André Roncaglia > Histeria anti-indústria revela o atraso de economistas liberais Voltar
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Excelente análise!
Parabéns André. Excelente artigo!
Parabéns André, ótimo artigo, com boas referências mostrando a quem quer ver que o processo de melhoria de vida da população passa por ciência e tecnologia aplicadas à industria. Os paÃses desenvolvidos sempre ajudaram e continuam ajudando suas industrias, o nosso agro só é o que é pelo apoio que recebe do estado via tecnologia e subsÃdios. Nossa dependência de petróleo só aconteceu por pesquisa de ponta aplicada pela Petrobrás, novamente o estado ajudando. Quem não for cego pode ver.
Fim da Era Vargas, com a queda do Muro de Berlim e URSS, consequentemente 2ª guerra, quando tivemos eleições para Presidente, retornam as oligarquias tradicionais (Agro) em detrimento da burguesia industrial. Supressão do Estado de SP e a intensificação do totalitarismo.
Pior, afirmar ‘impacto fiscal ÃnfimoÂ’ é desconhecimento de contabilidade básica. O endividamento do BNDES - que pertence 100% à União - reflete sim no endividamento público, de acordo com os critérios do próprio FMI.
André Roncaglia em mais um momento terraplanista econômico, incapaz de aprender com a história e portanto, fadado a repeti-la. O que mais me assusta é que você dá aulas de economia - felizmente é apenas na UFABC, centro sem relevãncia.
A maioria dos neoliberalóides sabe de tudo isso, mas se travestem de pseudocientistas por dinheiro mesmo, mau-caratismo, são financiados pela elite q é, e sempre foi, serviçal dos imperialistas.
Já pensou em estudar um pouco antes de sair falando asneiras pela internet?
Eba, muito obrigada por fomentar um debate de classe, argumentos bem embasados e boa discussão, caro André. Aguardamos novos capÃtulos de diálogos que educam, profe camila.
André, tenha paciência e incorpore a função de educador ao seu currÃculo. Eduque(cito alguns) os analistas econômicos da Folha, da Faria Lima, e os do ultradireitistas assentados no Estadão. Também eduque os analistas da Globo dependurados na gangorra do morde e assopra. Dê uma aula de economia ao Gaspari que precisa atualizar, já, todo o repertório memorialÃstico. Seu arquivo não tem servido para iluminar e contribuir à escolha das melhores alternativas de solução as questões do presente.
...missões transversais...novos ecossistemas produtivos...alavancagem de novas atividades...inclusão produtiva e resiliência econômica. É só embromação de gente do ar condicionado, justificando seus altos salários e aposentadorias futuras. Enquanto distribuem nosso dinheiro a empresários selecionados em reuniões e coquetéis.
O final em farialimês me arrancou uma gostosa risada. Muito bom!
Impecável, como sempre!
"...revela o atraso de economistas liberais brasileiros; na sanha de perpetuar o atual modelo extrativo-agrofinanceiro, prendem-se a ideias obsoletas." Isso é bem posto: explicitar a contradição de modelos e interesses a serviço do colonialismo etc.
O articulista é pândego ou extremamente desinformado. Ele "desconhece" que as intervenções do estado na economia quase sempre fracassam. No Brasil isso é uma regra. Será que o articulista desconhece a famigerada lei de informática dos governos militares, os "campeões nacionais" do Lula, os recursivos fracassos das polÃticas de estÃmulo à indústria naval e antros de corrupção como o Complexo PetroquÃmico do Rio de Janeiro (Comperj) e a refinaria Abreu e Lima?
Tô achando que o pândego é vc...
Temos que arriscar e aperfeiçoar as polÃticas públicas, porque o mercado sem intervenção estatal fracassa sempre em trazer inovação e crescimento com inclusão social.
