Antonio Prata > Contra a gravidade patriarcal? Voltar
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A estupidez bem intencionada da esquerda é de fato lamentável. O Brasil ainda precisa prover o básico da dignidade humana para sua população antes de lidar com reparações históricas.
As professoras de literatura acompanham o articulista e são maioria, é só ver os nomes na lista de pelo menos 100 professores universitários que protestaram no documento do site A Terra é Redonda, que até agora a Folha ignorou. Duvido que os portugueses, espanhóis e ingleses tirassem Camões, Cervantes e Shakespeare de alguma lista literária por questões puramente ideológica e de tal forma autoritária, sem discutir com quem produz este tipo de conhecimento.
Que texto lamentável. Olha, meu amigo, colocar por um tempo apenas mulheres como leituras de UM processo seletivo não vai encerrar a leitura dos clássicos. Olha a tua própria estratégia para chegar à colunista da Folha: ser filho de um pai famoso. Ninguém parou de ler Machado porque tu tens teu espacinho herdado. Calma, garoto.
Decepcionada porém não surpresa. A possibilidade de perder o cercadinho torna os homens por demais solidários entre eles, claro. Não seria diferente na Literatura. O que diria Zelda Fitzgerald sobre seus textos copiados pelo Scott sem créditos? Há milhares de Zeldas por aÃ, sabemos disso e vamos buscar o reconhecimento merecido. Não precisamos de sua aprovação moço.
Decepcionada mas não surpresa com o argumento do colunista de que, historicamente homens dão as cartas, então aceitem! O que dizer quando o silenciamento vem há séculos, podemos citar desde textos que Scott Fitzgerald "pegava emprestado" da mulher Zelda, até a foto da estrutura tridimensional do DNA, de Rosalind Franklin, em 1953, tirada de sua mesa por colegas que levaram o Nobel, estamos vendo como o patriarcado se protege. Na literatura e no jornalismo não é diferente.
"O senhor quer passar essa vergonha no crédito ou no débito, senhor?" Vestibular é prova, não método de ensino. Não tem uma escola decente no Brasil que não ensine os clássicos, dizer que estudantes serão privados de conhecer Machado ou Drummond do pq não cai numa prova é que é burrice. As alterações na lista são para vestibulares dos próximos anos, três anos apenas, não se trata de uma emenda à constituição que determina que daqui até a eternidade só leremos mulheres. Quanta bobagem...
Garotos, não se preocupem, vocês nunca deixarão se ser lidos ou ouvidos. Estão a muitas gerações luz à frente na oportunidade de produção e divulgação intelectual. Dizer, mesmo ironicamente que Einstein e outros podem ser "cancelados", é rizÃvel, pra dizer o mÃnimo. Aceitamos sugestões de inserção de mulheres negros e outros, desde que não demore outras tantas gerações, já que vocês querem e podem decidir tudo.
Muitas pessoas se esquecem de os estudantes,muitas vezes,só leem os livros da lista obrigatória, e ,as vezes,nem isso leem.
Parabéns. Perfeito o texto
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Texto irretocavel. Precioso.
Também achei insensato. Concordo com o que você falou. Há outras maneiras de valorizar as mulheres .
Admiro o Prata, mas aqui ele não foi sensato.
Como é que ainda deixam um homem branco escrever no jornal? E também eu ainda posso comentar? Vai passar?
O patriarcado se ofende fácil. Clássicos são clássicos e continuarão sendo lidos. O gesto feminista da lista está de parabéns. E que uma lista com escritores/as negros/as seja elaborada, bem como uma lista gay.
Isso só mostra que o radical de esquerda é tão deletério quanto o radical de direita. Uns tentaram implantar a ditadura das armas, outros tentam a ditadura do politicamente correto.
O único esquerdista que parou de acreditar em bobagem que eu conhecia até agora era eu mesmo. Parece que agora tem mais um. Bem vindo ao clube
Me fugiu algo, e digo com sinceridade, qual seja: em que medida a resolução FUVEST proÃbe a leitura de Machado, Rosa, Drummond. Parece que legitima-se a relação utilitarista entre leitura com um objetivo que é a negação da leitura de literatura. Penso que os candidatos da FUVEST poderão (e deveriam, por certo), ler outros autores e autoras que não constam na lista. Não ganharão pontos, é certo, mas se achegarão à utilidade do inútil.
