Priscilla Bacalhau > O fracasso do Enem Voltar
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Caro Roberto Gomes, você afirmou que foi Haddad que implementou Enem. "Criado em 1998 durante a gestão do ministro da Educação Paulo Renato Souza, no governo Fernando Henrique Cardoso, o Enem teve por princÃpio avaliar anualmente o aprendizado dos alunos do ensino médio em todo o paÃs para auxiliar o ministério na elaboração de polÃticas pontuais e estruturais de melhoria do ensino ..."(Wikipedia) Pode não aceitar a fonte, mas com certeza em 1998, Haddad não estava no Governo.
Mais um tÃtulo que desvia a atenção e confunde. O fracasso não é do ENEM, fracassa o governo que não incentiva o aluno a prestar o ENEM, fracassa quem não mostra que o ENEM pode abrir portas e fracassa o sistema educacional como um todo que demora em revalorizar o ensino técnico de nÃvel médio.
Bacalhau, acho que você confundiu o sintoma (que o Enem revela) com a causa.
A desvalorização do nÃvel médio, do nÃvel técnico, empurrou todas as expectativas para o nÃvel superior, além de reduzir a capacidade dos estudantes se manterem por contra própria. Resultado, pressão social. Além disso, sem melhoria econômica, aumentaremos a disponibilidade de motoristas de uber diplomados e desvio funcional em contratações. Talvez seja uma aproximação idealizada da cultura cubana ou venezuelana, quem sabe? O ENEM? Esse tem nada a ver com isso. Arrume outra desculpa.
O Enem é um fracasso porque começou como exame para avaliar o ensino médio e virou porta de entrada para o esquema de pirâmide dos grandes grupos educacionais. A prova disso é que qualquer empresa de curso tenta virar faculdade para receber a grana certa do Sisu, ProUni, Fies.
Bacalhau é intelectualmente desonesta ao jogar o ônus do ensino fundamental no ENEM, que cumpre o seu papel, como ilustra com os casos do Ceará, Goiás e São Paulo. O problema se chama ensino fundamental, que é de responsabilidade dos estados e municÃpios. Este sim, deveria sofrer uma transformação para muito melhor se quiser que mais alunos façam a prova do ENEM. Porém, como ilustra a autora, São Paulo patina há muitos anos nessa transformação, apesar de ser o estado mais rico da federação.
Acredito que o ENEM não é exatamente o fracasso mas sim o reflexo. Apesar de exaustiva e em dois finais de semana, não podemos limitar a precarização da educação brasileira ao ENEM. Imagino que essa não tenha sido a intenção da articulista. O Enem deixa nÃtido o tamanho do problema que temos que enfrentar. Os estados com maior adesão a prova, não são os mesmos da faculdades mais procuradas pelos alunos, outro ponto a se pensar.
A autora parece achar que a universidade eh ou deveria ser para todos. Não eh. Universidade sempre foi e será para uma elite, talvez um em cada sete ou oito. A grande maioria dos empregos não exige nÃvel universitário. Formar um excesso de pessoas com nÃvel superior vai fazer com que muitos não arranjem emprego na sua área.
Não há porque desvalorizar a classe trabalhadora. Um paÃs precisa e muito de pintores, gesseiros, pedreiros, soldadores, encanadores, eletricistas, mecânicos, borracheiros, motoristas, lixeiros, camareiros, cozinheiros, funileiros, torneiros, caldeireiros, serralheiros e muitas outras profissões vitais que não requerem curso superior.
José, a grande maioria do ensino superior no Brasil não capacita a pessoa a trabalhar em nenhuma área, sequer na do curso. Se, ao invés da faculdade, a pessoa aprender a cortar cabelo ou pintar parede, vai ganhar muito mais e trabalhar menos que noventa porcento dos formados nesse esquema de pirâmide cujos únicos beneficiários são os grandes grupos donos de universidade.
Ensino superior não é só para emprego na área. É formação qualificada para atuar em qualquer área.
Sou professor de LÃngua Portuguesa há quarenta anos,portanto vi nascer o ENEM.O Ministro Paulo Renato implantou uma prova baseada em provas realizadas pelos filhos dele,nas terras ESTADUNIDENSES.Primeiro erro.Temos 27"Brasis",cada um com sua peculiaridade.Não há como unificar.E aÃ,as sucessões de"absurdos"nesses 25anos de Provas.Cada um que passou pelo MEC ou pelo INEP quis moldar fórmulas e formas.E de tantos equÃvocos surgiu a BNCC.Tudo isso sem a participação dos professores.COMO DAR CERTO?
José, quem implementou o ENEM foi um professor chamado Fernando Haddad, e não o também professor Paulo Renato. Abraços lembratórios.
Não existe fracasso do Enem, mas sim, fracasso da educação escolar do Brasil, principalmente do estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Viva a educação do Ceará!
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