Lamento, mas acho que o senhor não entendeu o Plano. O Estado não está interferindo na Economia, mas apenas criando linhas de crédito para que empresas privadas apresentem projetos que possam tornar a indústria competitiva em custos e qualidade, e a Sociedade protegida de falta de insumos em pandemia, barreiras de desastres climáticos ou geopolÃticos. EUA, China e vários outros estão fazendo a mesma coisa.E o sucesso do nosso Agro é prova disso. Ou o senhor prefere consumir chiclete importado?
Este fundamentado artigo, muito bom, deveria ser lido e estudado pela cúpula da Folha responsável pelos editoriais, nos quais o jornal sistematicamente reprisa conceitos econômicos e sociais da era Reagan and Thatcher. Acorda,Folha.
Literalmente o agro envenenou os campos brasileiros, não é mais possivel beber água a muitos quilômetros das lavouras. Há um imenso capital público disponibilizado a esse setor: plano safra, universidades e institutos de pesquisas, empresas de fomentos e pesquisas, além de extensa elisão fiscal - tudo financiado pelo estado - é preciso medir esse custo benefÃcio social, pois o volume de emprego é bastante reduzido em proporção aos recursos públicos envolvidos.
Temos visto na impressa e de liberais, ha tempo, acredito para atender desejo da oligarquia econômica, crÃtica sistemática se não direta ao governo, o fazem no que vem do governo como forma de provocar o descrédito das polÃticas públicas. Foi o que fizeram com o bom e recente plano industrial. Fazer oposição com crÃticas construtivas são importantes e aceitáveis. O contrário provoca a revolta popular criando o ambiente propÃcio para o surgimento e ascensão de figuras reacionárias e extremistas.
Os nossos liberais são absolutamente mais restritivos do que os liberais "dos outros", caro André. E nosso agro, fominha e ogro: em represália ao avanço governamental rumo à industrialização, boicotam e buscam inviabilizar a conferência nacional de educação, instrumento essencial de discussão e planejamento para a próxima década. Até parece que plantam papoula e não soja: querem um paÃs narcotizado, com o ópio de seu atraso mental. Não há mindset, apenas buttset.
Na minha visão de leigo, não acho saudável o volume de recursos jorrado ao agro e baixÃssimo investimentos no desenvolvimento tecnológico.
O artigo é evidência de vida inteligente nesta Folha que não pensa. E prova de sua qualidade é o debate de alto nÃvel que provocou aqui na seção de comentários.
De fato, muitÃssimo melhor do que a média! Mas demos sorte, José: outros bons textos passaram batido. Esse, não só pegou na veia como também veio em momento preciso. Salve Roncaglia!
Minha amiga Paula, engenheira, super-inteligente, e ex-aluna, trabalha na Embraer construindo aviões brasileiros nas cadeias globais de valor. O Brasil quer construir navios novamente e evitar os equÃvocos das polÃticas públicas do passado. A BYD e a Tesla brigam pelo carro elétrico. O Brasil poderia criar a CEB (Carro Elétrico Brasileiro), e entrar em cadeias globais de valor com baterias de nióbio da companhia brasileira que explora esse minério e evitar a histeria anti-indústria brasileira.
Poi Zé, carÃssimo Vito, já acabamos com a Gurgel, em tempos mais obscuros. Agora, esse povinho quer que fiquemos imóveis, prantando soja e milho? Exportando bicho morto em pedaços? Ah, tenha dó.
Concordo com tudo o que você disse. Acrescento que, no quesito "Mobilidade Urbana" o assunto está restrito a carros, caminhões e ônibus elétricos. Discordo. Há que se ampliar o assunto rumo a superação se uma malha exclusiva das rodovias e avenidas para uma malha de trilhos tanto nas cidades quanto no transporte de passageiros interestadual. Se não superarmos isto continuaremos no atraso. Simples assim.
Que bom que estamos discutindo temas reais e nao coisas aburdas, como golden shower, boicote as vacinas, etc... ufaaaa... por pouco...
Nossa, já não era sem tempo mesmo. Que diferença...
