Bia Braune > Passear por cemitérios é perceber quão relativa é a noção de posteridade Voltar
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Belo e sensÃvel texto sobre a "indesejada das gente".
A famÃlia tem túmulo em cemitério grande. Não sei se irei para lá. Só sei que serei cremado, com o registro já providenciado no cartório. Sem ilusões.
Finalmente leio um artigo sobre passear em cemitérios, uma dos meus passeios favoritos, obrigada Bia Braune! Eu tambem acabei trancada em um cemitério italiano, não famoso como o de Milão, mas em Brescia, no norte da Italia, um cemitério de um convento. Ao entrar, não li o aviso que o cemitério fechava no horário do almoço! Felizmente uns pedreiros me mostraram um jeito de sair, era só pular uma valeta ( um riozinho )e andar por um caminho até chegar à rua.
Nascimento e morte, marcos fundamentais para entender a vida e sua finalidade, mas quem se ocupa com isso? Nas sepultaras jazem os restos mortais, mas onde está o ser humano?
Após a morte o ser humano não existe.
Que texto delicioso !
Dizem que os cemitérios são escolas de sabedoria. Ensinam-nos, entre outras coisas, que no ponto final seremos todos iguais, independentemente da grandiosidade do msusoléu ou da simplicidade da sepultura.
Adorei a narrativa.
Gosto de passear por cemitérios que tem arte tumular, os campados não me dizem muito mais do que a falta de beleza da morte. Gosto de visitar meus "amigos" Tarsila no Consolação, Wilde, Chopin, Proust e Molière no Pere Lachaise... Deixo até recados para eles, que com certeza leem... a vida e curta demais para nos levarmos sempre à sério.
Passear por cemitérios permite perceber quão relativa é a noção de posteridade, mas mostra também como as religiões se apropriaram (e ainda se apropriam) das diferentes fases da vida de um ser humano, para então promover sua segregação inclusive na morte. Assim, cada tradição religiosa tem seu local e rituais fúnebres que são perpetuados pelas famÃlias por gerações.
Não gostei de ir em cemitérios ,mas um dia vou morar lá.
Também gosto de passear por cemitérios, aliando a paz do ambiente ao conhecimento de vidas anteriores à minha, cujos restos estão ali depositados. A curiosidade de saber sobre os anos vividos pelos 'habitantes' de lá me levou a adotar, como padrinho de faz-de-conta e como demonstração de carinho inócuo e tardio, uma menininha de cinco anos cujo sorriso luminoso estampa a foto num túmulo do cemitério de Coqueiros, em Florianópolis.
Há três anos estive aà em São Paulo, fiquei na Consolação e aproveitei para visitar o cemitério, enorme, diga-se de passagem. Encontrei de tudo: obras de arte servindo de chamariz para gente de nome, mausoléus gigantes, uma macumba com galinha e tudo, um túmulo solitário servindo de pombal, um trecho da cidade dos mortos com um cheirinho desagradável. Tu tá certa, Bia: deuses ficaram em desuso, a paz não existe onde se inexiste, ela só faz sentido na cidade dos vivos.
Gosto de ver túmulos artÃsticos. O de Júlio Verne é incrÃvel!
Obrigada Avelino, vou procurar por esse túmulo, na minha cidade ( Sertãozinho,SP) tem um túmulo em forma de piramide, lindo.
Muito querida prima... você é um pedacinho de eternidade... seu texto me faz rezar. Grande beijo de Paz e Bem d.
Ah, Bia, como cê anda delicada e poética! É cada brawnie que a gente tem ganhado... Eu também acho lindos os cemitérios, mas não quero ir pra um deles, não: misericórdia, Jesus da Goiabeira, deixai-me queimar até que de mim não restem senão cinzas. Nada de ter paciência e ser vagarosamente comido, lentamente esfarelado, e minha descendência ainda ter que pagar por isso. Na-na-ni-na, chega: depois de morto, sossego. Pra todo mundo. Amém.
Quando estamos no cemitério, dá vontade de perguntar : mas onde enterram os canalhas? Naquelas lápides todo mundo parece tão gente boa, amoroso e generoso. Não sei como o mundo sempre foi e será uma porcaria, como diz aquele tango Cambalache, kkk.
...e nada do que sabemos, aprendendo a duras penas, a literatura a arte , as riquezas , a honra, tudo de nada valerá mais...lá pra onde iremos, so tem valor se formos seguidores, imitadores e divulgadores da doutrina cristã...como disse Salomao, o fim de todas as coisas é temer ao Senhor...
Texto pedestre, sem extrema unção.
Caro Marcos, não é que você tem razão? Às vezes acontece. Vou tentar moderar o mau humor no futuro.
Ôôô, Luthero, meu caro, mas que severidade de igreja Suiça, luterana e em pedra lisa. Até assustei.
Texto poético , Bia . É a nossa finitude e eternidade …
É, carpe diem. Gosto de ler a seção de obituários aqui da Folha (muito bem escrita, aliás). É belo observar que cada vida é única. Nossa existência, por mais banal que seja, tem suas repercussões e seus momentos especiais.
E, como disse o Millôr Fernandes, as vezes temos surpresas muito agradáveis.
Tô contigo e não abro, volta e meia os leio. São muito bons mesmo.
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