"Por trás dessas instituições estão valores e normas de comportamento —um senso de cidadania; crença na necessidade de tolerar aqueles que diferem de si mesmo; e a distinção entre ganho privado e propósito público, necessária para conter a corrupção." Isto é o que a doutora Deirdre McCloskey parece que não entende, veja a sua coluna de hoje achando que somente o liberalismo trata o ser humano como adulta. O problema é que a maioria não é adulta para assumir suas responsabilidades.

O liberalismo precisa de um estado forte. Pode ser contraditório, mas as liberdades também devem ter seu lado estatal, é que, economicamente, quanto maior a liberdade mas se aproximam as crises cíclicas, aí é preciso o estado para salvar as empresas, ou seja o sistema liberal. Que seria do mundo liberal capitalista sem o intervencionismo de 1929 e de 2009 em diante. Em 1929 houve uma intervenção da economia como um todo, em 2009 foram os Bancos Centrais com a política do juro negativo.

Da mesma forma que o comunismo o liberalismo é uma utopia. São lindos e perfeitos nas pág de um livro ou nas palavras de um retórico. Na prática, um utopia. Essa tensão entre ambos pode trazer boas práticas. Liberdade econômica mediante regulamentação estatal (em defesa dos indivíduos e da perenidade do sistema). Educação, educação e educação. Essa me parece a base de tudo. Do contrário um e outro só produzem tragédia humana e econômica. No Brasil os liberais são Valdemar, Guedes, Malafaia,

Segundo o behaviorismo, nosso comportamento é resultante das contingências de reforço. Sobre o assunto o Skinner escreveu o livro traduzido como O Mito da Liberdade. Mas ainda assim há diferenças entre viver numa distopia tipo Orwell ou tipo Huxley. Prefiro a segunda, que se aproxima do modelo liberal.

O problema é o enfoque do liberalismo vindo de alguém que vive numa potência econômica e de alguém de um subdesenvolvido ou em desenvolvimento. Aqui a pregação liberal gerou miséria, violência e pouca liberdade. As forças políticas aqui, que se dizem liberais foram sempre autoritárias e personificaram cruéis ditaduras.

E uma vez mais, estou perdendo as contas, um comentário totalmente brando, que não usa palavras ofensivas, foi para a moderação.

Tenho a tendência a ser mais liberal, mas honestamente, não acredito na tal mão invisível do mercado. Vejo sim a excessiva desregulação de economias acabarem em tragédias de caráter global, tal qual a crise dos subprimes em 2008. Os causadores da crise não sofreram punições, mas milhões de pessoas em todo o mundo - e principalmente no berço do liberalismo Norte-americano - perderam tudo o que tinham e estão vivendo hoje na pobreza. O que a tal mão invisível fez? Só cafuné.

Reconheço as vantagens das instituições liberais e me preocupo sim com o crescimento da popularidade de regimes iliberais (na verdade a China, com seu crescimento econômico surpreendente). Mas a questão vai muito além de uma comparação entre modelos teórico-ideológicos. Por aqui, tal postura deriva de um anti-amercanismo que tem base nas ações dessa potência. Como justificar o apoio dos EUA, sob governo democrático, apoie a política de Netanyahu? O liberalismo parece empenhado em sua condenação.

Liberalismo na economia é uma coisa, na política é outra. Tenho visto cada vez mais jovens curtindo o stalinismo e dizendo que China e Coréia do Norte são bacanas... Do outro lado, fascistas... ambos antidemocráticos.

Boa matéria. O liberalismo é inquebrável e a discussão sobre o tema se dará à sombra da economia de mercado em expansão.

Essa noção do seu Wolf me parece muito preciosa e distinta do vulgo (mesmo especializado): "liberalismo é um contexto de 'exercício de Agência' ". É distinto do que prega a Tia Auntie na medida em que o autor não dispensa a institucionalidade pública que zele por normas de comportamento, que regule agentes econômicos, que estabeleça mínimos civilizatórios pra política. Posso até estar enganado, mas isso me parece liberalismo esclarecido, não blá blá blá liberalóide cheio de vácuo.

Gosto dos textos dessa colunista. São respeitáveis, assim como devemos ser com ela. Me fazem pensar sobre os limites do que acredito. Qual o problema em discutirmos ideias?

Liberalismo e democracia? O gringo mandou essa hj? A crise do liberalismo nada mais é q a constatação da força monstruosa de suas vítimas preferenciais. Vamos ver se teremos livre mercado quando ex-colônias forem 8 dos 10 países mais ricos do mundo.

O liberalismo é uma politica de perdas e ganhos (Para investidores )Mais para ás sociedades é de ganho !

Liberais resistiram ao fim do trabalho infantil, criminalizaram a luta por direitos trabalhistas como a pauta 8/8/8 (trabalho, lazer e descanso), colonizaram África e Ásia, estimularam ditaduras, sustentaram leis raciais, estimularam desindustrialização de países em desenvolvimento, fizeram guerras em desrespeito à autodeterminação de coreanos e vietnamitas e hj trabalham pela privatização de serviços essenciais na África e na América Latina. Veja se hj tem liberais defendendo indígenas?

O liberalismo depende de tribunais - controlados pelos ricos, imprensa -controlada pelos ricos, burocracia -controlada pelos ricos. O que mudou no mundo é que finalmente a internet permitiu a revolução da informação e as pessoas de outros lugares do mundo, através da educação, deixaram de dizer amém para tudo o que vêm das instituições falsamente livres. As Marias Antonietas, em seus palácios, estão chocadas de como o povo pode estar descontente.

Sério, se é pra falar qualquer porcaria, será que não temos gente suficiente no Brasil? Precisa chamar este colunista e a outra senhora tresloucada da Chigado University, volta a coluna pro Kim do MBL, dá na mesma m, o mesmo embasamento furado, mofado e vendido.

Não há salvação fora do liberalismo. Coluna notável.

Associar liberdade, um termo muito caro, com mercados sem restrições, onde o mais forte, ambicioso, poderoso e rico, tem a liberdade para ganhar sobre a maioria, sem um estado regulador, é uma grade hipocrisia, uma tremenda enrolação. Poderiam trocar liberalismo por vantagismo ilimitado ou lei de Gerson.

É simples constatar. Os países que adotaram o liberalismo são os mais ricos e democráticos. Ponto.

O doutor Martin Wolf que me perdoe, mas a concepção dele de liberarismo torna-se muito particular dele, ele mesmo diz que não é o que os americanos pensam que é. Já no Brasil o liberalismo, nessa concepção de Wolf, já foi pro ralo, se liberalismo é o que defende o Partido Novo, este parido está mais abraçado com o neofas cismo, que o caracol com sua couraça.

Muito boa a análise.

Só esqueceu de explicar que quando o liberalismo quebra o país, aí eles querem a ajuda do Estado que deveria, para eles, serem mínimo, o liberalismo se alimenta da miséria, é só olhar para o mundo, cheio de miseráveis, óbvio que para eles não podem ser ajudado. Agora com o avanço da IA e da robótica, finalmente pode realizar o sonho de não precisar mais de pobre.