Ruy Castro > Dá para viver sem? Voltar
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Muitas dessas palavras ouvia muito lá na antiguidade de minha vida,.
Creio que serelepe é de origem tupi, não africana.
No intuito de colaborar e esclarecer sua dúvida, tenho a informar que, na entrada referente ao adjetivo e substantivo "serelepe" no dicionário Houaiss, assim ele descreve a etimologia da palavra: "orig.contrv.; para Nasc e AGC, prov. voc. de form. expressiva; Nei Lopes sugere o quicg. sele no sentido de 'uma espécie de rato'; f.hist. 1889 sêrêlêpe"
Muvuca não faz parte deste repertório?
Não, não dá para viver sem. São palavras deliciosas. Viva a macumba, a gandaia e a farofa!
SÃlvia e Bernardo, estudo idiomas por diletantismo. Parece que vocês não leram as citações que fiz dos lÃdimos "connaisseurs" do nosso idioma. Tampouco o cultor de linguÃstica seria avesso a anglicismos e/ou galicismos, como usei agora. Uso estrangeirismos em meus comentários. Tomo pra mim as palavras de Wittgenstein: "Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo." Qto à acusação de ser de extrema-direita, não nutro simpatia por nenhum polÃtico de carreira, em particular.
Minhas apostas e esperanças de vida não estão ancoradas nessa proposta de solução para os males do mundo. as forças espirituais do mal se chamam caminho da mão esquerda. As bandeiras dos movimentos polÃticos de esquerda são vermelhas, sÃmbolo do sangue e do ódio. O martelo remete ao deus Hefesto, coxo que era, associa ao caranguejo, que anda de bandinha, puxando de uma perna. Como ferreiro, sua forja tinha o vermelho do fogo e o negror da fuligem.
Quero ver agora alguém da esquerda radical tentar cancelar o velho Ruy.
No que se refere ao defeito do PC do Ruy, tratou-se unicamente do Efeito Pauli. O fÃsico austrÃaco Wolfgang Pauli, ele mesmo se gabava, comicamente, dessa reputação, de que aparelhos elétricos e eletrônicos não funcionavam quando ele se aproximava. Muita gente padece do Efeito Pauli. Sério.
Não, impossÃvel viver sem macumba, inda mais no que diz respeito aos computadores. Como um usuário que já foi vanguarda no metiê, venho ao púlpito RuyCastrista dar meu testemunho: a quantidade de vezes nas quais a minha Santa Presença expulsou imediatamente o diabrete aninhado no micrinho defronte, não tá no Gibi. Só pode ser por conta dos meus méritos espirituais, Ruy. Até mesmo a distância, por telefone, já operei milagres macumbistas que só vendo. Os micros são coisa do Demo, compadre.
Não poderia deixar de mencionar o novel feminismo linguÃstico e suas reivindicações esdrúxulas. Querem impingir o termo "ovulário" como substituto de seminário. Supõem que o radical "semen" é machista. De modo idêntico, querem empurrar goela abaixo "femenagem" (em vez de homenagem), porquanto "homenagem" também contém a ideia de masculinidade no seu radical. Ainda tem a questão do verbo esclarecer visto como racista. É muito mi-mi-mi. "That's all folks!"
Mais um adendo, Paulo: inveja mata.
Ao crÃtico abaixo (o que vem de baixo não me atinge), os velhos argumentos "ad hominem", né? Já os esperava. Faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho, colunista da FSP: "Escreve Taleb: 'Nunca se ganha uma discussão até começarem a atacar a nossa pessoa'. Comentário: Quando os meus crÃticos usam argumentos racionais, eu deprimo e medito onde falhei. Quando me insultam, sorrio com prazer e saboreio a vitória." Entendo pessoas como você. Tudo normal outra vez.
Já passado um tempinho, mas há os que não deixam de visitar as colunas do Ruy. Mesmo que não chegue aos olhos do comentador, aà vão algumas impressões. O Joel se apresenta alambicado em seus comentários, delambido e enfatuado. Perliquitete mesmo. Sei lá.
A verdade dói, né, SÃlvia? Ditado antigo, mas ninguém leva a sério.
Ao José Bernardo: pois é, rapaz todo mundo percebe o rabinho extrema-direita do joel de fora, só ele acha que tá abafando... e como aborrece!
