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Cristian Fabiano Guimaraes
A autora está correta. O modelo produtivista de fazer ciência tem arruinado o conhecimento e privilegiado um modelo de racionalidade hegemônico que pouco contribuí para enfrentar os problemas atuais da sociedade
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Renato Mezan
Isabelle está coberta de razão. Avaliações meramente quantitativas levam a distorções que têm consequências nefastas para os pesquisadores e para as instituições onde trabalham. Elas nascem (entre outros motivos) da insistênca em desprezar as especificidade das áreas do conhecimento, dos objetos de investigação, dos tempos necessários para levar a cabo projetos mais complexos etc. O "furor homgeneizandi" precisa ser contido, mas isso implicaria numa reorganização completa das instâncias avalia
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FRANCISCO Eduardo de CARVALHO VIOLA
Num país em que metade vota no Bozo, a filósofa poderia estar tranquila, não há o que desacelerar.
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FRANCISCO Eduardo de CARVALHO VIOLA
A sinergia ciência/capital sabe-se lá onde vai dar. Tem coisas negativas e positivas. O problema que as positivas , não são mais que obrigacoes nossas para com a mãe natureza. Já as negativas , vindo de nossa lavra , e já que somos conscientes , não deveriam ser produzidas com intensidade capaz de destruir o meio ambiente.
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Antonio Julio Menezes Neto
O Brasil criou um sistema de hierarquia de publicações (sistema Qualis) que em tese substituiria o "produtivismo". Ou seja, as publicações tem de ser feitas nestas publicações Qualis bem avaliadas. Por quem? Acabou criando uma casta de avaliadores e publicadores nestas "bem avaliadas" publicações. Tudo muito pouco transparente. A solução é deixar o pesquisar publicar livremente e o impacto social aparecerá. E acabar com as "bolsas de produtividade"
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MARCO AURELIO PINHEIRO LIMA
Não é apenas números de publicações (esse é o critério preguiçoso). Tem a qualidade da revista, fator de impacto das publicações e citações do trabalho (que mostra a liderança exercida dos autores). Substituir esse conjunto é complicado, pois só especialistas conseguem se aprofundar. Os árbitros de revistas são especialistas nos temas dos artigos e a aceitação dos artigos em boas revistas tem significado.
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Giovani Ferreira Vargas
Kkk
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José Cardoso
Concordo. Mas enquanto professor pesquisador de uma universidade for uma carreira, não acredito que o sistema mude grande coisa. A alternativa seria a pessoa ser remunerada por algum trabalho concreto, enquanto sua produção científica não seria remunerada. Por exemplo, o físico Leonard Susskind era na juventude encanador como o pai. Ele poderia continuar ganhando a vida trocando válvulas e eliminando vazamentos, enquanto nas horas vagas escreveria sobre buracos negros.
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Arnaldo Simal
O incentivo à produção científica seriada, que na minha opinião ocorre em detrimento da produção reflexiva e disruptiva, seria responsável pelo seguinte exemplo de desperdício de energia intelectual e recursos financeiros: o Brasil teve sua produção científica triplicada nas três últimas décadas mas desgraçadamente permanece com a posição inalterada quanto ao impacto da mesma. Pq "Bolsa de produtividade em pesquisa" do CNPq e não de "qualidade em pesquisa " ou simples/ Bolsa de pesquisa?
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benjamim picado
pergunto de 0,99 cents: quais são os juízes dessa "qualidade"? antes de responder, aqui vai outra: quais são os critérios desse juízo? em suma, quem põe o guizo nesse gato?
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Cecilia Gomes
Comprei esse livro recentemente para ler e é maravilhoso. Vários comentários feitos aqui, são questionamentos respondidos pela autora no livro dela. Durante muito tempo houve compartilhamento de informações científicas entre universidades e pesquisadores. Hoje em dia se tornou uma corrida por números e não por impacto e qualidade. É nesse ponto que ela critica o sistema hoje instalado de produção científica. Super recomendo a leitura do livro.
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Fabrício Schweitzer
Concordo. Desacelerar a ciência, como explanado pela filósofa, pode desacelerar estragos na vida. O planeta agradece.
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Norma Estefania
Os pesquisadores são avaliados pela produtividade e as verbas para pesquisa são atreladas à produtividade. Dessa forma, a ciência corre o risco de se tornar refém da lógica do capitalismo.
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Julio Louzada
Corre o risco? Ela está entregue a lógica capitalista já faz um bom tempo. Em alguns casos de uma forma completamente bizarra, como acontece no sistema de revisão por pares adotado pelas revistas. Revisamos de graça, para revistas que cobram fortunas de nós mesmos para publicarmos artigos, os quais entregamos os direitos autorais, para que essas revistas possam vender para os leitores, caríssimo.
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Daniel Cabral
Tá. Mas qual é a solução dela? Não há dinheiro ilimitado, logo não há vagas/oportunidades ilimitadas. Logo, é preciso basear escolhas exclusivas em algum critério. Qual é o critério dela? Tem duas pessoas, fulano e ciclano. Com qual critério você desempata as duas e por que esse critério é melhor que o critério de produtividade?
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Ana Maria Rocco
O número de citações depende do número de pesquisadores na área. Algumas áreas têm muito mais gente trabalhando e publicando, e os autores acabam tendo mais citações. Às vezes, pesquisas muito relevantes são feitas por número mais limitado de pesquisadores, portanto, apesar da importância, terão número menor de citação. A solução para avaliar a produção não é simples.
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Arnaldo Simal
Caro Daniel, a resposta à sua pergunta é: vence aquele (a) cujo produção científica for mais profunda, original e criativa, mesmo que um único trabalho. Nem precisa ser disruptiva... Por que? Veja o caso do Brasil que teve sua produção científica triplicada nas três últimas décadas mas desgraçadamente permanece com a posição inalterada quanto ao impacto dessa produção. Há uma diferença, nem tanto sutil, entre escrever artigos e produzir ciência disruptiva.
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Lucas Travassos
Bom dia Daniel. Um possível critério é o número de citações. Quando um trabalho atrai a atenção da comunidade ele tem mais citações. O número de citações deveria ser mais importante que o número de publicações.
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Daniel Cabral
Marcelo Magalhães. Ok, eu entendo. E também acho terrível esse sistema. Mas qual é a solução? Não me refiro a um ideal, à uma utopia. No mundo em que a gente vive, as condições que eu mencionei (dinheiro e oportunidades limitados) são as condições com as quais a gente tem que trabalhar. De novo, tem uma vaga, duas pessoas concorrendo. Como você escolhe uma delas e por que?
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Emanuel Mello
Rapaz, boa pergunta
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Marcelo Magalhães
Com toda cordialidade, Daniel, me pareceu que ela sugere que a ciência deveria sair desse ecossistema competitivo, que emula a selvageria capitalista, para ocupar um ambiente mais solidário. É exatamente nesse contexto que as verbas ganham força, transformando a produção científica em mero ativo financeiro, que tem que dar lucro a qualquer custo. A financeirização da vida tomou conta da civilização, ninguém sabe como se sai dessa espiral que consome tudo e prepara para a hecatombe final.
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