Sérgio Rodrigues > Uma coluna em forma de presente Voltar
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Tomei vários dribles!
Um belo presente. Tanto a indicação a Telles quanto a Machado. Contos com muito em contato, além do Natal: primordialmente a figura feminina, misteriosa, elusiva; os interlocutores, num experiente e algo desiludida, noutro quase que o exato oposto; os maridos traidores...
Também agradeço sim, muito obrigada!
Agradeço sim! Obrigado.
No conto, a narradora fala que "os laços humanos me ameaçavam envolver", somos feitos de relações, nenhum ser humano é uma ilha, uma coisa fÃsica, um presente de natal. Ao invés de darmos presentes fÃsicos, neste Natal, que tal tecermos relações amigáveis com o nosso próximo, como Lygia Fagundes Telles escreveu na dedicatória do seu livro,"Antes do Baile Verde", "lembrança muito amiga" , para um desconhecido, que via na literatura a abertura a um mundo inescrutável, feito da matéria de sonhos.
No Natal na Barca, quando olhamos ao nosso redor não estamos realmente "observando", mas sonhando , como Shakespeare disse, uma imagem do mundo com base em preconceitos equivocados. É o que esperamos ver; não há milagres; os dados que contradizem nossas espectativas são mais relevantes que os que confirmam o que já sabÃamos. Pule para outra hipótese, o bebê não estava morto, minha espectativa estava errada. Não se abale com perspectivas negativas. Somos feitos de sonhos.
Obrigada pelo presente!
Não existe uma forma de ver a realidade que não dependa de uma perspectiva. Ninguém é dono de um ponto de vista absoluto, universal. Portanto, neste Natal, tenha uma perspectiva otimista. Feliz Natal a todos. Shakespeare completa, na Tempestade, "e nossas vidas pequenas têm por acabamento o sono". O mundo das coisas se dissolve no ar como a luz vacilante do conto da saudosa Lygia.
Tenho a recordação da dedicatória de Lygia; na Folha; no livro que ela escreveu; "Lembrança muito amiga, para Vito"; o livro "Antes do Baile Verde" mostra como o ser humano foi construÃdo: Não vemos o mundo exterior mas o que esperamos ver. O mundo não é construÃdo de coisas. A Tempestade de Shakespeare faz você viajar na imaginação: "Nós somos esta matéria de que se fabricam os sonhos"; somos relações. Toda visão é parcial, cabe a nós termos uma perspectiva otimista de encarar a realidade.
Feliz Natal, Professor!
Mesmo assim, agradeço. Acabei de ler o conto, não conhecia, tem um quê de Mito de Caronte. Maravilhoso, mas também assombroso e angustiante. Pra compensar, acho que vou ver um filme açucarado da Netflix. Feliz Natal!
Ótimo artigo. Ótimo conto. O Peru de Natal, de Mário de Andrade, também é bonÃssimo.
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