Liberdade de expressão envolve não apenas o direito, mas o dever de pagar pelos crimes de ódio cometidos

A alienação, a estupidez humana estão por trás desse tipo de conteúdo. Só a perturbação de uma vida vazia pode levar um cidadão a consumir "páginas de fofoca". Fato é, quem consome "conteúdo" de influencers/fofoca pouco está interessado na verdade, no apuro justo e equilibrado, na imparcialidade, na checagem dos fatos, e as "empresas de comunicação" sabem muito bem como lucrar com a mediocridade humana. Infelizmente, morte como a da Jéssica não é a primeira, tampouco será a última.

Fez o dever de casa pela metade. Cadê os nomes e sobrenomes dos envolvidos?

Mais de vinte milhões de seguidores de um perfil cujo mérito é publicar conteúdo de baixo nível para alimentar seres famintos por intrigas, fofocas, baixarias, com a devida conivência e letargia em reagir das redes sociais começa a produzir vítimas fatais. A suposta auto-regulamentação das redes sociais tem se demonstrado ineficiente, assim, se espera que algum ente detentor de poder faça intervenções para acelerar processos de remoção de fake news o mais brevemente possível, reduzir danos.

Alguém tem de manter acesa essa lâmpada!

Excelente posição haja vista os absurdos que vem ocorrendo e disseminando pessoas. Estou contigo e aguardando essas empresas que apoiam esses estúpidos "comunicadores".

Acredito que, pelo menos neste trágico incidente, as empresas de propaganda têm responsabilidade pelo ocorrido. Não existe nenhuma checagem *ética* por parte delas, tudo se resume a contrato = meta = retorno. Em um mundo melhor, as empresas teriam cancelado seus contratos imediatamente, em bloco, para evitar propaganda negativa para suas marcas. E o propagador estaria agora com um prejuízo de milhões. Cada clique cede sempre um pouco de nossas almas. Contratos também.

Muito triste esse fato! O aumento da importância de redes sociais e de influências digitais nas vidas das pessoas, inclusive servindo como meio de informação, é desalentador. Todavía, a própria mídia tradicional tem seu quinhão de culpa. P ex., grandes jornais noticiam as atrocidades cometidas por terroristas do Hamas contra israelenses, mas na sequência, por receio de sofrerem perdas com publicidade, deixam de informar o quão cruel, desproporcional e difusa tem sido a represália por Israel.

Perfeito. Já estou ansioso pela próxima coluna, pois tocou num ponto essencial: já é hora de cobrarmos essas empresas que reúnem todas essas páginas de fofoca e que influenciam até mesmo o debate político, sem nenhuma contraprestação ou cobrança. Um bando de publicitários manipulando nossos sentimentos. Quem são?

Triste fim de uma civilização. Caminhando a passos largos para a realidade prevista por Aldus Huxley em O Admirável Mundo Novo. Nunca uma previsão poderia ser tão precisa. Não vejo como escapar dessa realidade. Por mais que busquemos regular esse ou aquele segmento, nossa natureza humana no final sempre nos trai e aqueles que um dia defenderam bandeiras éticas e moralmente caras, hoje se vendem pelo cheiro e a cor do capital de de alguns minutos de fama nesse ou naquela rede social.

Um Congresso omisso, um governo que falou que iria regulamentar. Acontece que as mídias comuns, a imprensa tem algum controle. Mas essa mídias sociais é terra de ninguém e já mostraram o estrago que podem fazer ao idiotizar a milhões na política. Brixit, Trump, nosso Coiso. esse povo acreditam naquela bobajada eis que tem video, tá escrito, tá lá. pra mim esses BigTechs são tão culpadas quanto na sanha pelo dinheiro e poder. Está na pauta do STF, façam alguma coisa por favor.

Sou jornalista e não consigo compreender como, até o presente momento, as redes sociais e sites “informativos” não têm as mesmas obrigações dos veículos de comunicação tradicionais! Enquanto assim for, outras Jéssicas padecerão!

A responsabilização de qualquer meio de propagação de informações pelo que é escrito, dito ou mostrado é um pilar de um sociedade civilizada. A submissão destes meios às regras de checagem é vital. Porém, um jornalista do Intercept publicou uma reportagem que cumpriu as requerimentos necessários (julgamento da M. Ferrer) e foi condenada a pagar uma indenização. Motivo: os que foram criticados foram membros da casta judicial brasileira. Se o judiciário não estiver entre os criticados, tudo vale.