Perfeito.
Acho que o efeito financeiro para os herdeiros de direitos autorais (sejam homens ou mulheres) dessas autoras será o principal dessa medida. Nada como uma leitura obrigatória para alavancar vendas de livros.
Beleza de matéria. muito bem redigida. Começa se explicando sobre as boas intenções e numa construção chega no cerne que por óbvio haviam mulheres tão boas quanto os homens numa grécia antiga, no iluminismo ou mais recentemente não fosse o machismo e nem por isso não temos que deixar de dar ênfase a essas obras. Obrigado pelas considerações muito sensatas e pertinentes.
A lista já valeu pela discussão em torno do tema. Em nenhum momento se está privando o aluno de Guimarães ou de Machado de Assis e nem mesmo de Antônio Prata. Os alunos continuarão sem ler as obras e ouvindo Youtubers comentando os livros em velocidade 2x. Os homens clássicos continuam sendo estudados como exemplo de romantismo, realismo, etc. Só temos um foco temporário nessas autoras. O grande problema desses alunos é estarem perdendo a capacidade de leitura de longo fôlego.
Que época perigosa que vivemos. Kkkkkkkkkk. Começou proibindo Monteiro Lobato, agora já são todos os escritores homens, é incrÃvel como o Brasil nessa historinha de democracia tem uma tendência irresistÃvel para o autoritarismo, seja de esquerda ou direita, como dizia Jabor: primeiro era proibido, depois tolerado e aà vira obrigatório.
Antônio, o fato de você precisar pagar tantos pedágios antes de expôr sua opinião já demonstra que a parte criticada venceu. Para mim, a universidade é isso: uma seleção de autores(as) que você precisa ler. Por que preciso ler? Porque são excelentes obras, mas, também, porque o professor tem simpatias literárias/polÃticas por X ou Y. Se a FUVEST quis assim, então o aluno terá que aceitar e ler, se quiser passar. Não existe pensamento crÃtico nisso: deve-se apenas aceitar.
Mas Antônio quem tá privando quem de ler Machado e etc? A lista vai fazer com que eecritoras sejam lidas, Machado e etc seguem grandes.
Do momento que os homens autores são excluÃdos, eles não serão lidos para o vestibular. A obra segue grande, mas será menos conhecida por gerações futuras. Perda.
Cutucou o vespeiroÂ…. rsrsrsÂ… boa sorte!
Até tu, Brutus? Sempre tem aquela decepçãozinha com o Ãdolo, né? Com você, Prata querido, foi essa. E vou miolo do seu texto: ninguém está privando nenhum estudante de ler Drummond ou Machado. Eu acho que você caiu numa fake news. E que deve ter lido aquele editorial horroroso do Estadão, da série "falta do que fazer". Você já foi bem mais inspirado nas suas crônicas. A separação não te fez bem. (é Milton Costa quem escreve, esposo da Natália).
Muito bem, Antonio. Esse seu 'artigo de opinião' vale por uma crônica. Gostei e concordo com você.
Quando nao vai pelo amor, vai pela dor. Exatamente este o motivo de existirem cotas raciais, q se nao existissem, privariam negros(as) de acesso às USPs da vida , tal qual a decisão exposta pelo Antonio na coluna de hj. Choques de realidade sao necessários pro mundo evoluir e acabarem(ou diminuirem)desigualdades impostas por séculos de civilização branca, machista q sempre deram o tom de c/ele(o mundo)deveria seguir. Se aquiete Antonio, +mudanças virão à frente, espero estar vivo pra ve-las.