E ainda termina com uma citação em inglês?
Ô Joel, você já se perguntou por que se incomoda tanto, e incomoda, por causa de linguagem neutra e revisões linguÃsticas?
Quanto ao computador, o que me maravilha é como o sistema operacional carrega corretamente, mesmo depois de semanas desligado, como ocorreu comigo hoje. Cada trecho magnetizado como '1' no HD não se tornou '0' ou vice versa como numa cópia errada de DNA nos seres vivos. E estou aqui lendo a crônica do Ruy...
É milagre mêmo. Você e o Joseph Campbell (o filósofo, não o criador da sopa) estão em plena concordância, José: é um milagre, é um bando de anjos morando ali dentro. Obviamente, o velhote comprava computadores de alta qualidade e tinha um excelente técnico, ou diria que eram demônios. Mito por mito...
Não dá! Nem da palavra! Muito menos das nossas heranças étnico-culturais africanas e do sincretismo religioso.
Não é pejorativo não, Ruy.
Alguns da esquerda progressista são mesmo viajados. Pra quem tem o aplicativo da Folha, basta fazer uma busca apenas com o termo "macumba" que já terá uma amostragem do ridÃculo que é defender essa posição de que "macumba" é sempre ofensivo ou pejorativo. Dentre dezenas de artigos encontrados, a grande maioria deles é em tom laudatório, por pessoas mesmo que se identificam como progressistas. E muitos que são "de dentro". Nada mais...
bat macumba êêê bat macumba oba a mis ci gê naçao as vezes e iorubà outras e tupi portugues nunca mais sera o mesmo
Ôôô, Sandoval, trazer São Gilberto é quase covardia: na boca do Gil, qualquer coisa é bendita... Hahahahah!
Em tempo de"Diversidades",não consigo mais entender o"politicamente correto".Admitir as"Diversidades"não dá o direito de usar a "borracha anti-cultural"para apagá-las.A nossa LÃngua Brasileira(ou Portuguesa falada no Brasil)é fruto de "miscigenação".Tudo o que se quiser fazer com ela é"amputação cultural e linguÃstica".
Talvez um ardoroso defensor da ciência, reunindo uma extensa avaliação das evidências, poderia excluir macumba de nosso idioma. Mas uma tia minha lembra que isso é muito siricutico, mal-estar da nossa civilização; muito paranauê, de origem tupi, para tratar do ziriguidum, do camdomblé, da capoeira de nossa origem; escolher entre Ötzi e Romito dois, qual causa menos siricutico, qual representa tipicamente a sociedade brasileira. Pode haver macumba cientÃfica nisso.
Ôôô, carÃssimo, sei não: à parte minha ignorância por não saber que são/foram Ötzi e Romito, duvido que dê pé amputar a macumba. Tô mais com sua Tia, Vito: se tirar a macumba, dá um ziriguidum disgramento. Deixemo-la quieta, melhor...
Evanildo Bechara, em citação sua nesta mesma fsp, "Quando instado a se pronunciar sobre a chamada linguagem neutra, Bechara afirmou que se trata de um fenômeno mais de "opinião" do que de "ciência"."
Saravá, Ruy! Enquanto tivermos vc a lÃngua não vai morrer... O samba tbm não... Muito axé pra todos os macumbeiros amados deste paÃs.
Nunca espero menos de um acadêmico. Quando você, Ruy, for participar do chá das 17, leia este artigo para eles: alguns beiços serão mordidos de inveja. Talvez até Gilberto Gil a musique. Grato!
Saravá, corrigindo e reiterando!
Eita, LuÃs, peralá: cê corrige o saravá por conta d um acento, mas deixa o Rui com i? Desse jeito, nem com macumba, sô! Hahahahah!
Sarava, Rui!
Cresci ouvindo aqui pelo nordeste os versinhos: Macumba, macumbeira Macumba Macumbá Macumba da Bahia Que voltou pro Ceará!
Mãe Jurema do Centro Macumbal do Califado de Mauá que traz a amada em 24 h,diz que não vai cancelar a palavra,pois se cancelar não é macumba e sim devaneio do balacobaco.
Nossa nobre educação purista sempre demônizou a prática de macumba Agora vem uns vermes que se importam com interesses alheios Ora ,vai catar coquinho Será que pode?