Como leitor, deixo aqui minha sugestão para que a discussão avance. O André Roncaglia sinaliza que talvez haja mesmo problema na definição mais precisa de metas, incentivos e sanções (uma das principais crÃticas vindas do outro lado). Nós, que estamos assistindo ao jogo, precisamos saber que metas são essas, como elas estão definidas nesse plano e como deveriam ser definidas. Com algum detalhe, citando páginas do plano, dando alternativas. AÃ, teremos uma ideia mais clara do que está em jogo.
Muito bom, João VergÃlio! Concordo exatamente com você. Sem a objetividade de verdadeiros projetos, nada de bom acontece. Pois, o que acontecer, virá com defeito.
Excelente comentário, João.
Só não se pode dizer que é perfeito porque é humano ,mais é um plano perfeito , não onera o tesouro ,é um plano verde ,incentiva a indústria de tecnologia e muito mais ...mais aplausos para o governo !
Os liberais do Brasil não gostam de indústria, eles gostam é de juro alto, assim vivem de renda e não precisam trabalhar.
Não adianta, Roncaglia; os jornalistas da Folha, pau-mandados dos editores (historicamente sectários provincianos do rentismo), nunca quererão algum projeto de paÃs que implique desenvolvimento real. Eles acreditam mesmo na paralisia ante à s desigualdades e ao atraso social (contanto que eles, provincianos que são, se sintam a elite desse atraso, como bem disse Jessé Sousa) e na subserviência à s economias centrais. Eles são arrogantes bur ros, roncaglia.
O plano é bom, mas é tÃmido. Muito dinheiro pra renovação do parque industrial instalado (produtividade cresce) e pouco pra inovação e produção de soluções tecnológicas (o ITA no Ceará foi um golaço, mas caberia algo como uma embrapa da engenharia de inovação).
É desse tipo de argumento que o leitor precisa para formar opinião. Pena que pessoas como o Paulo Werner tenham um espaço tão curto para desenvolver seus pontos de vista.
Os tais liberais parecem querer interditar o debate ao invés de promove-lo tecendo crÃticas pertinentes e construtivas. Tem se limitado à cantilena de que o governo pretende repetir o que já deu errado. O próprio Vinicius Torres Freire, colunista crÃtico contumaz do governo petista, reconheceu que a reação não foi adequada e que a maioria dos crÃticos sequer leu o projeto apresentado. As crÃticas devem sim ser formuladas e discutidas, o que seria salutar, mas não é o que temos visto.
E salutar a opinião divergente do colunista, em relação à imprensa brasileira, que sob efeito manada, demonizou a iniciativa de incentivar a indústria nacional!! Causa me estranheza que os subsÃdios do Agronegócio não tenha sofrido a mesma crÃtica, que por óbvio, precisa de um tratamento especial! Enfim, o governo federal está trabalhando, e isso é positivo, em busca de um PIB maior, e se possÃvel, um déficit zero!
Antes, e mesmo nos tempos do autoritarismo/64, os livros de ensino básico e médio já constatavam o consenso de todos os economistas de que o desenvolvimento passa pela industrialização. Inclusive, a maioria destes ''liberais anacrônicos'' nasceram e cresceram estudando a evolução econômica brasileira, tendo até o lema de JK: 50 anos em 5. Devemos levar em conta de que há ideologia e muito lucro$$ com as 'ideias obsoletas' de quem aposta no atraso com o modelo 'extrativo-agrofinanceiro'...
O problema não é o plano. A teoria é perfeita e, sem dúvida alguma, louvável. O problema é a quem será dado esse aporte de incentivo e o que será efetivamente feito com isso. 'Os Campeões Nacionais' enriqueceram mais do que já eram, o retorno à nação simplesmente não ocorreu, e ficou por isso. A ver.
Caro José Padilha ! Li, duas vezes, a Ãntegra do texto. Há muitas margens abertas e nenhuma previsão de controles e estabelecimentos de exigências quanto à s efetividades almejadas. Alheio a isso, não tenho ingerência administrativa pública federal. Não me cabe sequer sugerir. E por fim, não é crÃvel, sob hipótese alguma, que o interesse polÃtico eleitoral foi afastado da dinâmica executiva do plano. Esse altruÃsmo ninguém deles tem. Respeito a sua fé, mas prezo pela minha razão.
