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Eduardo Bildeberg
Paralelo na área médica: vários deles (tanto jovens quanto experimentados) até tremem de prazer ao entregar uma receita ilegível. É o mesmo tipo de atraso, daquele que imagina ter tanto mais importância quanto mais incompreensível for. Mas acho difícil alguem atentar para a questão e propor algo correlato ao proposto por Barroso. Pelo menos as impressoras e os computadores contribuem, e com o tempo essa questão desaparece.
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filipe moura lima
Que texto, esse do professor Conrado! Deveria ser lido na abertura do ano letivo em todas as escolas de direito.
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João Gabriel de Oliveira Fernandes
Sou todo a favor da mudança. Já cansei de ler peças com esse juridiquês criticado. Na grande maioria, o juridiquês vem acompanhado do mau uso de vírgulas; é vírgula até dizer chega, o que transmite a tal da insegurança linguística. Agora, devemos nos ater para não sacrificar o Direito no processo; não inventar "estupro culposo" porque se quer fazer entendido.
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José Cardoso
Outras profissões também abusam do jargão para afetar conhecimento (médicos por exemplo). Mas na área jurídica isso é um vício que merece estudo.
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Ana Carolina Motta
Pensei no mesmo exemplo enquanto lia.
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DEROCY GIACOMO CIRILLO SILVA
O Latim, se serve para o juridiquês, pode ser utilizado para expurgá-lo: o " modus in rebus " (jeito nas coisas) deve ser, também, o norte de qualquer manifestação que derive do intelecto .
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Diomar Bittencourt
Rolando Lero era advogado.
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Fernando Meirelles
Absolutamente na mosca! É ridículo mesmo, e esta linguagem não tem outro objetivo que não seja excluir o leigo sugerindo que ha uma técnica de argumentação a qual poucos tem acesso. Sugiro a segunda parte deste tema, que é a extensão das argumentações. Ha defesas que tomam 6 horas e poderiam tranquilamente levar 45 minutos com mais eficiência, um pouco o que acontece com filmes: é bom, mas poderia ser mais curto
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José Geraldo Pereira Baião
Em meu primeiro dia de trabalho (há mais de 30 anos) como revisor num tribunal superior aqui em Brasília, deparei-me com esta pérola num processo: "O que abunda não prejudica". Questionei meu superior se poderia alterar o trecho, ao que fui advertido com um "vai se acostumando, meu rapaz"...
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Marcos Benassi
Uai, Zé Geraldo, Prezado, se não perjudicou abunda, qual o pobrema? Há prejuízo ao fígaro, ao'zóio, ao'zovido e prováveis eticéteras; mas, coisa muito .oral, se não perjudicou abunda, uai... Deixa estar mêmo, fazer o quê? Hahahahah!
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Diego Rodrigues
Mais uma vez ótimo. 'Senso de ridículo não eh uma das virtudes da magistocracia' haha Adoraria ver a cara dos petulantes magistrados lendo esses artigos, será que xingam com as palavras 'pé-no-chão' ou vêm em latim? Acho que depende se tem alguém olhando.
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joão moreira
Me parece que o primeiro curso universitário criado no Brasil foi de direito. Depois eles se miltiplicaram igual baratas. Talvez se tivéssemos começado nossa saga acadêmica pela matematica, fisica, biologia, engenharia, etc não seríamos um país tão desigual.
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Carla C Oliveira
Muito bom! Se eles não perdessem tanto tempo tentando parecer eruditos, talvez a justiça andasse.
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Marcos Benassi
Eita, caríssimo, o jorná tava me parecendo, após dias de abstinência, tudo inguá, tipo tosse de velho com bronquite; salvou-o vossa mercê, tipo um Rhum Chreosotado do juridiquês mofado. Olha, confesso que gostei do "Augusto Sodalício", dado algumas de suas decisões serem mesmo uma Soda - ultimamente, merecidas, nas "Bundesver" gorpistas. "Codex Obreiro" também foi ótema: esse é o livrinho de "best practices" da Bozoléia na administração pública, o Guia pra Obrar no Ventilador? Nem percisava! Ha!
