Mirian Goldenberg > O que não me mata me fortalece, assim falou Nietzsche Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Para Nietzsche, estar saudável não é nunca ficar doente, mas conseguir fazer da doença uma forma de revigoramento das forças vitais. Daà perguntarmos: Quem é mais saudável, quem nunca ficou doente ou quem já foi testado e venceu a doença? (2/2)
Nas minhas últimas meditações de 2023 surgiu o seguinte: Onde há vida há chance de adoecimento, ao mesmo tempo em que onde há vida há fatores suficientes para o enfrentamento e a superação da doença. Ou seja: Se alguém está vivo, é porque foi capaz de superar as ameaças existenciais que poderiam destruÃ-lo, mas que não vingaram porque ele/ela foi forte o suficiente para vencê-las. (1/2)
Querida MÃrian, obrigada por ter continuado a escrever! Um 2024 mais leve para você.
Sempre juntas Raquel, feliz ano novo
Mirian, um Feliz Ano de 2024 repleto de paz, saúde e realizações inclusive publicações. Indico um livro pra você: Escute as Feras. A autora Nastassja Martin é uma antropóloga francesa, ela elaborou um texto que mescla literatura e etnografia e que toma a forma de depoimento de um incidente ou, quem sabe, de um encontro entre a antropóloga e um urso em meio ao trabalho de campo numa floresta siberiana.
Feliz Ano Novo. Adorei a sugestão de leitura. Sempre juntos buscando construir um mundo mais amoroso e generoso
Feliz Ano de 2024, com muita saúde e paz. E, continue escrevendo!
Feliz Ano Novo, com muita saúde e coragem
Obrigado, Mirian, por tudo. Bom ano-novo pra você e seus leitores.
Feliz ano novo Filipe, com saúde, amor e paz
A frase de Nietzsche, extraÃda da obra "Ecce Homo", captura a essência da resiliência humana e da capacidade de superação das adversidades, pois não promove a ideia de que sofrer é bom ou desejável. Em vez disso, se concentra na capacidade do ser humano de usar o sofrimento como um trampolim para o autoconhecimento. Também nos incentiva a buscar apoio e estratégias para lidar com as dificuldades, sugerindo que os obstáculos podem ser oportunidades disfarçadas para o autoaperfeiçoamento.
Adorei
Na obra Autocompaixão, Kristin Neff fala da importância de ver com clareza nossos padrões psicológicos; também não temos de nos julgar com base neles. Quem é um autocrÃtico habitual, precisa notar que isso representa uma forma distorcida de autocuidado, uma tentativa de estar seguro e no caminho certo. Não se critique por ser autocrÃtico na vã esperança de que isso vá fazer você parar de se criticar. Assim como o ódio não pode vencer o ódio, o autojulgamento não consegue frear o autojulgamento.
Lutar, fugir, congelar e desmaiar são respostas que o cérebro gera para manter humanos seguros em situações potencialmente perigosas, certo? Sem dúvida, uma resposta bem comum dos humanos quando sentem medo é congelar ou tentarem ficar muito quietos até que o perigo passe? Outras espécies fazem o mesmo, não é verdade? Então, por que as pessoas criticam a si mesmas ou se condenam por congelarem diante do medo, quando tal reação é natural, imediata e instintiva?
A vulnerabilidade é uma parte inevitável da vida e todos nós temos vulnerabilidades. Em vez de tentar combatê-la, podemos abraçá-la sabendo que será uma boa oportunidade para conhecermos melhor aqueles nossos aspectos sensÃveis e cuidarmos de nós mesmos com generosidade, paciência e compaixão. Além disso, como a nossa autonomia é limitada, todos nós somos fracos aqui e ali, pois muitas coisas na vida estão além do nosso controle e poder de influência.
Talvez porque se sintam impotentes e vulneráveis
Sempre gostei das colunas da Miriam. Mas desde o tal incêndio ela não fala de outra coisa, e está ficando chato. Que ela possa superar o evento e volte em 2024 a escrever da forma interessante que fazia antes.
Sempre leio, gosto e também comento. Mas nem sempre concordo. Assuntos pessoais, velhice em excesso e eventos particulares pouco acrescentam.
Todo ser humano tem caracterÃsticas positivas e negativas, mas um dos mais poderosos hábitos da mente é concentrar-se no negativo, em vez de focar no positivo. O nosso instinto nos alerta para identificarmos os problemas e corrigi-los com o objetivo de sobreviver. Muitas vezes consideramos as nossas boas qualidades e os nossos êxitos tão óbvios, e ao mesmo tempo ficamos obcecados com as nossas fraquezas e malfeitos.