Melhor ler o texto do projeto antes. Depois senta a lenha no que for anacrônico e comprovadamente ineficaz, apresentando também ideias sobre como aperfeiçoar os mecanismos de controle de metas e resultados. Afinal, quem não quer que o paÃs se reindustrialize? Fé cega na antiga globalização também não é anacrônico?
O autor do texto pontua bem. Assistimos a um debate que deveria ter ocorrido há 50 anos; não hoje, isto é Capital Produtivo x Capital Financeiro ou Especulativo. . Especialistas erraram todas suas projeções para o primeiro ano desse governo. Todas . O Brasil, exceção ao Agro se tornou uma nação de rentistas, importando chicletes. Universidades e Senai formam motoristas de aplicativos.
Parabéns pela análise equilibrada, coisa que o fundamentalismo de mercado à M. Friedman ou F. Hayek não pode alcançar, e o oportunismo barato de nossa elite econômica não quer. A questão das metas e contrapartidas precisas para os incentivos, bem como métodos transparentes de prestação de contas como os já usados por agências de fomento nacional à pesquisa, são cruciais, e devem estar à frente e ao centro desse plano.
Faltam projetos de médio e longo prazo. Falta explicar e criar soluções para Educação, formação e qualificação profissional a partir de projetos de médio e longo prazo. O problema é que a classe polÃtica não muda e não quer que o brasileiro conquiste seu papel de cidadão pleno. Se conquistar será um cidadão crÃtico e mais exigente e capaz de se mobilizar contra a mediocridade que reina por décadas. Pareceu simples na matéria mas os problemas estruturais merecem uma abordagem mais completa.
Bom texto. Verdade. Gente atrasada não vê a indústria porque não quer ou porque trabalha para gente que não produz. O financismo não enche barriga. Ninguém come 'papéis'.
Ótimo texto. Quem sabe os colunistas, que aqui representam os interesses rentistas, se disponham a ler.
Por que não investem em plataformas cÃclicas e de base ambinéstrica?
Uau, enfim um texto inteligente e argumentado sobre o tema, o q já me parecia impossÃvel ocorrer na Folha. Quase todos os textos no jornal são do tipo "Ai q meda, não deu certo antes!" ou "Esse bando de imbe... Nunca aprende? ". O texto mais inteligente publicado antes deste artigo dizia "Não funciona, não funciona, não funciona. Se funcionar, eu não brinco mais!" . Bom, quem sabe a partir deste artigo comecemos um debate sério sobre polÃticas industriais.
A propósito, o suposto artigo q dizia "Não funciona, não funciona etc" se refere alegóricamente ao obtuso editorial da Folha intitulado "PolÃtica da Industria". Suspeito q o termo "histeria" usado por Roncaglia neste artigo tenha sido inspirado naquele "brilhante" texto. Se aquilo é o q a Folha pensa, então não pensa!
Sobre a gritaria de economistas e jornalistas, ambos amestrados pela canga do financismo rentista, contra o plano de incentivo à indústria, parafraseio Nélson Rodrigues: os idiotas pensam que vão dominar o mundo, pois são muitos!
Faltam projetos de médio e longo prazo. Falta explicar e criar soluções para Educação, formação e qualificação profissional a partir de projetos de médio e longo prazo. O problema é que a classe polÃtica não muda e não quer que o brasileiro conquiste seu papel de cidadão pleno. Se conquistar será um cidadão crÃtico e mais exigente e capaz de se mobilizar contra a mediocridade que reina por décadas. Pateceu simples na matéria mas os problemas estruturais merecem uma abordagem mais completa.
Qdo Jucelino incentivou a industria aitomobilistica nacional, as crÃticas eram.as mesmas: não temos recursos humanos suficientemente desenvolvidos, sequer temos estradas para automóveis etc O desenvolvimento industrial alavancou todas as estruturas subjacentes.
