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Minha maior surpresa do ano foi a leitura do "Torto Arado". Um Jorge Amado melhorado. A decepção foi, finalmente, a leitura do "Ulisses". Supervalorizado.
Até aqui, "A máquina do caos" (Max Fisher) e "O naufrágio das civilizações" (Amin Maalouf) foram meus preferidos, mas o ano ainda não acabou...
Li os três volumes de Escravidão, de Laurentino. Percebi que hoje o Brasil é o reflexo do Século XIX. Os senhores foram substituÃdos pela casta polÃtica e cheguei à conclusão: o Brasil existe apenas para sustentar polÃticos. Paga-se ainda o carma odioso que ficou escravidão.Nunca se construiu uma Nação.
Os livros de não ficção, são os meus preferidos. Dentre os que eu tive o prazer de ler esse ano, eu destaco um, Por um fio, do colunista desse jornal, Doutor Drauzio Varella. Ele narra os últimos momentos de vida de muitos pacientes e as suas histórias de vida. No fim, narra os últimos momentos do seu irmão, que também era médico, vÃtima de um câncer no pulmão. Um livro para refletir o que é a vida, ou mesmo se ela realmente tem algum sentido.
Descobri, finalmente a obra de Marcel Proust, Em Busca do tempo perdido, leitura que me contempla e arrasta nas sutis descrições de sensações, sentimentos e percepção das caracterÃsticas humanas, das quais o autor era exÃmio observador. Feliz descoberta em 2023
Com os sapatos aniquilados, Helena avança na neve. Márcia Tiburi, um bom livro de 2023.
A Peste de Albert Camus foi leitura perfeita para o pós-pandemia. Revivi o clima de isolamento, sobretudo com a irresistÃvel comparação entre as ações à s vezes atropeladas do governo retratado na ficção com as ações desastradas do nosso governo federal.
Reli na Pandemia!
Depois de ouvir o Milton Hatoum na Feira do Livro de São Paulo mergulhei na obra dele. O livro "Noite da espera" foi o meu preferido de 2023.
Dois livros que eu li este ano. O primeiro "Stoner" de John Williams, um romance sobre a vida acadêmica; onde ao invés de um herói que prende a atenção, um personagem, que fiel a sua integridade se envolve no ambiente acadêmico , onde deveria prevalecer a justiça e sabedoria nas decisões; ledo engano. O segundo "On Mill" de Philip Kitcher, nos transporta Mill do século dezenove ao nosso, e discute questões pertinentes como mudança climática, tolerância, ética, fake news e liberalismo polÃtico.
O decênio decisivo. Propostas para uma polÃtica de sobrevivência. Prof. Dr. Luiz Marques (Unicamp)
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