Vejam a questão da linguagem neutra. Os verdadeiros "connaisseurs" da lÃngua a repudiam, como Evanildo Bechara, Mario Vargas Llosa... O próprio Sérgio Rodrigues, em artigo incipiente no assunto, em 2018, vai na mesma linha. Ela foi proibida na França. Segundo a Academia Francesa: "prejudica a prática e a inteligibilidade da lÃngua." Idiomas que já são neutros, como o persa, o turco e o japonês, não inibem a discriminação ou a misoginia. Muito pelo contrário. E o persa é a lÃngua oficial do Irã.
Para os tais puristas da lÃngua, o termo "escravizado" é preferÃvel a "escravo". A etimologia do vocábulo “escravo” vem de “eslavo”, palavra que designa os povos eslavos, como russos, poloneses, tchecos, ucranianos etc. Que mal há na associação a eslavos? Se a pretensa escolha se dá pelo fato de "escravizado" ser obrigado e não espontâneo, a questão resvala para o preciosismo. Solução inócua: não resolve nada.
Aà já é subjetivo, né, Eduardo? No que se refere à palavra escravo. Questão de gosto. Gosto não se discute. Mas também não se pode obrigar o outro a gostar.
A questão da palavra "escravo" é uma das poucas que aceitei bem. Realmente me soa diferente dizer que é fulano é escravo, como se a condição fosse inerente ao fulano, ou escravizado. Sobre o texto eu citaria o filósofo carioca Zeca Pagodinho "macumba da nega é boa / macumba da nega é boa..."
O mesmo se aplica ao termo "tribo", que a esquerda cirandeira também repudia. Tem o mesmo étimo de "tributo", "distribuir"... Nada pejorativo. Ainda que o fosse, são poucas as palavras, em qualquer idioma do mundo, cujo significado atual mantém uma rÃgida fidelidade etimológica.
SÃlvia, amiga, vou usar de um clichê. É um direito que me assiste. Sou assinante, meus pagamentos de assinatura estão em dia, sou de maior e vacinado. Meus impostos também estão em dia. Obrigações eleitorais, idem. Portanto, tenho todo o direito de comentar. Posso até renovar meu passaporte. Os incomodados que se mudem.
O Joel é suas narrativas de extrema direita está estragando o prazer de ler e comentar... falta do que fazer, né Joelzinho?
Caro Bento, como já ressaltei abaixo, as palavras, em qualquer idioma falado ao redor do planeta, de modo geral, são polissêmicas, isto é, comportam vários sentidos e acepções, assumindo um significado particular e unÃvoco diante do contexto no qual estão inseridas. Isto vale para o termo "purista" que utilizei. Se você consultar o Houaiss constatará que, sob o respectivo verbete, as acepções 1 e 1.1, de fato, se inclinam mais para serem aplicadas a conservadores.
Todavia, a acepção 1.2 aceita bem se encaixar no contexto do que estamos falando, no caso, os esquerdistas. No que se refere ao vocábulo "tribo", basta fazer uma busca no Google para observar que todos os que se manifestam contra o seu uso são progressistas. Acho que não precisa lhe orientar quanto ao uso de critérios de busca, né mesmo?
De onde vc tirou que a esquerda, seja lá qual for a tenndência, repudia o termo "tribo". O "purismo" na linguagem é mais associado aos conservadorismo.
Há um revisionismo ideológico da lÃngua sem nenhum critério técnico. Só porque o étimo do termo "Ãndio" remete à Ãndia, acham o termo "indÃgena" mais apropriado. Já no substantivo xamã, não obstante usarmos amplamente o termo tupi-guarani "pajé", mandaram-no à s favas e foram buscar o vocábulo xamã lá das estepes setentrionais da Rússia, do idioma dos tunguses, povo do qual não se ouvia falar, e adotaram-no para todas as ocasiões. A Tungúsia fica até mais próxima da Ãndia do que da Amazônia.
SÃlvia, querida, eu não me cinjo ao grupo de mentes diminutas cujo universo gravita em torno do binômio Lula x Bolsonaro. A vida, pelo menos a minha, é muito mais rica do que isso. Não nutro simpatia por nenhum polÃtico de carreira, em particular. Minhas apostas e esperanças de vida não estão ancoradas nessa proposta de solução para os males do mundo. Acho que você ficará decepcionada ao saber que os marcianos nem sabem que Lula ou Bolsonaro existem.
