Luiz Felipe Pondé > A ciência evoluiu a humanidade, mas você se reconhece nessa crença? Voltar
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De fato, cientistas e engenheiros nunca puderam nos ensinar como melhorar a vida e o mundo. Mas teológos e filósofos tampouco.
Toda a escala de valores morais inscrita no ordenamento jurÃdico dos Estados Democráticos de Direito do mundo moderno são calcadas na moral cristã. As práticas pagãs dos bárbaros, dentre elas o sacrifÃcio humano, inclusive de crianças, bem como o canibalismo, as quais eram generalizadas ao redor do planeta, não prevaleceram. Taà o resultado no patamar civilizatório que atingimos com o modelo cristão. Contra fatos não há argumentos.
E a psicologia da moda agora é a "baseada em evidências". Aà sempre me pergunto, quais? As antigas, as atuais ou as que ainda surgirão?
Se se pode chamar a experiência socialista no mundo de Estados ateÃstas de fato, é uma demonstração de que não funcionou A Teoria do Materialismo Histórico-Dialético, sobre o qual repousa toda a doutrina marxiana não se concretizou, ao predizer que o futuro da humanidade seria a extinção do Estado e do capitalismo e instauração da sociedade sem classes com o comunismo: "faiô". Agora, como já dizia Gilberto Gil, "a fé não costuma 'faiá'".
Errado, Dilmar. A sua suposta equação, na verdade, é um sofisma. E ainda peca pelo simplismo. Definitivamente, não foi isso que eu quis dizer. Sei que nem todos ateus são socialistas. Tampouco todos os teÃstas são fundamentalistas. Exceções não invalidam a regra geral. Pelo contrário, confirmam-na.
Essa simplificação de que ateÃsmo = socialismo = comunismo seria o mesmo que fé = fundamentalismo = ISIS...
O comunismo não funciona. Não defendo o capitalismo selvagem: todo excesso deve ser coibido. Não é um sistema econômico perfeito, mas não inventaram nada melhor. Durante a hegemonia do bloco soviético toda a fronteira da União Soviética, do Mar Báltico ao Mediterrâneo, era todo cercado, com um alambrado com 3 metros de altura, com guaritas com sentinelas a cada 2 km para ninguém fugir. A famigerada Cortina de Ferro. Incorre no mesmo caso, o Muro de Berlim.
As praias de Cuba também eram totalmente cercadas e vigiadas a fim de que ninguém fugisse. Todos os cidadãos de paÃses socialistas eram prisioneiros em seu próprio território. Por que será que ninguém queria ficar lá? Já os paÃses capitalistas (só os Estados Unidos: não concordo) cercam para ninguém entrar... interessante. Muito interessante...
Um regime de governo em que a maioria do povo não gosta e quer sair de lá não é democracia. A oportunidade na história que o comunismo teve de mostrar que funcionava não provou nada. Era a União Soviética (composta de quinze republiquetas), China Continental, Coreia do Norte, Vietnã do Norte, Cuba, Nicarágua, paÃses do Leste Europeu (Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia, Hungria, Bulgária, Albânia, Romênia... Era a oportunidade única na história de provar que o comunismo podia dar certo.
Com a Queda do Muro de Berlim, em 1989, ruiu todo o Império Soviético: os paÃses socialistas caÃram um a um, num efeito dominó. A oportunidade foi perdida. Perderam o trem da história. Nunca mais se repetirá. Ist kaputt. C'est fini. Esqueça o comunismo! Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Interessante também é que nenhum, absolutamente nenhum, dos cidadãos de paÃses capitalistas querem ou queriam desertar em massa de seus paÃses de origem. O contrário não é verdadeiro.
Diz o ditado popular: "quem tem competência se estabelece". A história da humanidade é o juiz mais justo: ela sempre demonstra quais as escolhas certas por eliminação. As escolhas erradas caem, como as Muralhas de Jericó e o Muro de Berlim.
