadando de braçadas sobre o dinheiro público. E sempre prometem, que passado o período difícil, todos vão se beneficiar do período de bonança. Esse artigo comprova a tese de que as desigualdades jamais serão desfeitas. Pois, ameaças de outro período turbulento deve sempre convencer os pobres a mais sacrifícios. Acho que a autora se traiu.