Vera Iaconelli > Psicanálise, psicodélicos e o vivente Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Potente, tocante e inquietante!
Néctar para os neurônios! Texto magnifico!
Não há algo que é problemático por si só. O problema é que cada um usa, à sua maneira, o que está à disposição. Drogas, psicanálise, o outro...
Que maravilha de artigo! Vera cada vez mais afiada.
As guerras que existem no mundo não têm necessariamente origem na coloração ideológica ou na confissão religiosa dos seus promotores e sim na ambição do homem. Apenas o fazem para pôr um verniz de moralidade nos seus atos. (continua)
(continuação) Não obstante Marx ter se apropriado do termo "burguês" com cunho pejorativo, ele mesmo um burguês. Nunca bateu um prego pra ninguém. Jamais foi proletário, termo caro ao jargão marxiano. Sempre foi sustentado por Engels, que tinha uma considerável fortuna como herdeiro de um rico industrial alemão (seu pai). (continua)
(continuação) Os cartões de visita que Marx imprimira para sua esposa diziam esplendidamente em perfeito francês, a lÃngua da aristocracia à época: "Mme Jenny Marx, née [nascida] Baronesse de Westphalen". E as "datchi" (datcha=casa de campo) na União Soviética somente para aqueles que eram fiéis ao Partido? Os Rolex que todos eles ostentavam. De Lenin a Fidel e "El Che", passando por Brejnev, Maozedong... Não é nem bom falar mais... Ah, Lula também tem um relojão. É a marca registrada.
A articulista, como muitos outros, voltaram a repisar o retorno às drogas, batizando-o de virada psicodélica. Chique, né? Só que a história demonstrou que drogas não dão certo. A maioria foi criada pelo exército americano, durante a WWII, com o fito de que os soldados suportassem a dureza e os traumas do conflito. Deu no que deu: os efeitos danosos foram piores que os benéficos.O mesmo se deu com a experiência comunista.A história é o melhor juiz. Napoleão e Hitler que o digam: o inverno russo.
Maravilhoso Vera. Obrigado
Quanta groselha. Não tem ideia de como funciona o mundo e quer tratar dos outros
Os comentários comprovam a tese da articulista.
O duro é ver os discursos dos capitalistas dizendo que é preciso acabar com a violência enquanto continuam a explorar seus semelhantes, além de não fazerem nada para acabar com a miséria.
Desconfio desta recente ênfase nos em psicodélicos, que pode ter bom uso, mas outros interesses também. Acho existe muito risco de que isto descambe para o uso comum e um forte enfraquecimento da sociedade como um todo. Vale ler como a China, pacÃfica e com um pib maior, foi dominada pelos ingleses com a guerra do ópio nos século19 quando a população estava entregue ao ópio dos ingleses. Os EUA já teve recentemente queda na expectativa de vida devido aos opioids.
Santa miscelânea de ismos sem pé bem cabeça e carregada de mantras ideológicos. Crise existencial? Carência terapêutica? Deprimida por fazer parte dos 2% mais ricos da população? Saia da psicanálise e leia Thomas Sowell e Walter Williams, vai ajudar a reequilibrar a perspectiva do mundo e a abandonar os chavões.
Rafael, sua capacidade de classificação é soberba. Sua professora primária deve estar orgulhosa. A missivista dando voz a narrativas, especialmente com a especialidade que tem, é risÃvel. Ou vive na torre de marfim, daà a burguesisse, ou é vÃtima da imbecilidade estrutural. Não é necessário desmerecer tal auto-imolação intelectual, já está implÃcito.
A velha falácia dos neoliberalóides criticando a classe social do terceiro como forma vil de deslegitimar sua luta (veja a classe a qual pertenceu Engels e pare de encher o s.).
Não só a psicanálise e a natureza, mas toda a raça humana se beneficiaria se o capitalismo se enforcasse e fosse enterrado debaixo de cal e cinzas.
A vitória costuma ser do mais endinheirado, que compra o poder por força e por manipulação de opinião. Só o coletivo pode nos salvar da sanha de alguns poucos que destroem o planeta e dividem a população para conquistar. O coletivo é o estado, formado por meio do voto, que mesmo com todos defeitos e manipulações, da bilionária e endinheirada grande mÃdia e ferramentas de internet, é a única forma de nos salvar do total controle do mais endinheirados, que em breve se tornarão trilionários.
O universo indÃgena não é nada idÃlico. Os ianomâmis eram canibais. Comiam carne humana ritualisticamente. Ãndios mentem, trapaceiam, enganam, fazem quase tudo que nós, ditos civilizados, fazemos. Prática milenar de todos os povos originários ao redor do planeta: guerrear contra as aldeias e tribos próximas, matar os seus guerreiros e comer seus miolos para absorver suas "virtudes" bélicas. (continua)
(continuação) Além de raptar suas fêmeas. Os revisionistas de plantão estão tentando, de todo modo, apagar vestÃgios e registros históricos dos costumes hediondos dos indÃgenas. Ledo engano, o bom selvagem de Rousseau. No Dicionário Yãnomamè-Português, de Loretta Emiri, consta todas palavras que eu citei acima. (continua)
(continuação) Se fazem parte do vocabulário deles é porque, entre eles, há os que praticam tais canalhices. A raça humana é uma só. Temos o mesmo DNA. Os progressistas tentam desconstruir a cosmogonia cristã, taxando-a de mito, quando Freud erigiu todo o corpo de doutrinas da psicanálise sobre mitos gregos. Agora, dão outra guinada à esquerda e fazem uma substituição pelos mitos indÃgenas como se fora o suprassumo da sabedoria. Pode? (continua)
(continuação) "Mutatis mutandis", cito Bakunin, famoso anarquista, contemporâneo de Marx, em sua leitura da natureza humana: "Trabalho é na fábrica. No Poder é poder e fará exatamente o que o poder faz. Quem conhece a natureza humana sabe disso. Se você pegar o mais ardente revolucionário, e investi-lo de poder absoluto, dentro de um ano ele seria pior que o próprio Czar."
