Tudo hoje quer roubar o nosso foco, os meios de comunicação e os dispositivos tecnológicos. Faço um uso bem comedido disso tudo. O celular fica a maior parte da semana na prateleira, não levo pra rua poeira. Tablet não tenho, prefiro Laptop. Curto um bom livro, leio mais de um ao mesmo tempo, mas faço pausas de 20 minutos. Leio jornais e revistas pela Internet, apenas 1 hora pela manhã e 1 hora a tarde. Caminho, cuido dos pets, varro as folhas do quintal da casa, medito, cozinho, faço compras...

Excelente artigo, este futuro ta muito bem descrito no filme da Pixar Wall-E: as pessoas gordas na nave, nao conseguem nem se mexer... muito triste e muito real!

Excelente. Mais um primoroso artigo! Se a tecnologia existe para nós termos mais tempo livre, o famoso ócio criativo do De Masi, por que não usarmos a nosso favor e aprendermos mais, resolvermos novos problemas, apreciarmos a natureza e o convívio com nassa família e amigos; e não virar virar máquinas que só clicam no botão curtir?

No final tudo se resolve.

Recentemente vi uma palestra de Nicholas Humphrey no canal do Royal Institute. A premissa fundamental do professor Humphrey, segundo entendi, aponta a senciência como o agente ulterior, um agente que extrapola a condição humana, esta sendo uma de várias vias percorridas entre as espécies de aves e de mamíferos. A natureza tem todo o tempo do mundo, inclusive tempo suficiente para nos fazer pensar que criamos alguma coisa.

Com relação à democracia, é interessante ver o documentário, que nos faz pensar, " O Fim do Sonho Americano" , em que Noam Chomsky fala sobre o aumento da desigualdade em nossos tempos. O americano pobre podia sonhar em mudar de classe, ter um emprego decente, comprar uma casa, pôr os filhos na escola, e um dia ficar rico. O aumento da riqueza do um por cento mais rico, cria poder, que faz a legislação criar mais riqueza na mão de poucos, num círculo vicioso. Haverá tempo livre para mudar isso?

Cara Suzana H.H muito instigante seu artigo,seria a tecnologia ou o mau uso dela o atalho para o desaparecimento da espécie humana na Terra?

Pois é. Em vez de dormir um pouco no meu tempo livre estou aqui no celular comentando colunas da Folha.

"A razão é exatamente a mesma que explica nenhum adulto ainda gostar de jogo da velha ou damas". Fale por você mesmo, Suzana. Sei que é uma analogia, mas tem ouros exemplos melhores.

Todo fim de ano eu leio sobre as perspectivas negativas para o próximo. No entanto a vida continua.

Não me parece que a tecnologia tem nos dado o tempo livre que a autora comemora. Hoje excessiva e onipresente, ocupa tempo demais de nossas vidas, inclusive e principalmente o suposto (pois não acredito nisso) tempo livre que ela cria. Somos hoje escravos de uma tecnologia que flerta com a nossa submissão, ou talvez com nossa extinção. A submissão já é fato. A extinção talvez já esteja sendo encaminhada. Quem viver, verá.

Excelente.

Cara, de uns 3anos para cá sai de todas midias sociais, tenho um email para trabalho e no recado do meu zap sai "vejo apenas as4ªs e domigos, pra ninguém dizer que não dou retorno. Foi um processo difícil, mas hoje voltei a ler, a me comunicar mais com as pessoas na rua e ao meu redor e voltei a prestar atenção em a natureza.

Excelente síntese. Triste que o que mais vemos sao as portas fechadas nestes dias. Em um dos textos de Hannah Arendt, lido há muito tempo, ela falava exatamente como tempo livre é essencial para a produção da cultura, para o desenvolvimento e expressão da criatividade humana. Estamos falhando como espécie e vamos pagar o preço. Alto.

Bom artigo. Eu não deveria ter comprado uma outra bugiganga, que toma um baita tempo pra aprender a fazer funcionar, melhor consumir este tempo olhando a lua.

A complexidade virou complicação; faltou educação.

Uma extraordinária reflexão! Ilumina uma questão desafiadora: mudanças cada vez mais rápidas tendem a ser insustentáveis, porque acabam por superar a capacidade de lidarmos com elas.

UAU!