André Roncaglia é uma lufada de clarividência num jornal coalhado por colunistas submersos no mofo da mediocridade.
Midia Brasileira condicinou leitores a acreditar que projetos do governo, sao sinomino de gastanca e corrupcao. Persuadidos por colunistas financistas, muitos aqui se posicionam contra o estimulo crescimento ao crescimento da industria Brasileira, considerando um escandalo investir em capacidade tecnologica e industrial. Nosso melhor produto eh nosso povo. Ou investimos em nos agora, ou o Brasil jamais deixara de ser mero exportador de materias primas, membro eterno do 3o mundo.
Perdão, ali o correto seria: "...difÃcil encerrá-las como acontece aqui, ao contrário de paÃses avançados".
O economista Paulo Gala deixa bem claro os casos de sucesso e de fracasso de polÃticas industriais e seus detalhes. Eu não concordo muito com o ponto de vista dele em alguns campo da economia, mas ele é um excelente economista que explica muito bem em seu site sobre esse assunto.
DionÃsio. Não há nenhum problemas em fazer polÃtica industrial, mas foi o que eu disse ali no comentário em que direciono a você, logo abaixo. A Coreia do Sul foi excelente caso de sucesso desta polÃtica mas soube fazê-la muito bem conforme disse logo abaixo. O problema do nosso paÃs é que não fazemos polÃticas públicas eficazes com base em evidências, como a polÃtica industrial, e se não der certo é difÃcil encerrá-las como acontece em paÃses avançados.
“Eles ficam presos a ideias obsoletas na sanha de perpetuar o atual modelo extrativo-agrofinanceiro”. Taqueopareu, disse tudo!
Todas as iniciativas progressistas são rechaçadas rapidamente pela mÃdia corporativa, com alegações superficiais e insistindo que se trata de reedição de algum programa que deu errado. Não aceitam definitivamente que o governo já entrou em aceleração e dificilmente será contido. Os liberais tiveram a sua oportunidade, mas o resultado foi o pior possÃvel, com a exacerbação da chaga do século XXI, que são as desigualdades. Assim, podem espernear que o Brasil progride a passos largos.
O problema não é fazer polÃtica industrial, e sim como fazê-la de tal modo a estudar e analisar tecnicamente a viabilidade desta polÃtica: qual pode ser seu impacto na sociedade, bom ou ruim ?, isso pode tirar empregos de setores mais produtivos ? quais são as metas e exigências (que o próprio colunista mencionou no último parágrafo) para este setor seguir ? Quais são os casos de sucesso ? podemos copiá-lo ? é viável esse modelo de sucesso no Brasil ?
Há um certo preconceito em achar que o nosso Agro é algo rudimentar e ultrapassado sendo que não é verdade. O Agro é o setor mais inovador e produtivo do paÃs, cuja produtividade cresce a cada ano e a inovação no campo com tratamento eficiente de solo e cultivos mais adaptados aliado à s tecnologias voltadas para o setor. A agroindústria, provindas de cooperativas do Agro, agrega muito valor ao que vem do campo. Vejo que o pessoal aqui não leva isso em consideração antes de dizerem mentiras.
Uma tonelada de soja eh vendida no mercado internacional por cerca de U$ trezentos e cinquenta. Medtronic vende uma caixa com dez sensores de diabetes, pesando duzentas gramas, também por U$ trezentos e cinquenta. Será que agora da para entender?
População da Nova Zelândia cinco milhões e duzentos mil habitantes. População do Brasil, duzentos e vinte milhões. VinÃcius tenta comparar bananas com tratores. Muito fácil uma população pequena ser sustentada pela agro. ImpossÃvel uma população enorme também o ser. VinÃcius vc não tem mais argumentos.
