Ruy Castro > A tarde do meu bem Voltar
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Lunik 9.
Tudo tem seu tempo. A quem não vivenciou essa vida idÃlica e sonora que Ruy descreve, meus pêsames. Como as águas do rio, tudo passa. Talvez o segredo da vida esteja em assitir passar ou tomar aquele banho de vida rio acima ou rio abaixo! Parado nunca!
Na minha Idade Média, juventude, paupérrima, sem carro, amizade com os pobrinhos, andava de busão. Nem metrô essa cidade tinha. E aÃ, o ponto final do bus416 , Vila Gumercindo,era na rua Senador Feijó.Ficava a espera do primeiro ônibus as seis da manhã. Chegava em casa, e os meus irmãos saindo para trabalhar.Hoje? Nem as dezoito horas tenho coragem de passar nessa via. A juventude faz muito bem em se precaver.Hoje em dia, pela insegurança, qualquer hora é um perigo.
Belle de Jour.
Sempre concordo com as análises do Ruy, mas esta de hoje tá um tanto estranha! A boemia sempre foi para uns poucos e concentradas no Rio e Sampa!
Somos o futuro possÃvel e duradouro, Ruy. Não queremos mais falsos e limitados prazeres. Queremos chegar bem aos 100, que mal tem? Sem excessos quÃmicos e ressacas apavorantes. Na noite de sábado, eu prefiro colocar uma peça do Brian Eno e nadar através da minha mente, me perder dentro de mim, buscando autoconhecimento. Essa última geração está cheia de fracassos e doenças crônicas. Ninguém quer mais cometer o mesmo erro.
Geração mais cansada que a anterior? É preocupante mesmo, mas talvez as polÃticas de fechamento de bares cada vez mais cedo esteja colaborando, ou será apenas um reflexo?
Só queremos viver mais e melhor, sem falsos e limitados prazeres. Somos o futuro. Viver bem e com mais consciência não quer dizer que somos mais chatos ou cansados. Estamos mais sóbrios e buscando experiências realmente verdadeiras. Prefiro ter uma boa noite de sono, acordar cedo e ler o Ruy Castro.
Ah, faltou avisar o Lulu que agora todo mundo vai ter que esperar alguma coisa de um sábado a tarde. :-(
Nunca poderão ter o gosto de quanto uma noite pode ser longa ou incrivelmente curta.
O domingo não pode começar bem se a gente não ler logo o Ruy Castro.
Excelente sacada.
Como sempre RC , faz comentários estonteantes _ estontedepois _ historiográfico!
Beleza de crônica. Sem polÃtica.
Faz arminha e agora vem com isso, vá tomar chá vovô!
Você deve estar de gozação! A boêmia foi seu ritmo? Regime militar, social do governo em alta, profissão, redação e intelectuais que hoje so2 fazer cacá? Texto nada haver!
Você tem passado a vida sem ler muito, não? Nem o suficiente. Se leu, não aprendeu.
Em uma sociedade de desempenho, estamos a deixar de ver o sol e sim o dia; a noite e não a lua. Caminhamos para o nada.
Numa roda de amigos, em um bar ou restaurante, não se poderá mais dizer a quem quer ir pra casa "a noite é uma criança".
Vovô, vá pra casa lanchar!
A Noite é uma criança / Quero ser o seu brinquedo / Não sou eu quem chega tarde / é o Sol que chega cêdo. (escrito no português brasileiro de 1966).
Ruy descreve situações com seu humor caracterÃstico . Tudo caminha para isso mesmo e os motivos são vários: segurança, redes sociais, modismo, etc...
Falta de segurança . . .
Segurança?
Esteve tudo certo. Está tudo certo. Estará tudo certo. É somente uma velha fase de um mesmo tempo...
Meio-dia em Paris ( Woody Allen )
Ótima lembrança Joao!
Seria cômico se não fosse trágico. O pior é que estamos sitiados a qualquer momento.
Não sei em que mundo vive o colunista, mas o que eu vejo, e não gosto pela idade. São as coisas cada vez mais tarde.
Tá tudo mudando. O clima, as pessoas, os valores, as relações, os gêneros, as raças, os vicios, as artes, os Chips e os hábitos. E de forma muito acelerada. O romance e a boemia já parecem coisas velhas e bregas.
