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  1. Felipe Vasconcelos

    O critério essencial deve ser a qualidade literária, e não as identidades sociais do escritor. Estimular que se leia livros de mulheres é uma coisa, colocar livros medianos em patamar de igualdade com os cânones é outra completamente diferente. Literatura não se resume a reducionismos sociológicos, e o critério político não vence o artístico.

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  2. antonio brito

    Grandes escritores são capazes de falar sobre a condição feminina com profundidade: Flaubert, Balzac Toslstoi, até alguns contos de Machado. etc... Grandes escritoras descreveram a hipocrisia social : Jane Austen, Bronze, Youcenar, etc... a produção de uma escrita relevante, não é simples. Porém o mundo de hoje quer coisas simples e fantásticas. Ex. os Maias não é mais leitura obrigatória em Portugal. pobres jovens que já têm que se preparar para questões ideológicas do Enem. Ler Nísia Floresta

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  3. João Paulo Zizas

    Os autores do artigo ao menos seriam sinceros se assumissem a valer o que já está muito claro: o rol de obras obrigatórias da Fuvest deste ano tem, sim, caráter militante. Todavia, preferem apresentar uma argumentação confusa para tentar camuflar o óbvio. Talvez a parte mais estapafúrdia seja quando eles dizem que a "inovação introduzida" pressupõe um suposto "momento posterior de equilíbrio" na definição dos livros exigidos. Ou seja, é reconhecido no escrito o fato de a lista ser desarmoniosa.

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    1. Vanessa Simon

      Meu caro, você opina do lugar de quem já leu todas as autoras da lista? Acho que muitas pessoas só as conhecerão graças à fuvest, embora sejam jábastante estudadas na universidade. O Machadão continuará consagrado no circuito "vestibulando classe média esclarecida" independente dela, ele não precisa disso. Agora, o problema da educação literária no país está muito mais embaixo e não será nem resolvido nem piorado por uma lista do vestibular da usp e é isso que deveríamos discutir.

  4. Luciano Ferreira Gabriel

    É vergonhosa a linha argumentativa deste artigo. Criaram, artificialmente, uma lista de referência de autoras apenas considerando a cor e gênero (principalmente), considerando obras que não passaram pela sua transformação em cânones da literatura. Preferiram livros que possuem apenas marcadores ideológicos identitários. É o próprio pensamento marginal que toma corpo na indicação dessas obras. É um protagonismo de autoras meramente ideológico.

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  5. João Gabriel de Oliveira Fernandes

    Eu não entendo as críticas. Universidade é isso, galera: você é obrigado a ler livros. Sim, obrigado a ler. Você não sentará lá para escolher as obras que quer; elas serão impostas a você, seja para ampliar seu repertório, seja porque o professor tem simpatias literárias ou políticas com determinada obra. A seleção de livros obrigatórios do vestibular reflete isso. Então, apenas aceite, leia e use para passar no vestibular. Quando sair da universidade, aí poderá se dedicar ao que quer ler.

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  6. Paulo César de Oliveira

    KKK. Estatisticamente, quais as chances de que todos os escritores relevantes de um país do tamanho do Brasil e com mais de 500 anos de história sejam todos mulheres?

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  7. Pedro Paulo Pereira de Araujo Araujo

    Tentar explicar o inexplicável! Excluir está ligado intimamente ao preconceito, à segregação. Promover uma igualdade é louvável, mas restringir acesso dos jovens aos grandes autores homens é subverter a história da literatura. A grandeza da nossa literatura não será afetada por uma atitude tão mesquinha. É fato que o machismo extirpou a possibilidade de muitas mulheres se tornarem grandes escritoras, pensadoras. Isso foi uma violência irreparável que não pode ser usada como pretexto para outra.

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