A humanidade não evoluiu e continua egoista, predadora, degradadora por onde passa gananciosa , escravagista e tirana, não aprenderam nada com os erros passados, basta ver o que acontece na atualidade
A depressão está comendo solta porque, numa análise mais profunda, a humanidade não engoliu essa história de que as respostas à s perguntas metafÃsicas não têm importância
A depressão está comendo solta porque, numa verdade mais profunda, a humanidade não engoliu essa história de que as respostas à s perguntas metafÃsicas não têm importância
Pondé poderia contextualizar um pouco mais suas afirmações e estudar tantas outras no que se refere às questões religiosas... Profundidade é parte da ciência e por que não do positivismo... Hehehe
Só máquinas se contentam com os como. O ser humano é humano porque busca os quê e por que. Resposta: não, não me identifico com a religião positivista. Pode ser boa para vender celulares mais modernos, mas é um retrocesso para a alma.
Nas guerras evoluÃmos bastante. À distância, elas ficaram mais limpinhas.
"positivista, inaugurada com a ciência, que abandonaria "os quês", "os porquês" e no lugar dessas perguntas absolutas poria os "comos"." Pondé deve ter fugido das aulas de Filosofia da Ciência. Ciência tem tudo a ver com "os quês" também.
Os ateus acham que podem traçar algum caminho ou destino próspero para a humanidade. (continua)
(continuação) Se nunca houve civilização ateÃsta na Terra, qual é o lugar de fala deles? Nem mesmo representatividade em termos proporcionais à população do planeta têm, dado que mal comportam 8% de sua população. Os existencialistas como Sartre, Camus, Cioran, Flusser, todos tinham ideação suicida. Mesmo Nietzsche já atentara contra a própria vida. Nem mesmo seus ideais de vida poderiam apontar para alvo no futuro, desde que a esperança inexiste em seus léxicos. (continua)
(continuação) Pensar em futuro é sinônimo de angústia. Schoppenhauer, o pai do pessimismo ateÃsta. Augustin Barruel continua assim: "Nós colocamos sob os olhos do leitor as próprias expressões deles. E o que o leitor viu? Homens que dizem dominar o universo se fazem entre eles a confissão explÃcita e repetida de que eles não souberam formar uma única opinião firme sobre nenhuma dessas questões. (continua)
(continuação) Voltaire, ele que era consultado por prÃncipes e burgueses, consulta ele mesmo D'Alembert para saber se ele deve acreditar na sua alma e em Deus. Todos acabam por confessar que eles são reduzidos a colocar em cada caso o "non liquet" [não está claro, no Direito Romano]; eles não sabem. Mas o que sabem, então, esses filósofos, esses mestres tão estranhos que não podem sequer resolver entre eles essas questões elementares da filosofia?".
Acho incorreto se respaldar nas teorias de um doidivanas como o Comte. Quem se der o trabalho de ler o que ele escreveu, tem vontade de chorar.
Marcuse, em seu livro Razão e Revolução, faz uma contraposição entre o marxismo (e sua fonte hegeliana) e o positivismo. O que o Pondé lembra sobre a crença cristã no fim do mundo e a segunda vinda de Cristo inspira na minha opinião o pensamento revolucionário. Já o positivismo é o pensamento evolucionário.
Vejo Comte com seu positivismo uma corrente de pensamento necessário para a época a fim de que houvesse uma ruptura com o arcaico pensamento de ver o espiritualismo através de ideias religiosas que não mais correspendiam aos fatos mormente após vermos as igreja sendo utilizadas por séculos na busca de poder, até hoje ainda vemos resquÃcios disso (veja o Coisismo). mas séc.19né. Hoje penso que Deus está por trás da evolução, que ele trabalha de muitas formas nesse Universo.