Cara prof. Vera Iaconelli excelente texto sobre as virtudes destruidoras do capitalismo e sua ramificações, onde o atalho para a auto destruição está cada vez mais curto.
Não existe virtude destruidora, amigo. É uma contradição de termos.
Parabéns, Vera Iaconelli em sua melhor forma. Mas lisérgicos também foram usados como forma de controle e indução à violência, vide a história da FamÃlia Manson, logo após a proibição do LSD nos EUA. Enfim, continuemos a buscar algum exemplo humano positivo.
Que chato esse mundo, que teima em ser complicado: o capitalismo é controlador, segundo a colunista, mas quem tinha o Stasi (Ministério da Segurança do Estado da antiga Alemanha Oriental) era o socialismo real.
Que apedeutismo!
"Comunista! Comunista! Comunista! Que saco ter que sempre ler essa mer.da, com quaisquer palavras que sejam!
Gilberto, use café, não drogas. Leia história, pode decepcionar mas fará bem.
Temos um exemplo de alguém que usou psicodélicos fortes antes de escrever.
Davi, não sei se acompanho todo argumento da Vera mas no essencial acho ele provocador. Agora, a crÃtica dela ao capitalismo, esse moedor de carne humana, em nenhum momento do texto indica adesão ou elogio ao dito socialismo real que fracassou e naufragou nos anos 1980/1990.
David, não sei se acompanho todo o argumento da Vera mas o essencial dele acho provocador. Agora, em nenhum momento a crÃtica dela ao capitalismo, esse moedor de carne humana ( ou moinho satânico nos termos do antropólogo Karl Polany) tem como pressuposto a adesão e/ou elogio ao dito socialismo real do pós guerra que fracassou e desabou nos anos 1980/1990.
Texto muito provocativo por chamar a atenção para o nosso modo e tipo de vida que adotamos como sociedade. Assim como a psicanálise, acredito que temos muito a escutar dos povos tradicionais e do tipo de vida e existência que eles nos apontam como possibilidades de vida, de sensibilidade. A leitura me enriqueceu bastante!
Excelente. Lucidez verdadeira não conduz a batalhas.
Gostei das duas dicas de leitura de temática indÃgena. Mas não acredito que os psicodélicos sejam a panaceia para a tal "derrocada civilizatória". Antes fossem...
Eu estava na Flip, ouvindo um debate sobre esse livro, quando a psicanalista Maria Homem foi perguntada sobre até que ponto sua crença tinha uma visão 'ocidental', de que sonhos são eventos exclusivamente individuais (para os Yanomanis seriam algo coletivo). Saiu-se bem a meu ver, dizendo que o conceito de indivÃduo, no sentido de um eu que está no controle, não existe na mitologia freudiana.
Quando acreditamos que temos mais influência sobre algo do que realmente temos, podemos acabar escolhendo apenas estratégias fáceis para realizar algo, em vez de pensar bem e antecipar os problemas que podem surgir. Também pode levar-nos a depositar as nossas esperanças na superstição e no pensamento mágico, quando a realidade é que estas coisas não vão mudar a nossa situação. (2/2)
Esse fenômeno do (viés) ilusão de controle está enraizado na psicologia humana e decorre de um desejo natural de previsibilidade, estabilidade e um sentido de manipulação que as pessoas acreditam ter do seu ambiente.
O viés da ilusão de controle descreve como acreditamos que temos maior controle sobre os eventos do que realmente temos. Mesmo quando algo é uma questão de acaso, muitas vezes sentimos que somos capazes de influenciá-lo de alguma forma. (1/2)
As pessoas estão sempre competindo por uma posição imaginária e buscando formas de controlar, mas tal comportamento resulta de um viés cognitivo embutido na mente dos seres humanos que independe de qualquer ideologia ou doutrina.
Texto lindo que chama a atenção sobre o tanto que temos a aprender com a sabedoria dos povos indÃgenas que foi construÃda ao longo de milênios por um caminho diferente do trilhado pelos europeus. PoderÃamos hoje viver num mundo muito melhor se não fosse pela violência do colonialismo.
Pelo que se observa da história os nativos não tinham uma penca de filhos quando Cabral aqui chegou. O que esperar com 8 bi, grande parte sem bom preparo para a vida, a internet sendo aproveitada para travar a mente com conteúdos de baixa qualidade. A ansiedade moderna deriva da extrema ambição como o futuro foi construÃdo. A espécie humana não pode decair a nÃvel inferior aos animais que agem pelo impulso instintivo. DifÃcil intervir nas tendências danosas.
Muito bom artigo. Sousa-PB
Muito bom! Não, a psicanálise não pode continuar ao lado dos discursos colonizadores/opressores. Um possÃvel caminho é o decolonial. Talvez possamos descolonizar o desejo, as ideias, corpos e até mesmo os complexos. Não é razoável que ainda estejamos atrelados à invenções sociais anacrônicas, conservadoras e adoecedoras. Os sintomas apontam para uma falência, embora atuante, do pensamento colonial.
Brilhante artigo. Culuras, Civilizações e Psicanálise. O colonizador no divã
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Vera Iaconelli > Psicanálise, psicodélicos e o vivente Voltar
Comente este texto