Verdade
Na obra Autocompaixão, Kristin Neff diz: 'Há desvantagens na nossa cultura fomentadora da ética da independência e da realização individual. Se não alcançamos continuamente nossos objetivos, sentimo-nos culpados. E se falhamos significa que não merecemos compaixão, certo? A verdade é que todo mundo é digno de compaixão (...) Não precisamos ganhar o direito à compaixão: é nosso direito de nascença. (1/2)
Preciso aprender a autocompaixão
'(...) Quem quer admitir suas inadequações quando isso significa ficar de frente para os cães de ataque da autocrÃtica? É mais fácil varrer as coisas para baixo do tapete ou apontar o dedo para alguém. (...) A autocompaixão não fornece apenas um poderoso motor motivacional para a mudança, ela também oferece a clareza necessária para saber o que precisa ser mudado com prioridade'. (2/2)
Você é uma pessoa apaixonante! Obrigado pela leveza e sinceridade que coloca em tudo que escreve!
Nilo, muito obrigada pela mensagem carinhosa e generosa
No decorrer da vida as pessoas passam por situações difÃceis. A superação demora, e à s vezes nunca chega.
Cada desafio que a vida lança acaba ignorado ou damos uma resposta que supomos ok, mas ela aturde com um tapa vigoroso e querer que seja diferente só piora. É aà que temos que lidar com nossas vulnerabilidades, erros, malfeitos, aversões, temores, mágoas e expectativas. Nessas horas, muitos de nós evitam e fogem mas outros tentam entender as causas do tabefe. Para tanto, recorrem ao autoconhecimento, ou seja, coragem, humildade, presença mental, imparcialidade, paciência e autocompaixão.
Mesmo quando o tapa da realidade é um pouco mais suave, ele dói. Não esperávamos e não gostamos. E, infelizmente, a bofetada é apenas o começo. O que vem a seguir é muito mais difÃcil. Pois uma vez esbofeteados, de um lado está a realidade e do outro está o cenário que idealizamos. E quanto maior for o hiato entre eles, mais dolorosos serão os sentimentos que surgirão.
Preciso ter muito mais paciência
É Miriam, stress pós traumático. DifÃcil. Fui assaltado cinco vezes, mas em 2016 e 2017, duas com risco de vida. Tenho medo de andar por São Paulo à noite até hoje. E olha que tenho setenta e um anos de idade.
Verdade João, estresse pós-traumático
Mirian, já te convidei uma vez pra dançar uma tanda de tangos e você me convidou pra ir ao Rio e encontrar uma milonga por aÃ. Olha que qualquer dia destes vamos mesmo, minha esposa e eu, e levamos vocês pra uma milonga. Você precisa e merece! Abraços, Ivan
Preciso mesmo Ivan, mais do que nunca
É legal essa de continuar sempre aprendendo, inclusive sobre como viver. É isso mesmo o que acontece. Quando somos crianças achamos que o aprendizado acabará na faculdade.
Nossa, acho que nunca aprendi tanto na vida como agora
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
E o dia de hoje pode ser um belo dia, apesar de triste
José Leandro, você conseguiu me fazer sorrir em meio à tempestade. Leila morreu aos 27, mas usufruiu cada minuto da sua bela e revolucionária vida. Meu biquÃni não é minúsculo, mas ir à praia me faz muito bem, desde criança
Na vida familiar, acadêmica e profissional as pessoas exercitam muito a crÃtica e a sua forma mais Ãntima: a autocrÃtica. Aliás, ainda não nasceu a pessoa que não tenha sido alvo de crÃticas, tanto daquelas que não servem pra nada como das que são construtivas. Goste ou não, a vida de toda pessoa está sujeita a falhas, imperfeições e (auto)crÃticas. Porém, por que muitas delas recorrem a implacável autocrÃtica? Porque querem estar seguras? (1/3)
Leio com frequência os seus bons comentários. Não entendo porque os colunistas comentam os comentários elogiosos e ignoram os crÃticos, mesmo construtivos. Será que eles merecem fazer autocrÃtica?