Antes da questão metodológica que nos permite, hoje, comentar,remotamente, um escrito sem que seja essencial sua existência em papel, ainda no século XVIII, a Academia de Dijon propôs a seguinte questão: “se o restabelecimento das ciências e das artes contribuiria para aperfeiçoar os costumes”. Há questões éticas que seguem pois a barbárie é uma sombra civilizacional que nos acompanha, apesar da ciência que se sustenta sobre dados e evidências.
É muito diferente ler o livro do Alfredo Bosi - Dialética da Colonização e ler esse artigo do Pondé. Enquanto o primeiro destrincha todo seu contexto, e até mesmo sua influência no Estado brasileiro, o segundo até tenta, mas faz uso apenas para endossar sua filosofia na destopia.
Creio Pondé, que com o advento do Iluminismo liberal veio o questionamento acerca das religiões e da própria fé, coisa que antes seria inconcebÃvel. A contrário senso do que significaria "a liberdade de expressão" defendida vimos nos 1ºsmovimentos muitos liberais "radicais" queimando igrejas de várias matizes e com essa liberdade de expressão vieram posteriormente anarquistas, socialistas ou "apolÃticos" contestando arcaica forma de ver da religiosidade e até mesmo pregando ateÃsmo, nova crença
bom dia pondé, moro em porto alegre, pertinho do templo positivista-av. joão pessoa. eu tb já imaginava que o positivismo está na cultura. lê esse seu artigo foi ótimo, pq essa filosofia do comte, cantada por noel rosa, era meio difÃcil de se entender. grande abraço!
Saber para prever, a fim de poder (Comte). Prevemos hoje com modelos, mesmo imperfeitos, mas melhores que superstições. A modelagem, por sua vez, é a arte de fazer boas suposições. Rimou.
Pondé, em pleno século XXI tem gente que se acha povo escolhido por Deus com direitos bÃblicos sobre terras alheias que lhes dão razão em colonizar outro povo e praticar ge no cà dio impunemente
Jovem, quem deu direito a Is r a e l sobre uma terra e a um Estado não foi Deus: foi a ONU.
Se transportar isto para o Brasil, verá que é a mesma coisa que o agro está tentando fazer com os povos indÃgenas via o Marco Temporal.
E não precisa ir muito longe. Cá temos os pente-lhos tais que se acham os novos escolhidos, que o resto vai pro fogo eterno. São os idólatras Adoradores de Mito que oram pelo Coiso na terra
Sabe aquele jovem q acabou de ler Nietzsche aos 18 anos e olha com desprezo pra sua empregada doméstica uniformizada? Então, não é ele. É o outro caboclo ali, q leu Nietzsche aos 30 e ainda agora não acordou da historinha dos nobres q não eram atormentados pelo futuro, da plebe q estourou a comporta das aspirações demandantes, da linguagem q nada pode contra a biologia (rebeldia inútil do artifÃcio frente à natureza), da pré história como verdade da humanidade.
Li Nietzsche com menos de 18 e isto não me fez ver a empregada como sub-raça. Pelo contrário, passei a vê-la como um potencial a se aproveitar. São maneiras de interpretá-lo.
Sou um positivista, daqueles que não enxerga o momento atual como terrÃvel, mas aquele que comparando o presente com os passados históricos percebe o quanto estamos evoluindo. Só um fas cista não percebe o quanto a humanidade avançou nos últimos 100 anos, desde quando, por exemplo, negr os ainda eram tratados como subumanos. Apesar de todo negativismo de alguns, tenho certeza que em 500 anos esse mundo será melhor que hoje pra se viver, como hoje se vive melhor que há 500 anos.
Só confiar como real o que lhe chega aos sentidos fÃsicos não é nenhuma demonstração de sabedoria. As bactérias e as baratas (inseto) também só reconhecem como verdadeiro o que tocam e sentem.