Quanta bobagem. Tá rezando pra pneu...
Esvaziado o conteúdo do marxismo após a Queda do Muro de Berlim, resta agora à esquerda cirandeira o discurso monotemático de pautas identitárias. Verdadeira cantiga de grilo, como se diz por cá. Preocupam-se ainda com questiúnculas semânticas e etimológicas das palavras, sob o verniz de buscar um linguajar politicamente correto. Essa troupe do mi-mi-mi identitário não daria meio caldo em sobrevivência no Alto PaleolÃtico. No popular, isso é falta do que fazer. Uma lavagem de roupa faria bem.
Aos crÃticos abaixo (o que vem de baixo não me atinge), os velhos argumentos "ad hominem", né? Já os esperava. Faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho, colunista da FSP: "Escreve Taleb: 'Nunca se ganha uma discussão até começarem a atacar a nossa pessoa'. Comentário: Quando os meus crÃticos usam argumentos racionais, eu deprimo e medito onde falhei. Quando me insultam, sorrio com prazer e saboreio a vitória." Entendo pessoas como vocês. Tudo normal outra vez.
Agora entendo tudo. O grande objetivo da extrema direita é o retorno ao Alto PaleolÃtico. Sem ciranda, é claro.
Ciranda é um lindo têrmo que donomina um folguedo folclórico do Nordeste do BR. Tem origens em Portugal mas, no Brasil, se misturou com influéncias indÃgenas e africanas. Então a "esquerda cirandeira" é democratica e queremos festejar junto ao povo brasileiro.
Entendi a sua "narrativa". Aprendeu no zap do tiozão?
Sempre esse lenga-lenga com os identitários. E da� Sou identitário. Marxismo, socialismo, democracismo entre outros 'ismos' fracassaram miseravelmente em dar respostas às nossas pautas. Da extrema esquerda à extrema direita, sempre esse papo. Tentem uma abordagem diferente. Vai que cola!
Tive uma tia-avó, no interior de São Paulo, católica muito carola, que baixava a voz e olhava para os lados de soslaio, ao pronunciar algumas palavras que para ela eram tabus, como judeu, maçom ou protestante. Mas ela era educada e psicologicamente equilibrada, o suficiente para não interferir na vida alheia, nem impor regras ou proibições gramaticais. Talvez por isso fosse amada até mesmo pelos judeus, protestantes e maçons.
Ao bom texto do Ruy, acrescento berimbau, calango, calunga, lundu, mungunzá, quimbundo, urucungo ... O pior é que supostos defensores da cultura afro - e de seu reflexo na nossa cultura -, adotam essas posições excludentes como resposta ao significado pejorativo atribuÃdo por setores conservadores, que não refletem a já majoritária presença afro na população brasileira. A palavra macumba sofre discriminação descabida, provavelmente originada na intolerância religiosa.
Muitas palavras acabam no ostracismo. Não por decreto – como o inglório cancelamento: mas por arcaÃsmo. A dinâmica da linguagem ajusta-se à s mudanças da sociedade, incorporando novos vocábulos e obliterando outros tantos cuja utilidade se perdeu com o tempo.
Ruy, deixa de "lenga-lenga" e continue escrevendo para nossa satisfação.
Perdão, Ronaldo, a resposta era pro comentário abaixo... foi mal!
Não, não é. O caso de Macumba é intolerância religiosa dos novicrentes.
É a novilÃngua identitária, amigue. Assimila que dói menos.
Se fosse uma questão da polÃtica identitária, a palavra macumba não estaria sendo proibida, não é mesmo?
O povo prova que é analfabeto funcional. Se fosse da ordem das polÃticas identitárias, a palavra macumba não estaria sendo banida, não é mesmo? Apenas uma questão de lógica.
A novilÃngua brasileira é a apropriação indevida de teorias/termos caros ao social.
O mundo e as pessoas estão muito chatas, será necessário escrever um outro dicionario.
Até onde eu sei, o termo "macumba" não é pejorativo ou preconceituoso. Já no ano de 1969, Martinho da Vila, macumbeiro-raiz, no samba intitulado "Casa de Bamba", usava tal palavra com sentido nobre para ele: "macumba lá na minha casa tem galinha preta e azeite de dendê." Não tô entendendo mais nada!
