João Pereira Coutinho > Só neuróticos defendem que as pessoas devem concordar com as outras Voltar
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Acho que vou morar na Rússia, e propor namoro a uma jovem de 20 anos. É falta de educação recusar! O velho de 66 vai se dar bem...
Verdade. Mas parece que um certo colunista portugues com iniciais JPC recentemente andou escrevendo várias colunas categoricamente caluniando quem não concordava com ele. Vê o cisco no olho dos outros, mas não vê a trave no próprio.
Fernando Alves, assino embaixo.
Muito bom!
Quanto mais concretos os problemas, e a capacidade de ter influência sobre eles, mas o bom senso é provável. A reunião de condomÃnio de um prédio pequeno, com 10 moradores, pode decidir sobre a cota extra necessária para obras, e que obras são prioritárias. Mas o orçamento público, onde os valores astronômicos de receita, despesa e dÃvida estão acima da experiência cotidiana, é um campo de batalha de interesses particulares, em que é fácil perder a visão do todo.
Há um componente que observo nas discordâncias que vou vendo qual seja o de que, hoje em dia, quase literalmente todo mundo se se sente apto para falar sobre qualquer assunto como se fossem todos catedráticos. É cômico não fosse tragico
Eu posso não concordar com uma palavra do que diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizer!
Me lembrou da abertura do "Discurso do Método"
Seu comentário mostra o seu nÃvel - ao invés de argumentar - sendo que você não tem argumentos, você me chamou de quadrúpede, mas eu lhe digo: admiro mais os animais quadrúpedes, que demonstram muito mais amor e generosidade, do que seres humanos que acham aceitável a discriminação e que pensam que alguns são melhores que outros.
JPC, será que o bom senso é herdado ou aprendido? Noutros termos, uma criança ou adulto podem aprender bom senso? Ou quem nasce sem bom senso está condenado a causar danos a si e aos outros?
É Coutinho, mas eu vejo problema viver num paÃs onde muita gente quer ditadura militar, quer proibir o aborto em caso de estupro, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os direitos das pessoas trans, quer destruir o meio ambiente e não acredita na ciência. Não precisamos concordar com tudo, mas toda essa barbárie não é aceitável.
Concordo, Felipe. Nem tudo é mera questão de opinião: negar fatos cientÃficos ou históricos e defender monstruosidades indefensáveis são limites que não deveriam ser ultrapassados. Muito importante ressaltar isso.
Pedro, não é aceitável discurso de ódio, apologia à violência nem nada do tipo. E sim, sou um quadrúpede: cães, gatos, ovelhas, vacas, etc. são muito mais generosos e bondosos do que outros seres humanos.
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Exato. Há tb os contra as vacinas, cura da Covid-19 por cloroquina, até pelo CFM, demonstra 'mau senso'.
Como sempre, leitura indispensável.
Discordar é um direito básico do ser humano. Quem não aceita opinião contrária é autoritário, fascista. Vemos hoje à defesa da censura como nunca antes, um vexame. Deixem pensar e falar livremente.
Pois é, mesmo quando algumas pessoas defendem que devemos exterminar outras? Complicado!
Desconfie dos que falam em bom senso.
Então pula
Mill apreciava a abordagem cientÃfica de Comte, mas discordava dele em vários pontos. Contudo a ciência não é neutra; alguns valores podem levar os cientistas a vieses ideológicos. Mill e Kuhn refletem sobre a prática da ciência sem encaixá-la em uma metodologia à priori. Levam em conta a dimensão social do conhecimento. Gödel estragou a ideia de uma teoria geral formal sobre os métodos adequados para responder questões na matemática, com seu teorema da incompletude.Diversidade de opiniões é bom
Exato. Talvez, diversidade de opiniões não seja bom. Sim, diversidade de argumentos ou argumentação pode fazer bem a lógica, e melhorar a razoabilidade das pessoas. Um filósofo importante disse: opinião (gr.:doxa) não serve pra nada.
As duas classes de problemas levam a muitas qualificações. Para Mill a ética é normativa mas tem base em fatos; ele achava que a matemática era empÃrica mas com qualificações. Há diferenças entre ciência e filosofia quanto ao modo de estabelecer as crenças; porém as teorias cientÃficas atuais mais abstratas estão cada vez mais longe do controle empÃrico. Hume e Mill contribuÃram para uma epistemologia social do conhecimento. A Ciência aprimora o bom senso do senso comum.
Quem não concorda com vacina ?
É lindo, na teoria, até mesmo romântico, achar que só neuróticos defendem que as pessoas devem concordar umas com as outras. Só que a teoria na prática é outra: se não houver consenso sobre o que é justo, o que é ético, se não sou obrigado a concordar com a opinião do outro em questões éticas, estou, "a priori", autorizado a agir e impor minha vontade e opinião em nome dos valores que considero justos. (continua)
(continuação) Se acho correto me apoderar de um bem que supostamente pertence ao vizinho, reinará o caos. Sem falar no direito de tirar a vida do próximo. E não estou extrapolando o tema central do artigo, porquanto tudo está inserido no campo da filosofia polÃtica de que tratou o articulista, que contém em seu bojo a liberdade, a justiça e a igualdade.
Olha. Eu tento encontrar um consenso mÃnimo possÃvel. Seja lá o que for isso. Tenho preferido o exÃlio ideológico, por não conseguir manter concordâncias. Me sinto sem referências para manter as convicções canônicas. Estamos no tempo em que o pragmatismo opera uma dominação que excede e exclui as convicções canônicas. É tudo muito novo talvez. Atores e decisões. Estamos apenas a pouco passos no tempo da presença do abominável o que só nos leva a reforçar nossa atenção.
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