Daniel de Mesquita Benevides > Um brinde ao centenário de Hélio Pellegrino Voltar
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“A cada manhã, ao abrir a torneira da pia, para lavar o rosto, presencio o milagre da água que jorra, prestativa, clara, generosa, modesta. É espantoso que haja água na torneira, a cada dia. Para que isto aconteça, é necessário que muita gente trabalhe, que muitos gestos se somem, que muitos músculos se articulem, desde a nascente da água até o metal da torneira de onde ela jorra, para desespero impotente do demônio – incapaz de anular a bondade que a faz jorrar”.
Texto fantástico! Obrigada por nos apresentar um personagem admirável. Não conhecia sua historia! Amei!
Em 22 de julho de 1968, diversos intelectuais e artistas participaram de uma passeata contra a repressão policial aos estudantes no Rio. O episódio ficou conhecido como a "Sexta-Feira Sangrenta". Helio Pellegrino estava lá, camisa brancas, ao lado de Carlos Scliar, Clarice Lispector, Oscar Niemeyer, Glauce Rocha, Ziraldo e Milton Nascimento. Faltou uma onça de de Martini francês para sangrar o copo old fashioned. Tintin!
Lembro de um artigo de Hélio Pellegrino sobre a peça "Boca de Ouro", de seu amigo Nelson Rodrigues, em que Hélio diz que o nascimento do personagem numa pia de gafieira, abandonado num batismo cruel, "expressa o exÃlio e a angústia humana do nascimento, o traumatismo que nos causa, a todos, o fato de sermos expulsos do Éden e rojados ao mundo, para a aventura do medo, do risco e da morte". Escreveu muito bem, também, sobre "O Beijo no Asfalto". Mestre.
Só mesmo no Brasil que o carcereiro chefe vira garçom.
E vc é a encarnação de Deus na terá. Nunca fez nada de errado
Maravilha de texto. Daqui de Belo Horizonte damos Vivas ao Encontro Marcado. Se não nos lembramos de Helio Pellegrino é porque o paÃs piora.
Novo texto primoroso do Daniel Benevides. Keep walking! JK
Texto bacana. Gostei da lembrança. O livro é "O Encontro Marcado", sempre inexorável.
Espetáculo de texto. Vou procurar saber mais sobre o personagem que para mim é sinônimo de trânsito.
Bela homenagem ao psicanalista Hélio Pellegrino. Falta fazer tb à Eduardo Mascarenhas e Wilson Chebabi.
Texto bem escrito e sobre um interessante personagem, bacana. A Folha tem salvação
Para além de todo enfrentamento polÃtico, eu muleque , lembro do amor dele e Lia. Enfrentamento de novo. Agora com a burguesia reacionária da época. Ninguém entendeu nada. Só eles dois. Viva o amor !
Lia se descobriu poetisa ao lado dele. Foi um amor, talvez, inesperado.
Falei de amor. Vcs vem com polÃtica. Passa ontem
Como toda reacionária, devia ser voraz na alcova. Acho que todo reacionarismo, é uma forma de antropofagia.
No caso, os três entenderam. Como disse o Celso Luft: "vai e se não der certo, volta que eu estarei aqui." E ela voltou após a morte do Pellegrino. E ainda viveu o bastante para ela mesma assumir o próprio reacionarismo e se tornar admiradora e eleitora do mais reacionário de todos: Bolson@ro. Obviamente, "arrependeu-se" depois.
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