País que perdem filhos, irmãos e amigos que não entendem como a estupidez de poucos ( ou serão muitos) lhe colocaram ante uma dor irreparável e ninguém é responsável??? Hoje atitudes de homofobia, transfobia, gordofobia, etc são severamente punidas e um tele asse sinato não e punido, pior, tem retorno financeiro!!

Ao execrável que inventou a notícia, ao muito execrável que ampliou a publicação, a cadeia e a laje quente do inferno ainda serão de pouca monta. Aos milhares de tontos que curtiram as publicações, que parem por um minuto e percebam que foram co-participantes da perda de uma Vida suicídio motivado por massacre virtual. Convivam com isso o resto dos seus dias. E talvez, apenas talvez, criem alguma empatia e raciocinem antes da próxima curtida.

Teve o caso da Escola Base e depois da dona de Casa em Guarujá que foi linchada porque irresponsáveis colocaram a foto dela dizendo que havia matado uma criança num ritual. Também o do suicídio do reitor da Universidade em Santa Catarina em consequência de uma investigação sem motivos ou provas. E provavelmente outras não propagadas. Todos os culpados facilmente identificáveis. Nem indiciamento houve.

O caso da Escola Base deveria ser considerado um precedente para boas práticas do jornalismo responsável. Infelizmente essa tragédia não é um episódio de Black Mirror mas uma maldade líquida que demonstra o quão abjeto é o o Vale Tudo para conseguir um trend, cliques e a mais nova lacracao do momento. Que seja todos responsabilizados. A começar por quem enviou o primeiro post. Quem o fez, quem publicou, quem o manteve.

Tristeza!

Parabéns Djamila! Excelente artigo!

As redes sociais e a Internet como um todo são ferramentas poderosas, tudo depende da forma como são usadas e, lamentavelmente, são utilizadas por alguns muitos como máquinas de moer gente. Os resultados nocivos estão nas páginas de notícias todos os dias. Artigo irretocavel, que sejam responsabilizados, especialmente o proprietário do perfil "choquei" que ainda ironizou a jovem Jéssica. Solidariedade a família e muita força.

Os Bolsonaristas do Congresso não apoiaram criminalizar as Fake na Internet, vivem de mentiras e querem se perpetuar no poder a base de mentiras.

Rede social é o esgoto da humanidade, pessoas desqualificadas e desprovidas de inteligência, conhecimento e empatia. É o mesmo comportamento de manada que elegeu o Nine e faz compra em site pirata chinês. Todos se merecem

Falar besteira na Internet dá audiência, audiência dá dinheiro. O modelo tá errado, sem corrigir nada muda. Espalhar mentiras dá dinheiro, as vezes muito.

As redes sociais viraram armas, não por ser redes sociais, e sim por ser seres humanos que usam, humanos usam qualquer coisa como armas, porém, as redes sociais são armas de covardes que usam e se escondem, enquanto não aparecerem leis que realmente façam cumprir, e pessoas sejam punidas pelos seus atos, o melhor é ficar longe dessas plataformas que só fazem mal.

Pois eh, jornalistas de formação não garantem a qualidade da notícia. Aí está a folha para comprovar. Ela usa jornalistas para servir em a elite financeira liberal, sem sequer corar o rosto.

Por que o bonitão não veio à público e disse q era mentira. Agora são todos bonzinhos. Inclusive a colonista. Uma vida se perdeu. Por que não falar do menino q tb tirou a própria vida por ser acusado de pedofila ? Por que era homem ?

mas que belo festival de asneiras jurídicas.

Que sejam, rigorosamente, responsabilizados.

É absolutamente nociva e patética a inércia e, quando não, a inépcia do poder público em combater com rigor, eficiência e efetividade a criação e veiculação de conteúdo falso e desinformação online. É necessária uma profunda reforma não só legislativa, mas também técnico- científica dos órgãos para responder em tempo hábil. E o mais importante: que as "big techs" sejam integralmente responsáveis por qualquer conteúdo falso criado e compartilhado em suas redes, seja ele de qual natureza for.