AutocrÃtica e auto exigência versus autocompaixão e compreensão das necessidades mais profundas que nunca serão satisfeitas pelos outros
Talvez a tendência delas para a autocrÃtica seja mais desconcertante do que o desejo de se enxergarem positivamente. Mas ambos são igualmente fortes. Assim, a maioria de seus pensamentos autocrÃticos assume a forma de um diálogo interno, comentários constantes avaliando o que elas estão vivenciando, podendo ser ásperos ou insensÃveis e fazendo com que falem consigo de uma forma especialmente insensÃvel. (2/3)
Infelizmente, elas pouco investem no cultivo da autocompaixão, nem foram orientadas a fazer algo autocompassivo que ofereça proteção contra a dura autocrÃtica, sem a necessidade delas verem a si mesmas como seres perfeitos ou como melhores do que os outros. Não perceberam que a autocrÃtica, apesar de ser sancionada pela sociedade, pode ser inútil e danosa, pois só piora as coisas. Não se tornam pessoas melhores por baterem em si mesmas o tempo todo. (3/3)
Cara Mirian ótimo texto sobre os nossos fantasmas individuais que nos assombram, porém só nos resta reagir e viver.Um maravilhoso 2014 a vc e seus familiares.
E ter coragem Tadeu, coragem
Obrigada, Mirian, obrigada mesmo! Viva, desfrute, usufrua, mas, por favor, não deixe de nos contar. A sua escrita é um presente!
Que lindo Vera, fiquei muito emocionada com seu carinho
Miriam, o fogo te colocou fora de casa. Aproveita o 2024 para viajar , conhecer pessoas e depois transformar isso em crônicas para aquecer os corações, lembrar que a nossa suposta a zona de conforto é ilusória. Há muito para se fazer pela saúde mental, longevidade, sobretudo das mulheres que estatisticamente vivem mais . De desassossego estamos fartas, porém tô contando com vc para ouvir também sobre abundâncias. Feliz 2024!
Fabiana, meu verbo de 2024 é transformar. Sempre juntas
Ainda muito jovens, já vamos aprendendo a vivenciar o que é dor (fÃsica) e o que é sofrimento (emocional). No entanto, a descoberta mais dura é de que não podemos negá-los ou fugir deles, que usar estratégias evasivas apenas adia seus inevitáveis enfrentamentos. A vivência do que nos aflige, em lugar de evitá-lo, é a chave da liberdade. Precisamos acolher nosso sofrimento, fazer dele nosso melhor amigo e encará-lo de frente até que ele nos revele o caminho que leva a sua própria libertação.
Fazer do nosso sofrimento nosso melhor amigo para ele nos levar à libertação
A liberdade consiste em nos arriscarmos como vulneráveis perante a vida; é experienciar o que surge em cada momento, seja doloroso ou agradável. Isso exige um comprometimento total com a nossa vida. Nem sempre seremos capazes de nos dar por inteiro, sem qualquer fuga ou negação desta ou daquela experiência desagradável. Haverá sofrimento aqui e ali, mas também haverá paz aqui e ali. O importante é que haja presença mental e sejamos sinceros conosco - um contÃnuo autoconhecimento.
Já li que muita gente faz de questões pessoais as vezes não tão complicadas verdadeiras tragédias, a colunista viveu uma tragédia real e está aà forte e saudável, isso que importa. Não deixe de escrever, e não deixe de viver, depois de viver escreva. Talvez não lembre tanto detalhe escrevendo depois, de repente fica até melhor a escrita, só vai saber fazendo e deliciando seus leitores.
Verdade Hercilio. Adorei
Viva a Mirian que nos faz viver!
Viva a vida, Jose. Sempre aprendendo
Só torço, de maneira egoÃsta, que não pare de escrever para nós leitores. Seu texto nos faz mais humano, mais sensÃvel, mais empático. Desejo que usufrua o melhor da vida, sempre!
Everson, preciso aprender muito ainda
"aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas" SÃntese perfeita do que precisamos nesse momento e, em 2024, precisaremos mais ainda. MÃriam, não perco mais um artigo seu. Do incêndio pra cá, você tem se tornado imperdÃvel, dada a capacidade de comover e transformar, inspirar e encorajar. Feliz 24!
Que lindo, Maria. Estou buscando aprender a transformar minha tristeza em beleza
Que texto belo e comovente, Mirian! E preciso também, nos dois sentidos... Obrigada por compartilhar tantas aprendizagens de modo tão brilhante!
Sempre sempre juntas Helena
Ninguém gosta de sofrer, nem de ver alguém seu sofrendo, mas não sei se o mundo teria alguma graça, se não houvesse sofrimento. Creio que a vida seja temperada de alegria e tristeza, por isso, que não devemos nos desesperar. Todos os sofrimentos vencidos, significa vitória...
E lições de vida, Adenor
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Mirian Goldenberg > O que não me mata me fortalece, assim falou Nietzsche Voltar
Comente este texto