Lygia Maria > Redes insalubres Voltar
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Perfeito, Lygia. Só discordo da admissibilidade de que a cultura do cancelamento deu errado. Pelo menos no Brasil, ela tem sido efetiva para afastar o debate livre do pensamento e lançar o paÃs cada vez mais nas trevas. Antônio Riseério que o diga.
Texto lúcido e pertinente.
Esse espaço de comentários é a única rede social que eu uso. Não é perfeita mas é bem razoável.
Parabéns! Não só por ter estudado na mesma Universidade que a Lyginha, como a chamamos aqui em casa, mas ela tem ideias ótimas!
Quando nossa visão é curta, não enxergamos o as cores entre o branco e o preto, não vemos os números entre o zero e o um. Se não é a minha cor ou meu número é o oposto e é meu inimigo: cancele-se. A limitação cognitiva leva ao cancelamento e não ao debate que sempre será construtivo.
Cancelamento é o que temos nesse espaço. Palavras proibidas, comentários são filtrados, não tem direito à réplica, etc.... a mÃdia impressa não percebeu as mudanças. Não é o autor que constrói a narrativa, são os leitores com a livre discussão,no caso os assinantes.
Caro Antonio, pode os até ser mais simples. Meus dois argumentos são (a)a phôia bota fé na democracia, né? Fica nesse blá há anos. Então que o implemente em seu próprio fiofó. (B) escuta a freguesia. Somos todos pagantes de um serviço, e vocês entregam esta Herda de sisteminha sençurofrênico vvvaagabundo? Pelo menos ouvam e modifiquem em acordo com as reflexões aqui realizadas (em tempo, *de graça*). Questão de "excelência", palavra tão querida e tão desrespeitada.
Prefiro o Uol, lá todo comentário vai para a moderação. O problema na Folha não é o desejo de moderar, é usar a moderação para enviesar o debate. Eles buscam calar quem diverge da orientação do jornal, não tem nada a ver com palavras ou injúrias. Depois publicam o que pode ser feito várias horas depois no mesmo espaço em que estaria se tivesse sido publicada quando enviada. Trata-se de um jornalismo que não pretende informar, mas manipular o leitor.
Manda para moderação e depois publica. O meu comentário abaixo foi para a moderação. No uol não: lá é um desrespeito para quem escreve.
Óia que esse é um chamamento de respeito, hein, Lygia? É muito chato observar como se trata a parte pelo todo, aqui mesmo nesta Ãgora, ou se lê apressadamente e desce-se a lenha em algo. Eu mesmo tornei-me mais cuidadoso na convivência. É um treco à s vezes trabalhoso, mas perfeitamente possÃvel: há muita gente de quem discordo, mas que dá debates excelentes. Vamo que vamo, rumo a menas atrito.
Estabelecer um limite é sempre complicado, mas não me parece tão difÃcil. E isso varia de pessoa para pessoa também, eu sou bastante cascudo e não me importo de ser bloqueado no X, mas não posso querer que todos pensem igual. Mas creio que coletivamente estamos traçando esse limite muito favoravelmente à s pessoas mais suscetÃveis. Todo diálogo exige a explicitação da discordância e se a discordância é muito grande, melhor que seja dita em tom condizente.
Alberto, ocorre que esse distanciamento, que poderia trazer uma "saudável franqueza", desde muito antes da internet trouxe o surgimento do fenômeno da agressividade verbal desmedida, o "flaming". Cara, como isso era notável, em particular quando se pod conhecer as pessoas pessoalmente: na época dos bbs (bulletin board systems, os fóruns prévios à existência da internet), havia encontros de usuários; à s vezes era uma surpresa ver a discrepância entre a fúria online e a figura concreta e pacÃfica.
Se me permite discordar... acho que uma das vantagens das redes é o isolamento das partes, ela impede que se parta para as vias de fato. Ela permitiria que se relaxassem as regras de polidez que uma interação presencial exige. Mas, então, as pessoas se mostram mais suscetÃveis... Achar que tem muito mimimi nas redes pode parecer um traço bolsonarista de minha parte, mas também não gosto de quem parte para o choro na primeira invertida. E não menosprezo a polidez, que deve considerar a situação.
A direita adora falar dos horrores do cancelamento, mas adora uma "guerra cultural" conspiratória, com seu "marxismo cultural", "ideologia de gênero" etc. Enquanto se joga o foco no twitteiro idiota que acha que dizer "criado-mudo" é racismo e outras etimologias apócrifas, as redes da direita propagam loucura e crime em púlpitos, tribunas parlamentares e redes enormes de fake news. Realmente, o problema é o twitteiro.
Há também desses movimentos perversos que você descreve, Rodrigo - discriminar quando isso acontece e meter o dedo na ferida (ou no'zóio, quando necessário) é parte da funça. Grato pela observação!
A colunista melhorou muito. Tem escrito boas colunas. No inÃcio, critiquei-a muito por achá-la parecida com um ex-colunista da Folha metido a polêmico. Mas, por falar em cancelamento, não entendi por que ela me bloqueou no Twitter (me recuso a falar X), já que não a ofendi, fiz apenas crÃticas. Apesar disso, continuarei lendo-a e aproveito para desejar feliz ano-novo.
Cassio, por não perceber esta "melhora" que você indica, creio perfeitamente compatÃvel o blá blá blá com o bloqueio no twitter: é o paradoxo direitofrênico.
Endosso. Mas, o cancelamento não iniciou agora. Aqui no Brasil, o grande Wilson Simonal foi cancelado. Não se ouvia ou lia absolutamente nada sobre ele. O cancelamento acabou com a sua carreira.Ele era um Ãcone. E vá lá saber quantos quase anônimos não foram cancelados na era pré-internet. Ótimo ano para você e todos os seus leitores.
E a Folha, atenta, censura meu comentário aqui.
Quem me cancelou no X foi você, não o inverso! KKKKKKK
Tenho que confessar que adoro um barraco, contanto que verbal. Costuma deixar as coisas mais claras.
É, meu caro, eu abomino deixar que meus queridos comentários sejam torturados nas galés da phôia, então sempre, 98%das vezes, faço o esforço de distorcer palavras e ajeitar contornos. Sem prejuÃzo de esculhambar o script sençurofrênico.
Caro Benassi, já tentei entender o critério usado pela Folha, mas aposto que ele varia bastante. O uso de aspas já foi censurado, o que me pagava porque eu costumo citar partes da matéria que comento, comentários longos parecem estar mais sujeitos serem censurados também. Mas não vou ficar perdendo tempo modificando um comentário para ver se passa. Se não passa, esculacho a censura em comentário rápido que o moderador rapidamente mexe a b. na cadeira. Tem funcionado sempre!
É muito K, Alberto, e em maiúsculas! Se a phôia num güenta nem Bndes escrito devidamente, vai dar conta de uma gargalhada em Kás? Orra, é absolutamente incompreensÃvel como uma providência simples, básica, reconhecida histórica e internacionalmente, barata, não seja aplicada aos *acrônimos*, que são sempre escritos em maiúsculas: a *lista de aceitação*, comumente chamada de "whitelist". Faz uma listinha aÃ, dona Rebeca, pelo menos com os acrônimos mais comuns, pô.
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