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Felipe Vasconcelos
Censura dessa Folha.
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Felipe Vasconcelos
Os exemplos do artigo são extremos. Há que se ter um equilíbrio, para se andar no melhor caminho. A língua portuguesa tem umas 370 mil palavras, mas só se pode utilizar umas 2000, caso contrário será "antidemocrático". Aí fica difícil.
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joão moreira
Data vênia, dotô?
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João Vergílio Gallerani Cuter
"Eine grosse Konfusion" é imortal! Se o Adoniran Barbosa estivesse vivo, poderia pegar o mote e fazer o Samba do Alemão. Was für eine Anta!
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Marcos Benassi
Óia, João, não é que eu queira tirar qualquer glória do Adoniran - inda mais que moro na cidade em que ele nasceu, e falêmo, os dois, esculhambol - mas em termos de Samba, melhor o Sérgio Porto (Stanislaw Ponte-Preta) e um Konfusion der Kriollum. Carnavá 2O24 na cabeça! Hahahahah!
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FLAVIO CALICHMAN
Em bom juridiquês, este artigo calha à fiveleta...
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Marcos Benassi
Uia, Flávio, essa eu deveria incorporar, pena que tô meio gahgáh: "calhar à fiveleta" me pareceu tuguês de boa estirpe, de sair em conversa de dois velhos Tugas bebendo numa praça. Fui pedir à Grã-Pitosisa Gúgol que me iluminasse e, Homessa!, não é que é mesmo juridiquês castiço? Calhou à fiveleta, meu caro, agradeço; se calhar, não esqueço. Tomara.
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JAQUES BRAND
1. A linguagem obscura, confusa e difícil de entender interessa a quem não tem razão. 2. Notar ainda que o artigo 6. do Código civil de 1916 presumia que todos pudessem compreender o direito, quando declarava que ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece. 3. No caso do Barroso, o problema é quando a Greta Garbo vence o Thomas Jefferson dentro dele.
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Marco A Moreira
Excelente artigo.
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José Felipe Ledur
Oportuna a crítica ao juridiquês pseudo-científico, utilizado pra engambelar os trouxas. Um senão à tradução de Bundesverfassungsgericht. Não se trata de "corte", palavra que a república alemã deixou pra trás. É Tribunal Constitucional Alemão. Por aqui, juristas de origem diversa também preferem usar "corte", quando na Constituição só se lê o termo Tribunal.
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Licia Aihara
Hilário de tão verdadeiro!
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Tadeu Humberto Scarparo Cunha
Caro prof. Conrado H.Mendes ótimo texto sobre um dos fatores que mais afasta o judiciário dos seus maiores clientes e beneficiários, o povo.
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Gaya Becker
Mais uma vez o prof. Conrado é muito feliz em abordar esse tema jurássico em termos de linguagem e clareza. Concordo em gênero, número e grau com a análise reta e direta, prof. Conrado.
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Fabrício Schweitzer
Em geral, a retórica do juridiquês, paradoxalmente barroca e muitas vezes vazia, tende a se distanciar de questões realmente pertinentes aos casos. Por fim, penso que a linguagem simples deve ser de cunho educativo.
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Fabrício Schweitzer
Isso para ficarmos apenas no vocabulário. Quando chega na sintaxe, a coisa é digna de hipérbato, anáfora, catáfora e longos períodos compostos por coordenação e subordinação. Uma Odisseia. Falando sério: a linguagem simples é mais que bem-vinda, é inclusão, cidadania e, portanto, democracia. Talvez essa simplificação da linguagem possa, sem perder a sua função e o seu objetivo, aproximar o texto jurídico da realidade.
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Marcos Benassi
Jesus da Goiabeira, Fabrício, que feiúra! Um hipérbato, lembra-me uma imensa dor, ou uma pancada forte ("levei um hipérbato na fuça ontem, compadre, que só vendo") Uma anáfora, condição extrema à qual chega uma hemorróida maltratada, mas ainda quieta dentro do corpo. E a catáfora, bem, ela infelizmente saiu pro ambiente, só resta catáfora! É um compêndio medicinal, isso! Hahahaha!
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