Elio Gaspari > O Brasil tem uma indústria cega Voltar
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A indústria né cega não, sêo Elio, é preguiçosa. Ou burrra, já que o senhor mencionou as malfadadas "proteÃnas" - quero dizer, corrigindo-me, o mau fado é público, que os financiou e, em troca, tomou gorpismo na cabeça. Pros Barão, é ótimo fado. E também os boi e frango, mortos em escala industrial pros tio exportá aos pedaços. Mas a indústria de eletrificação de rodas tem conexão com outra, a de energia, e bem que a gente poderÃamos aproveitar e botar pilha em ambas. Vamo que vamo.
Passar do carro com motor a combustão para o carro elétrico envolve atender a vários pré-requisitos. E o principal deles é poder aquisitivo. Além de custarem muito mais, os carros elétricos não têm valor de revenda.
Como sempre mais um jornalista escreve sobre o que não conhece. Não conta a história toda sobre essa coisa do carro elétrico. Como sempre o nÃvel do jornalista é medÃocre.
Ainda está por acontecer a evolução para que carros elétricos se tornem viáveis. O que temos hoje não se sustenta. Bateria é o calcanhar de de Aquiles, caras e pouco duráveis. Alguém já calculou o quanto de energia elétrica seria necessária para suprir dez por cento da frota atual, se substituÃda por elétricos? É a rede de distribuição que seria necessária.
Eu e vários engenheiros e mecânicos montamos um carro elétrico, tirei o motor original e coloquei um motor elétrico com baterias , conheço todos os entraves, autonomia,recarga, mão de obra mecânica, peças, a mudança é demorada, a infraestrutura para este tipo de veÃculo demorará. O ideal é transportes locais, pouca distância.
A pergunta é: e as redes de abastecimento? Já se fez conta de quanto vamos precisar de energia eletrica? A Hertz vai se desfazer de 20.000 veÃculos elétricos porque o custo de manutenção é muito alto.
Ei não é por isso, custo de manutenção é inferior ao carro a gasolina. É que a Tesla, sentindo a concorrência, abaixa o preço do usado. Para não ficar com estoque de revenda a custo alto, vende o que pode antes
É só questão de tempo até alguma empresa estrangeira começar a fabricar carros elétricos no Brasil. Por enquanto a demanda ainda é pequena. Primeiro Europa, Asia e America do Norte. Por último, América do Sul, paÃses pobres da Asia e Africa.
Carro elétrico é como hidrogênio verde: só faz sentido em locais com energia limpa, e isso o Brasil tem. Precisamos onerar a produção termelétrica e desonerar a energia solar e carros elétricos, é óbvio.
O carro elétrico é a solução. O Brasil pode se associar a uma cadeia global de valor e produzÃ-lo aqui. O argumento da proteção da industria nacional não se sustenta. A Zona Franca de Manaus dura setenta anos. Meu amigo engenheiro trabalhava na Itautec computadores que fechou depois de trinta anos. Tivemos computadores caros e menos eficientes que os internacionais. Não podemos perder o bonde da história novamente.
A BYD também tem proteção com a retirada das isenções em dos elétricos importados.
Ótimo artigo!
É uma parte do problema a percepção do colunista. O problema real não é desconhecido. Nos perdemos em áreas centrais para a construção de estrura industrial sustentável como na Educação. Este é só um exemplo de consequências da falta de polÃticas públicas com desenho e desempenho responsável. Nem sabemos mensurar as consequências sociais de não superarmos um modelo educacional público que funciona mal e segue cheio de problemas. Sé é cega precisamos saber a origem da cegueira.
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