Caro Hernandez, o problema não está nas palavras: elas não têm vida própria. O problema está no locutor. Mesmo que os termos com teor pejorativo fossem banidos, como você quer, o falante pode usar de subterfúgios e circunlóquios e ofender o próximo. Exemplo recente de um personagem brasileiro que assim se expressou: "O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas." Entendeu agora? (continua)
As palavras, em qualquer idioma falado ao redor do planeta, de modo geral, são polissêmicas, isto é, comportam vários sentidos e acepções, assumindo um significado particular e unÃvoco diante do contexto no qual estão inseridas, e o termo "macumba" não foge a esta regra. Na entrada "macumba" no dicionário Houaiss, constam 10 acepções e em nenhuma delas figura a informação de nÃvel de uso "pej." É o melhor léxico da lÃngua portuguesa e está atualizado, pois é eletrônico.
Caro Hernandez, já expliquei abaixo: lÃngua não se legisla por decreto, no atacado.Os casos individuais de ofensas, o Judiciário sempre esteve aberto a eles.São os casos de injúria, difamação, em que o ofendido recebe danos morais.Me lembro de Portugal, onde existe um rol oficial de nomes próprios, quando a novela "Sétimo Sentido", de 1982, foi exibida lá, muitos pais quiseram pôr o nome de "Luana" nas filhas por causa do personagem "Luana Camará".Foi uma briga feia com os oficiais de cartório.
Essa é a questão: nossa linguagem será dominada agira por quem tem preconceito? Basta algum grupo empregar esta ou aquela palavra de forma depreciativa para que tenhamos de abandona-la? Isto é ridÃculo!
Raimundo, não se bane palavras de lÃngua nenhuma. Não se administra o falar de um povo por decreto. Idioma é um fenômeno vivo. Mesmo os conhecidos palavrões e linguajar chulo são registrados nos dicionários e léxicos, com a ressalva de tabuÃsmo.
A lÃngua não pertence a segmentos ou nichos da população. Não são eles, os evangélicos, e tampouco os progressistas que vão modificar nosso idioma na marra: lÃngua é uso, como pontua o próprio Bechara, e uso generalizado, não ao sabor de conveniências polÃticas.Também um termo nunca será banido de qualquer lÃngua.Nenhum lexicógrafo ou dicionarista dirá isso.É apenas o desuso que retira um vocábulo do falar coloquial. Mesmo assim, ainda será registrado nos dicionários com a observação "obsoleto".
Macumba não era pejorativo e nem preconceituoso em 1969, bem antes da dominância de novos cristãos evangélicos, preconceituosos, q insistem demonizar religiões e palavras de origem africana. Simples e complexo.
Ser identificado como "falante brasileiro da lÃngua portuguesa" não me seduz. Não seria preferÃvel ser apenas "falante da lÃngua portuguesa" ? Para que um rótulo especÃfico ? Palavras advindas de idiomas africanos foram incorporadas ao vocabulário, é verdade, mas não criaram nenhum idioma novo, nem mesmo um dialeto.
A decolonialidade da lÃngua e, consequentemente, da cultura faz bem ao Brasil e seus falantes.
Saravá!
Saudação ao saudoso Sargentelli, caro Raymundo! Saudação à todas as entidades não normativas. Saudação ao Lampião da Esquina e seu povo. AXÉ!
O saudoso Sargenteli gostava de usar este termo nos seus programas de tv. Saravá hoje é palavra cancelada pelos novos cristãos cheios de preconceitos.
Antes, tÃnhamos as enciclopédias. Agora temos Ruy Castro. Muito bom!
Sinceramente, achava que evangélico era a palavra pejorativa e, portanto, deveria ser enxotada da lÃngua, urgentemente. E não é preconceito religioso, tampouco linguÃstico. Saravá, Caboclo! Quinta-feira é dia de saudar Oxóssi, o cara das matas. Axé! Vou fazer uma macumba, para o Brasil não perder suas raÃzes.
uau! q paciencia vc tem em organizar e juntar todas estas palavras de origem aforo no nosso idioma. valeu! vou usar. vou salvar.
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