Painel SA. > Passagens aéreas seguem em alta para IBGE e, em baixa, para a Anac Voltar
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Parte da alta será por conta do aumento dos juros aqui e lá fora? O grande custo fixo das companhias aéreas é o financeiro, do leasing dos aviões. Um Boeing 737 novo está por volta de 500 milhões. Ao contrário dos bancos, os lucros do setor não são essa Brastemp.
Adalberto, o custo de combustÃvel por passageiro num voo lotado da ponte aérea é semelhante ao de um ônibus Rio-SP também lotado. Só há uma explicação para um preço de passagem cerca de dez vezes maior: o custo de capital da aeronave, cerca de cem vezes maior que um ônibus.
Boeing 737 a R$500 milhões? Oi?! Mas você acerta ao dizer que é um grande custo. Dos custos totais das empresas, 35% a 40% é combustÃvel, e 15% são arrendamentos, os dois em dólar. O site da ANAC tem anuários estatÃsticos com todas as informações.
A ANAC deve divulgar plenamente essa sua tabela pela qual afirma queda de preços nas passagens aéreas, senão vai ficar um bate-boca inútil para o usuário. O importante é que toda pessoa que pesquisa passagem aérea reclama dos valores altos. Talvez a pesquisa da ANAC seja feita em outro mundo, que não o Brasil. Também fica difÃcil entender que passagem aérea tenha peso forte no cálculo da inflação, dado a proporcionalidade de usuários. Convém o IBGE virificar essa condição.
O IBGE usa uma metodologia errada para o setor. Se a pesquisa for feita num dia de Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, ou de Rock in Rio, ou de The Town, ou de Lolapalooza, as passagens estarão mais caras, e teremos inflação. Isso não faz sentido nenhum, e o IBGE deveria mudar sua metodologia.
Qual o critério de censura da Folha?
"A Anac diz que esse resultado reflete o preço das passagens aéreas no momento da pesquisa do IBGE, quando os voos estão praticamente lotados e os assentos disponÃveis custam mais caro do que se fossem adquiridos com antecedência —valor mais próximo da tarifa" Que antecedência é essa? Só se for com mais de 30 dias e olhe lá. Pesquisa pode mostrar o que você quiser. Queria ver essa pesquisa da ANAC da seguinte forma: Preço médio X Dias de antecedência. O resto é manipulação.
O sÃtio da ANAC - www.anac.gov.br - tem estatÃsticas sobre o percentual de passagens vendidas em cada classe de preço, para os últimos 5 anos. Vá em Assuntos-Dados e EstatÃsticas-Mercado do Transporte Aéreo-Panorama do Mercado-Anuário do Transporte Aéreo. Os dados preço médio x dias de antecedência não estão publicados porque não fazem sentido; embora as empresas usem a antecedência como parâmetro de preço, não é o mais importante.
Passagens de avião não eram para participar de cálculo de inflação, menos de meio porcento da população usa transporte aéreo, e a variação de preços é enorme.
O Ipca mede a inflação de quem ganha até 20 mÃnimos. Não poderia ser usado como Ãndice para mais de 95 % da população
As agências reguiladoras - como a Anac - foram criadas para regular e fiscalizar os respectivos setores. No entanto, estão atualmente dominadas pelas grandes empresas que estão, ou deveriam estar, sujeitas a essas regulações/fiscalizações. É a raposa tomando conta do galinheiro. Perde o consumidor.
Ela fiscaliza as empresas, e com boa eficiência. No Brasil, contudo, felizmente vigora a liberdade tarifária, e a ANAC pode monitorar e informar sobre os preços, mas não pode determinar-los à s empresas aéreas. A entrada de novas empresas, por outro lado, é livre, e se não há novos entrantes há 15 anos é porque o setor, por aqui, não é lucrativo. Nesse perÃodo vimos novas empresas no Chile, na Colômbia, no Perú, no México, na República Dominicana - mas nenhuma no Brasil.
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