João Pereira Coutinho > Natal pode ser época de melancolia, com tantas obrigações sociais Voltar
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Meu palpite é que essa angústia é mais antiga. É uma data em que nós somos confrontados com essa coisa chamada sociedade, mais forte que nós. Para nosso individualismo, as obrigações são desagradáveis.
Natal pode ser bom quando somos crianças ou quando somos pais de crianças. Fora isso, se tornou chatÃssimo, com a imposição dos grilhões consumistas e das relações familiares falsas e forçadas. Papai Noel poder ser tão sinistro quanto os maus palhaços e a mensagem cristã se perdeu, se é que um dia já existiu de forma autêntica. Talvez consigamos recuperar o espÃrito da Saturnália, em que familiares e amigos uniam forças para enfrentar o rigoroso inverno. Não, aqui não é inverno, não dará certo.
Não existe opção de tratamento.
Natal é somente bom para as crianças. Após isso, se transforma numa imensa besteira e uma data comercial.
Como faz bem ler um texto como esse!!
O problema é criar expectativas enormes em torno de um dia, ou um perÃodo e depois perceber que tudo permanecerá igual como antes. Lembrando que a virada do ano também tem isso a depender de cada pessoa.
O Natal é realmente muito chato, criamos uma armadilha para nós mesmos.
E eu q me considerava um chato, sem paciência, solitário nessa avalanche do natal. Kkk
Já vivi momentos tristes no natal. Hoje atravesso sem grandes percalços. De 2015 prá frente fugi da polarização polÃtica, com um pretexto irretorquÃvel: passar com meus pais na fronteira do Paraguai (fim do mundo mesmo). Este ano não fui, pois estou com joelho quebrado. Passei aqui com minha companheira. Não tive picos de depressão. Acho que não frequentaria a clÃnica do senhor Coutinho.
Antigamente as famÃlias eram grandes e se reuniam quase todos os finais de semana na casa do patriarca e da matriarca. Hoje em dia famÃlias pequenas se reúnem poucas vezes por ano e vira um sofrimento. Não tenho nostalgia pelo passado, só acho interessante pela ótica social, como que as relações interpessoais estão mudadas. Isso sem falar na geração que só consegue se relacionar através de telas.
Eu me lembro disso na minha infância, com algum carinho. Pode ser uma armadilha da memória afetiva, mas a lembrança era de relações interpessoais mais fáceis, em que também havia os exibicionismos, manipulações e joguinhos de poder, mas em pequenas e humanas doses. Parece que preponderava um sentido de coletividade e de fraternidade, cultuado e transmitido naturalmente. Sumiu.
Excelente! Nossa era deve ser mesmo a mais mimizenta da História. Por outro lado, milhões de pessoas realmente sofrem de uma melancolia natalina, e têm os seus motivos pessoais para o momento blue. E a fauna humana é imensa e muito variada. Parafraseando o dito : todas as pessoas alegres se parecem, cada pessoa triste é triste à sua maneira. Feliz Natal!
Fico com uma terceira: simplesmente não se importar em nada com Natal, Ano Novo e quejandos tão chatos como esse, e continuar vivendo normalmente. Claro que não ser cristão ajuda muito, não vou negar...
Colunistas da folha induzindo e denegrindo o significado do Natal, jornaleco manipulando as pessoas com tudo que sao palavras opostas a positividade há tempos , falta impor limites e etica das mÃdias.
Até concordo com suas palavras em relação a muitos colunistas deste Jornal, cujas neuroses, complexos e pulsões pessoais nos são impingidos de forma agressiva. Mas este, Coutinho, tem outra linha, outros valores e outra formação. O artigo toca num ponto real, do desvirtuamento social e comercial da data. É meu ponto de vista, é claro, o que não afasta a correção do seu comentário em relação a muitos outros.
Ou é um jornaleco ou ele manipula? As duas coisas não ornam.
Se a anestesia fosse gratuita, a primeira sem dúvida...economizaria uma grana.
Não procuraria terapia, até porque tenho certo preconceito contra psicólogos, psicanalistas e outros menos votados. Se um dia achar que preciso de psicólogo, me torno kardecista, até porque os centros estão lotados de psicólogos e se pode obter consultas no atendimento fraterno de grats.
Opção B, apena que para ampliar o database dos possÃveis beneficiados, eu trocaria vinho por psicodisléptico favorito do indivÃduo.
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