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SILVIA KLEIN DE BARROS
A cada manhã, ao abrir a torneira da pia, para lavar o rosto, presencio o milagre da água que jorra, prestativa, clara, generosa, modesta. É espantoso que haja água na torneira, a cada dia. Para que isto aconteça, é necessário que muita gente trabalhe, que muitos gestos se somem, que muitos músculos se articulem, desde a nascente da água até o metal da torneira de onde ela jorra, para desespero impotente do demônio incapaz de anular a bondade que a faz jorrar.
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ANGELA CAMPOS CAVENAGHI
Texto fantástico! Obrigada por nos apresentar um personagem admirável. Não conhecia sua historia! Amei!
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Alberto A Neto
Em 22 de julho de 1968, diversos intelectuais e artistas participaram de uma passeata contra a repressão policial aos estudantes no Rio. O episódio ficou conhecido como a "Sexta-Feira Sangrenta". Helio Pellegrino estava lá, camisa brancas, ao lado de Carlos Scliar, Clarice Lispector, Oscar Niemeyer, Glauce Rocha, Ziraldo e Milton Nascimento. Faltou uma onça de de Martini francês para sangrar o copo old fashioned. Tintin!
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José Fernando Marques
Lembro de um artigo de Hélio Pellegrino sobre a peça "Boca de Ouro", de seu amigo Nelson Rodrigues, em que Hélio diz que o nascimento do personagem numa pia de gafieira, abandonado num batismo cruel, "expressa o exílio e a angústia humana do nascimento, o traumatismo que nos causa, a todos, o fato de sermos expulsos do Éden e rojados ao mundo, para a aventura do medo, do risco e da morte". Escreveu muito bem, também, sobre "O Beijo no Asfalto". Mestre.
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ADONAY ANTHONY EVANS
Só mesmo no Brasil que o carcereiro chefe vira garçom.
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Mário Sérgio Mesquita Monsores
E vc é a encarnação de Deus na terá. Nunca fez nada de errado
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ROSANGELA M SOARES DE OLIVEIRA
Maravilha de texto. Daqui de Belo Horizonte damos Vivas ao Encontro Marcado. Se não nos lembramos de Helio Pellegrino é porque o país piora.
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JAYME KOPELMAN
Novo texto primoroso do Daniel Benevides. Keep walking! JK
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Dário Fausto Santos
Texto bacana. Gostei da lembrança. O livro é "O Encontro Marcado", sempre inexorável.
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DANNIELLE MIRANDA MACIEL
Espetáculo de texto. Vou procurar saber mais sobre o personagem que para mim é sinônimo de trânsito.
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Raymundo de Lima Lima
Bela homenagem ao psicanalista Hélio Pellegrino. Falta fazer tb à Eduardo Mascarenhas e Wilson Chebabi.
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Bruno Nascimento
Texto bem escrito e sobre um interessante personagem, bacana. A Folha tem salvação
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Mário Sérgio Mesquita Monsores
Para além de todo enfrentamento político, eu muleque , lembro do amor dele e Lia. Enfrentamento de novo. Agora com a burguesia reacionária da época. Ninguém entendeu nada. Só eles dois. Viva o amor !
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Fátima Souza
Lia se descobriu poetisa ao lado dele. Foi um amor, talvez, inesperado.
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Mário Sérgio Mesquita Monsores
Falei de amor. Vcs vem com política. Passa ontem
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ADONAY ANTHONY EVANS
Como toda reacionária, devia ser voraz na alcova. Acho que todo reacionarismo, é uma forma de antropofagia.
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Francisco Helio Cavalcante Felix
No caso, os três entenderam. Como disse o Celso Luft: "vai e se não der certo, volta que eu estarei aqui." E ela voltou após a morte do Pellegrino. E ainda viveu o bastante para ela mesma assumir o próprio reacionarismo e se tornar admiradora e eleitora do mais reacionário de todos: Bolson@ro. Obviamente, "arrependeu-se" depois.
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