Esse debate com o VinÃcius é crucial para que o leitor consiga formar uma posição. O que nós, leitores comuns, não sabemos e gostarÃamos de saber é: (1) Empresas que tomam dinheiro do BNDES não se comprometem com meta alguma, ou as metas são vagas, inadequadas, etc.? (2) Há um sistema operante, efetivo de fiscalização? Há sanções? Deve haver? De que tipo? (3) Como funcionou o sistema na Coreia, em Taiwan, etc.? Como era a fiscalização?
A literatura econômica dos anos 90 para cá mostra que não há nenhuma evidência de que o desenvolvimento econômico dos paÃses depende de um setor especÃfico, mas sim da qualidade das instituições do paÃs e dos ganhos de produtividade da economia, não importando qual setor for. Todos os setores podem ser produtivo e contribuir imensamente para o desenvolvimento, não só a indústria.
Os dados são da Trade Economics sobre as exportações da Nova Zelândia. Segundo reportado pelo economista Edmar Bacha e outros, no livro "Para não esquecer", Noruega, Nova Zelândia e Austrália se desenvolveram exportando em sua grande maioria commodities. Até hoje a maior parte das exportações da Austrália e Noruega são commodities, em especial, combustÃveis fósseis: carvão e petróleo, mas há outros bem relevantes.
Esperamos que sim, Dagmar: sobre a metas e exigência do governo sobre a indústria beneficiada com o NIB. Sobre um paÃs cuja maioria das exportações são produtos processados da agroindústria, a Nova Zelândia se destaca nisso: suas exportações são 24% referente a esses produtos, somando outros que fazem parte da categoria de commodities, o percentual vai para mais de 30% das exportações.
Não são mentiras. Cite um paÃs de primeiro mundo que tenha como locomotiva apenas a agroindústria? O plano foi inaugurado apenas em suas linhas gerais, sendo alertado que as metas e outras exigencias seriam estabelecidas em seguida. O autor aponta corretamente as crÃticas histéricas, apenas ideológicas e polÃticas, ao programa
Não vamos desprezar o agro, porém este, além de não agregar valor, tem baixa uso de mão de obra, sem emprego não há salário, compras, comércio, economia não roda
Vinicius, em tese, medir a produtividade das empresas beneficiadas nao eh dificil. Basta comparar se qualidade aumentou, vendas cresceram, custos cairam, mao de obra qualificada foi contratada, etc. Por outro lado, acredito que o maior problema sera evitar que espertalhoes, tipo aqueles que saquearam as Americanas, recebam incentivos, mas por debaixo dos panos, maquiem os resultados e no final do processo fiquem extremamante ricos, mas jogando uma empresa falida no colo da sociedade.
De fato, DionÃsio. Mas há metas que a indústria deve cumprir para continuar recebendo os benefÃcios, como aumentar exportação e ter ganhos de produtividade ? No projeto da NIB fala que a indústria ganhará espaço na exportação com a medida, mas não fala quais são as metas exigidas e como farão para saber se elas ficarão mais produtivas, não há nenhuma fiscalização em cima disso. Na Coreia do Sul houve essas fiscalizações para saber se a indústria merece continuar com os benefÃcios.
Colunista em momento algum disse que o agro eh rudimentar ou utrapassado. Disse apenas que o grosso das exportacoes Brasileiras constitui-se de produtos primarios, o que concordo, nao eh posicao honroza. Produtos primarios tem baixo valor agregado. Para comprar-se uma colhedeira agricola, eh preciso vender mais de mil toneladas de soja. Para aumentar produtividade do pais e fazer economia crescer, eh necessario investimento grosso em industria e tecnologia. Pacote industrial parece promover isso
Não sou liberal (porque não posso me dar ao luxo de sê-lo), mas não é porque outros planos industriais deram errado 158 vezes que agora não dará certo. A histeria pode ser a compulsão por subsÃdios (como se fossem poucos: R$ 460 bilhões por ano), para fazermos o que sempre fizemos e nunca gerou resultados no PIB, nos Ãndices de produtividade per capta e na competitividade da indústria nacional no mercado externo; perdemos a chance de fazer melhor e diferente; apenas isso.
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