Ambiente > Costumes brasileiros não sustentam a democracia, diz antropólogo Roberto DaMatta Voltar
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Passando da hora de olharmos para os povos tradicionais que desenvolveram modos de bem viver. Entrevista maravilhosa, parabéns FSP por nós propiciar ouvir Da Matta em primeira pessoa e já ansiosa para ler a reedição. Na mesma linha, ouvi um podcast lindo, da Rádio Novelo, o Barraco do Vicente: a incrÃvel história um jesuÃta acolhido numa comunidade indÃgena e do seu vil homicÃdio.
Que sujeito lindo, o seu Roberto! Vou pegar carona e ver se morro como ele e seus amigos indÃgenas.
Idem
"A democracia é quanto eu mando em você. A ditadura é quando você manda em mim". (Millôr Fernandes)
Verdade. As heranças coloniais ruins que ainda hoje ecoam impedem a valorização ou inclusão destas etnias, embora nativas da nação, mas sempre sujeitas a forças da aniquilação e extermÃnio..
Concordo com o enigmático Darcy Ribeiro, levaremos umas 10 gerações para nós tornarmos um Povo, isso após a miscigenação total de onde nascerá o Povo Pardo, o verdadeiro brasileiro, por enquanto estamos na geração do "A Corrupção é a Paz do Brasil", do porteiro do edifÃcio ao mais alto mandatário.
O fato é que Portugal, nosso colonizador, depois de algumas dificuldades, parece ter encontrado uma democracia estável. E seu nÃvel de vida, embora mais baixo que a média da Europa ocidental, é o dobro do nosso. Uma dificuldade aqui é que temos que construir algo novo, com uma mistura de povos. Não somos uma sociedade transplantada pronta da Europa como EUA ou Canadá.
Como conversar com quem acha q a terra é plana e desacredita em vacinas ? Isso p inÃcio de conversa.
Desconsidera e observe como a pessoa age. No fim do dia é isso que conta e vc preserva a sua saúde mental. Afinal, crenças exdrúxulas existem e talvez sempre nos acompanharão como espécie.
Por isso e pela absoluta falta de interesse numa Educação (E maiúsculo) de qualidade é que nunca deixaremos a condição de colonizados desinteressados em democracia, volta e meia sob comando de "picaretas com anel de doutor". Temo pelo que virá em 2027, e creio que não vai ser boa coisa, aliás, nem aqui e nem em USA.
Meu aprendizado de hoje: "não temos costumes que sustentam a democracia". A questão cultural se impõe de forma destrutiva quando não é questionada, revisada e transformada. Somos responsáveis pela fragilidade e, consequentemente, pelas constantes ameaças que nossa jovem democracia sofre.
Se permite o doutor, levantaria esta questão: na endeusada democracia os governados escolhem os governantes. Em consequência do analfabetismo polÃtico que não é privilégio de brasileiros, apenas aqui tudo que é ruim vem em dobro, as escolhas são tão mal feitas que o mundo se encontra com sua maioria absoluta trabalhando para enriquecer cada vez mais os Midas insaciáveis.
Depois dos argentinos tidos como melhores cultura elevada do q brasileiros, erram tanto ao ponto de eleger de La Rua à Milei; depois do Equador, antes considerado o paÃs mais equilibrado e democrático da América do Sul; Perù com Fujimori e quase sua filha, depois dos Estados Unidos q não conseguiu condenar Trump, chefe do golpismo, entre outros, hoje vejo Brasil,brasileiros e seus governantes, a mesma 'herda'.
Faz parte do aprendizado. Temos que sofrer as consequências das nossas escolhas até o dia que a maioria tomar vergonha na cara e aprender a escolher.
Seu comentário sustenta de maneira indiscutÃvel o argumento do autor, que simplifico para quem não entendeu: adoramos uma saÃda autoritária.
E? Seria melhor uma ditadurazinha militar com bolso, não é, minha filha? Hahaha!
Sensacional resumo, em que "O Brasil é uma sociedade colonizada por um colonizador altamente centralizador. Esse controle se reproduz nessa visão de que "o problema não é meu, é do Estado". Mas os costumes que estão vigentes, não são seus? Você adota a democracia, mas você não tem costumes que sustentem a democracia. Esse é o ponto".
O marco temporal indÃgena beneficiará diretamente poucos e prejudicará a imensa maioria da população brasileira, pois trará desmatamento com aumento da temperatura continental afastando as chuvas das nuvens oceânicas e falta de água urbana.
Sempre admirei a clareza de pensamento do Roberto Da Matta, mostrando a dico tomia entre o eu (meu) e os (dos) outros. O problema da sociedade moderna, que não existia nas neolÃticas (como as ind Ãgenas) é o sentido de posse. Com o desenvolvimento (?), perdemos a noção de que os elementos mais nobres são o tempo, o espaço, e o silêncio. Todos gratuitos, mas fugazes. A amizade é outra joia pacificadora, cada vez mais rara. A redenção está na Arte (Nietzsche) que, ao contrário da vida, é perfeita.
A água… sem falar na perda da capacidade de pensar a longo prazo, no mundo que deixaremos para os que vem depois de nós
A visão de democracia por aqui é incompleta. O voto não é a única condição para caracterizá-la, embora seja uma das principais. Os indÃgenas, povos africanos, andinos, e5c., construiram uma sociedade que foi bem sucedida por milênios. E não era democrática. Somos descendentes culturalmente desses povos.
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