André Roncaglia > A irresponsabilidade fiscal é filha da injustiça tributária Voltar
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Economia do desenvolvimento eh um eufemismo para neomarxismo. Pais igualitário com 1% de concentração de riqueza? O colunista conhece algum? Coluna equivocada, esquece de vários fatores, tributação IRPJ, impostos sobre consumo. Brasil eh um dos paÃses que mais cobra imposto no mundo, fato. E a conclusão sem pé nem cabeça e que nada tem a ver com o texto.
A história da humanidade em grande parte do mundo se mantém como nos primórdios e idade média e não muda porque os que detém o poder podem controlar mesmo os sistemas tidos como mais democráticos no mundo. É sempre a mesma coisa: "nós oferecemos milhares de empregos", "milhares de famÃlias dependem da minha empresa". MAS, sequer pensam que se acumularam riquezas foi porque os "coladoradores" (que cinismo) estavam ali trabalhando.
Segundo o Piketty, o grosso do patrimônio dos muito ricos são as ações de suas empresas. Sua renda é o lucro delas. Quando se fala que eles pagam muito pouco IR, esquece-se do IRPJ dessas empresas. A pessoa jurÃdica paga, mas toda PJ é controlada por PFÂ’s.
Imposto regressivo, no qual pobres pagam mais que ricos, eh heranca colonial que persiste ate hoje no Brasil. Direita esbraveja que pagamos muitos impostos, mas na hora de diminuir, querem cortes para para ricos e mais arroxo no consumo dos pobres. Brasil, fabrica de desigualdade, nao saira do 3o mundo enquanto nao taxar renda de ricos em pelo menos cinquenta%, ao mesmo tempo em que reduza a dos pobres.
Excelente texto, análise fundamentada em dados irrespondÃveis, a demonstrar de maneira segura onde está o maior obstáculo à democratização da economia e, ao mesmo tempo, o maior escolho ao efetivo desenvolvimento econômico e social.
Um texto excelente com uma conclusão péssima. Nada tem a ver o déficit fiscal com a regressividade tributária. O autor arruma uma desculpa para a má gestão que é inaceitável. Se não há equilÃbrio fiscal, não teremos tranquilidade para reduzir privilégios. É muito mais fácil conceder auxÃlios e fortalecer polÃticas sociais do que reduzir privilégios, onde é urgente que se avance. O lado bom do texto é tratar diretamente a desigualdade de renda, deixando de lado a luta de classes.
A quais privilégios vc se refere exatamente?
O privilegio que precisa ser reduzido urgentemente eh o numero incontavel de formas de nao pagar impostos que ricos tem acesso, e pobres nao. Impossivel equilbrio fiscal onde quem ganha mais, paga menos. Politicas de fomento de desenvolvimento nao saem do papel, pq quem deveria bancar mais oportunidades para o andar de baixo, esta sonegando, ou encontrando meios de nao pagar impostos.
O tal imposto sobre lucros e dividendos foi zerado no Brasil, quando se aumentou o imposto sobre as empresas (que pagam os tais lucros e dividendos). Vão diminuir o segundo agora que falam em aumentar o primeiro? Acreditem, quem investe (do zé da padaria, ate o tal capital internacional) faz a conta de quanto vai sobrar no bolso após os investimentos quando os impostos são pagos (seja ele sobre a receita, seja sobre os lucros)... esse investimentos tendem a cair, se os impostos aumentam.
Alberto, a questão de mudar a tributação, cobrando menos na empresa e mais na fÃsica é que essa fiscalização do "lucro disfarçado" passará a ter um custo pro estado, que hoje não existe. E na prática, a arrecadação deveria ser a mesma. Obs: economistas ingênuos dizem que o consumidor vai pagar menos e o acionista mais... eu desconfio que a quantidade de $ que vai acabar no bolso do acionista será a mesma.
Sim, é preciso evitar a bitributação, mas lucros e dividendos devem entrar na tabela progressiva do IRPF. Então isenta-se na pessoa jurÃdica a distribuição de dividendos. E é preciso inibir (ou tributar) o pagamento de lucros disfarçado de serviços como casa, carro, plano de saude...
Urrúúú, carÃssimo, o dedo no'zóio foi tão fundo que roçou no cerebelo: nego tá até com pobrema de equilÃbrio, depois dessa. É bom mêmo, porque experimenta um pouco da corda-bamba em que vive a escumalha. Fina flor da patada econômica, André, muito grato dos esclarecimentos!
Já falei aqui também, mas o colunista não lembra desses empregadores, ou seja, aqueles que empregam domésticas e não podem deduzir nada no IRPF. Pelo menos o valor de despesas limitado até um salário mÃnimo (12 vezes), pois são, na maioria,aposentados que ganham menos de 10 mÃnimos por ano e precisam desses trabalhadores, mas ninguém enxerga isso.
Retifico: 10 mÃnimos por mês.
Valeu, André! Muito bom! Vou mandar essa matéria para todo(a)s o(a)s camisas amarelas do ´´Não vou bancar o pato(a)`` e ´´Somos todos Cunha``.
A coluna deve ser chamada de "Cabra na cabeça". O decano Fernando Rezende, nos anos 90, nesta Folha, criticava alÃquota única a 10% sob tÃtulo: "Coelho na cabeça". No jogo do bicho cabra é 6, coelho é 10. André cala o artigo 153, VII, CF/88: imposto sobre grandes fortunas que escoou dois trilhões pelo ralo desde 89 e hoje somaria 70 bilhões/ano. Despesa médica dedutÃvel é garantia da vida laboral e velhice. O que falta no Brasil é cobrar IGF; e não sangrar ainda mais a classe mediana.
Caramba! Belo trabalho, Roncaglia!
É muito mais relevante do que isto o fato do governo gastar seus recursos com os mais ricos. Perdemos R$1 trilhão de poupança fiscal por ano devido ao juro desonesto. O que aconteceria se estes recursos fossem aplicados em infra-estrutura social para os 40% mais pobres? China. Mas temos que sair da plutocracia ocidental (Fukuyama) e migrar para a democracia asiática, que ineptos chamam de autocracia.
Assita ao ted talk do Eric Li para entender como esta "autocracia" funciona para aprender que ela é muito mais democrática (do povo, pelo povo e para o povo) do que a nossa "democracia" liberal.
A China é uma autocracia sim.
Parece que agora dá para entendermos porque a reforma tributária passou e o porquê do ministro da Fazenda gozar de tanto prestÃgio da mÃdia tradicional, ainda não entendi porque a elite brasileira não gosta do Presidente Lula, só pode ser por puro preconceito de classe.
Minha decepção com a proclamada Reforma Tributária já começou: a tributação continua valendo só para o andar de baixo. Não é à toa que o Haddad virou o queridinho da nossa mÃdia comprada. O PT, se quiser manter sua coerência como partido de Esquerda, tem mesmo é que criticá-lo.
A reforma tributária visou a taxação indireta, cujo impacto sobre o público está em preços mais altos do que poderiam ser de outra forma. Sim, beneficia diretamente as empresas que recolhem os impostos. Mas se formos ficar brigando para sermos os primeiros a ser beneficiados, vamos acabar não saindo do lugar.
Exatamente. Cadê o reajuste da tabela do IRPF?
Texto esclarecedor, com dados e valores, para entendermos como melhorar a justiça social em nosso paÃs.
Sim, contudo não adianta só debater sobre a necessidade de taxação mais justa socialmente se a endêmica cultura de corrupção continuar eternamente. Espero que todos se preocupem com isso, algumas coisas já aconteceram no sentido de combate lá, apesar das trapalhadas e desmandos!
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