Proibições normalmente são burras, concordo, mas apenas constatar que o mundo é e sempre foi machista não nos tira do lugar também. Os povos originários daqui demoraram 500 anos para começarem a ser ouvidos e lidos. Ainda está muito confortável para os homens brancos, cis, heteros. Criticamos tudo, mas mitigação, pouca
Texto irretocável. Atitudes como a da FUVEST apenas tornam o identitarismo como uma mera caricatura. É lamentável!!!
Se tem um adjetivo que cabe nesse texto é justamente "retocável". E põe retoque nisso (e boa dose de recalque...). Lamentável, caro Rodrigo, é não haver uma crônica que tire sarro da caricatura que o vestibular se tornou, incluindo a intocável Fuvest. Que critique o tamanho dessa lista de livros que não cabe em nenhuma prova decente, que trate do fato escancarado de que a esmagadora maioria dos que entram na faculdade não leram uma linha dessas obras. Dessa e de outras listas, aliás. (Milton)
Perai. Você está afirmando que 100% dos funcionários da FUVEST são de esquerda? Aà você confundiu alhos com bugalhos. Tirando esse deslize, o texto é coerente.
Vou dar uma sugestão: depois desses três anos de literatura feminina, poderÃamos fazer um ciclo com autores negros e depois outro ciclo com autores LBGTQIA+, e por fim outro ciclo de literatura de autores indÃgenas !
Fuvest? Mediocridade de último grau, parece que todos atualmente tem de carregar um Chaveirinho na cintura com slogans de negros, gays, e mulheres machistas, aliás sobre as Mulheres, atrás de todos esse que vc citou existiu uma mulher machista, por aqui na terrinha observamos a Janja.
O texto do senhor Antônio Prata é excelente e certamente os professores de literatura acompanham esse pensamento. Para dar voz às escritoras não é necessário excluir os escritores . Que homens e mulheres de nossa literatura sejam apresentados aos nossos jovens pela qualidade de suas obras - só por isso.
As professoras de literatura acompanham, como a senhora diz e são maioria, é só ver os nomes na lista de pelo menos 100 professores universitários que protestaram no documento do site A Terra é Redonda, que até agora a Folha ignorou
Não, não acompanham, professora. Nem todos. E para dar voz a elas é necessário excluir sim, porque não cabe todo mundo nessa máquina de moer gente que se transformou o Ensino Médio. E, usando seu próprio argumento, a Fuvest está justamente apresentando essas autoras (pelo jeito não só aos candidatos...) pela altÃssima qualidade de suas obras. (Milton)
Prata a sua coluna de hj está irretocavel, a esquerda está se tornando um movimento de nichos e causas identitárias, que a pretexto de incluir , trabalha com exclusão da maioria e ainda de legar a ignorância para a sociedade vindoura, qdo resolve causar um cancelamento retroativo na história da humanidade.
Quer dizer que a Fuvest e a USP são nichos de doutrinação esquerdista? É sério mesmo, dona Sueli? Não caiamos nessa, né?
Concordo com tudo que você disse Pratinha. Quem tiver competência que se habilite. Homens e mulheres. A exclusão como a própria palavra diz, manda a qualidade pras calendas gregas.
E quem disse que essas autoras são incompetentes, Gaya? Se é um Milton Hatoum, discÃpulo confesso de Machado, pode, mas se é uma Lygia Fagundes Telles, praticamente um Machado reencarnado num corpo de mulher (já leste a versão de "Missa do Galo" dela? Fenomenal!), aà não pode. Eu, hein. (Milton)
Concordo com tudo que você disse Antonio Prata. Quem quer mostrar talentos, habilidades e outros que tais, não deve usar a exclusão como forma de diminuir a concorrência. Tem que dar a cara a tapa com todos participando. Homens e mulheres. O que vai valer é a qualidade. E qualidade não tem sexo!
Mais um artigo histórico de Antonio Prata. Obrigado, Folha, por ter em seu quadro de colunistas este baluarte da luta contra o obscurantismo!
Pois é, só que nessa crônica faltou uma luz danada, rolou um blecaute. Sou fãzaço do Prata, desses fervorosos, que acham que ele deixa o pai comendo poeira, mas hoje ele escorregou e fez pole dance no tomate. (Milton)
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