Acho que tem a ver com a Lei Seca. Nao se ve blitz de dia , nem no inicio da noite. Já de madrugada é quase sempre
Eu sou progressista e jamais apoiaria o Bozo. Mas sim, chego cedo em casa e não vou pra balada, prefiro cinema e jantar fora, porque trabalho e estudo. Já a turminha que vai na igreja evangélica mas tem filho na adolescência e não trabalha nem estuda mas vota no Bozo fica até tarde na rua bebendo. Cada um sabe de si: Lula só casou de novo porque enterrou a primeira esposa e Haddad é casado com a mesma a vida toda, já Bozo…
Você é tudo aquilo que a classe polÃtica sempre sonhou.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
O que é que polÃtica tem a ver com o tema do artigo, Felipe? Desliga esse cabo, por um tempo. Você só pensa naquilo.
Tom Jobim já antecipara: "Longa é a tarde/longa é a vida/de tristes flores, longa ferida/longa é a dor do pecador, querida..."
Só se for no Rio. Aqui em São Paulo, para o meu desespero (como pai), o "esquenta" começa entre 22 e 23h e a garotada vai para as festas ou barzinhos a 1h da manhã. Eles saem na hora que eu gostaria que estivessem voltando...
Kkkkkk seus pais possivelmente passaram por isso.
Fala a verdade. As pessoas não querem ser furtadas e roubadas, ou seq
Sensatos e equilibrados? Essa geração que vota nos bozo é mileis? Além de chatos, desequilibrados e insensatos, ig nor ant es. A vida deles cabe numa tela de celular.
Falou, Felicio!
O Réveillon ainda não é de dia, mas a São Silvestre já aderiu.
A missa do galo também é antecipada.
Se serve de consolo, ao menos a Catherine Deneuve continuaria sendo "A bela da tarde".
Boa.
Com essa onda antecipatória, acho que ela começaria o sassarico dela de manhã.
Noite Feliz seria cantada em sua versão vespertina. Ivan Lins, precavido, anteciparia a letra de A Noite para A Manhã. Noite Cheia de Estrelas (¨noite alta, céu risonho/a quietude é quase um sonho¨), já acostumada ao ostracismo, seria definitivamente cancelada caso não fosse submetida ao devido upgrade. O quadro A Noite Estrelada, de Van Gogh, seria substituÃdo por A Tarde Ensolarada para atender as novas preferências geracionais.
Ah, Ruy.... e como sobreviver à violência da madrugada? Saudades de "olhar pra quem vai pro trabalho, com os olhos, feito os olhos de uma rã...."
Kkkkkkk
Minha contribuição à s obras que abandonariam a noite: "A Tarde dos Desesperados", obra-prima da década de 60 com Jane Fonda esbanjando talento dramático. Mas o engraçado é que o tÃtulo original não fala em noite ou tarde: "They Shoot Horses, DonÂ’t They?", algo como: "Eles Matam Cavalos, Não Matam?", frase que encerra o filme e explica o desfecho trágico. A tradução brasileira foi boa mas infiel ao original, o inverso do que aconteceu em Portugal: "Os Cavalos Também Se Abatem".
Infelizmente a poesia da madrugada está fora de moda, assim como a pele com pele. É a tecnologia substituindo o humanismo. Até hoje, eu (69 anos) e minha esposa (65 anos) curtimos um barzinho com som ao vivo até a madruga.
Aproveite, cara. Também ela e eu desfrutávamos esses programinhas. O Alzheimer nos cortou isso. Curtam-se pois a vida é curta. E a noite, também.
Se a tendência continuar, a geração A cantará A Manhã do Meu Bem; a geração B, A Madrugada do Meu Bem; a geração C, a Noite do Meu Bem. Completaremos o ciclo. Teremos que esperar sessenta anos para nos sentir bem novamente.
Estão todos perdidos nas redes sociais. Não precisam sair de casa.
Também acho que substituiram o real pelo virtual infelizmente.
Sensacional. O Debussy via longe quando compôs 'A tarde de um fauno'.
Parabéns e boa noite
Ótimo Ruy! Juventude careta viciada em joguinhos de computador...
Tem razão, ninguém mais é notÃvago: são diurnais.
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