Deus nos deu um aparato encefálico tão maravilhoso para perceber e reconhecer realidades abstratas mais profundas, e desprezar tudo isso... Não vejo sabedoria nenhuma. Resignar-se a viver unicamente a partir da realidade sensorial ordinária... Sei não, viu? Raul Seixas falava daqueles que só usam 10% da sua cabeça animal. Mesmo que ele não tivesse essa interpretação dessa frase, os 100% do uso do cérebro compreendem a fé.
O tempo linear é um perpétuo até mais nunca. Jucundos dinossauros.
Sou ateu e a única coisa que entendo de filosofia é sua graça em tentar dar algum sentido em nossas vidas. Como ateu é claro que eu não acredito na BÃblia, no Alcorão ou no Torá. Eu só acredito na ciência, naquilo que pode ser comprovado empiricamente, de que somos descendentes dos mac acos e não de Adão e Eva. Mas não posso deixar de me admirar pelo fato de toda civilização ocidental ter evoluÃdo baseado na crença em um cara morto numa suposta cruz há dois mil anos.
Élcio, a cultura oriental tinha noções de civilidade séculos anteriormente aos ocidentais. E seu progresso na ciência também é mais antigo.
Caro, Misael, não sei se a civilização ocidental é a verdadeira representante da ra ça humana, afinal, tudo o que de pior existiu em nossa civilização foi gerado pelos ocidentais, desde o império romano à s colônias na Ãfrica e na América latina; mas não podemos esquecer que os progressos da ciência e as noções básicas de civilidade nasceram no ocidente. Sei lá, é uma questão relativa como aquela tese do copo meio cheio ou meio vazio.
Penso que a civilização ocidental não representa inteiramente o gênero daquilo que entendemos como humano; no entanto, entendo que a ciência se aplica eficazmente a toda nossa existência, ainda que alguns defendam-na como uma criação dessa mesma civilização.
Larry Laudan em Beyond Positivism and Relativism defende uma visão pragmática da ciência que está além do positivismo de Comte e Popper e longe de posições relativistas da metafÃsica. Uma análise sobre teoria cientÃfica, método e evidência. Refuta as principais ideias de Kuhn e Feyerabend. Discute os equÃvocos de Comte e refuta o relativismo dos pós-positivistas. É preciso considerar Comte com muitas qualificações para não incorrer em erros grosseiros.
Para Comte a ciência era preditiva e de certa forma verificável, enquanto a metafÃsica era não-verificável e não-preditiva. Comte influenciou o System of Logic de Mill. Laudan diz que devemos separar crenças de crentes, separar ad hominem de ad argumentum. Os criacionistas fazem asserções sobre o mundo; uma vez feitas podemos avaliar se elas são confirmadas pelas evidências disponÃveis e estimar o dogmatismo de suas posições. Elas podem ser testadas e refutadas se não satisfazem as evidências.
Uma análise profunda de Comte mostra sua crença que a mudança de teorias era cumulativa, a teoria positivista de progresso cognitivo. No século passado o CÃrculo de Viena usava a expressão "positivismo lógico", sendo Comte considerado por alguns como precursor do CÃrculo; porém pouco se estuda as ideias de Comte sobre indução, predição, hipóteses e explicação, vide Science and Hypothesis, Larry Laudan. Comte como os positivistas lógicos queriam derrotar os metafÃsicos.
Mas, por outro lado, não fosse o positivismo, assumido ou enrustido, não estarÃamos lendo os colunistas da Folha, que desejam nos aperfeiçoar e melhorar nossas vidas. Não é outro o motivo para assinar um Jornal composto de noventa por cento de opiniões, induções pessoais e coaching, e com otimismo, dez por cento de informações isentas.
Bingo!
Isso se alinha ao evolucionismo cultural durante o Império Britânico, teoria já rechaçada na Antropologia, mas internalizada pela sociedade, de que as sociedades ocidentais são o ápice da evolução humana, em termos culturais, morais e espirituais.
Credo em cruz!
Somos a crença: Coaching CientÃfico Positivista Capitalista da Evolução da Humanidade. Dá uma pesquisa. Rsrsrsrs
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