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João Vergílio Gallerani Cuter
A sombra da Lava Jato paira sobre algumas dessas discussões. Indústria naval é um caso típico. Parece que muitas construtoras atingidas eram sócias dos principais estaleiros, e as encomendas da Petrobrás (principal frequesa) despencaram. Durante dez anos, o programa foi um sucesso. A Folha fez uma série bacana sobre isso. Tem que discutir isso com calma, sem usar os anos Dilma-Cunha-Temer como evidência. Nada ali foi normal. Alguém sabe, hoje, precificar a Lava Jato? Eu acho que não.
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João Vergílio Gallerani Cuter
Uma questão interessante, Carlos, é pensar se é interessante a Petrobrás comprar navios brasileiros ao invés de alugar navios estrangeiros para que nossa indústria naval ganhe escala. A Petrobrás deve levar em conta apenas o lucro? Ou o Governo, maior acionista, deve levar em conta o papel estratégico da empresa? O Governo é um acionista como qualquer outro? Talvez. Mas não tem mate em três no tabuleiro. Eleitores, como eu, querem assistir ao debate. O modelo deu certo por dez anos. Não é pouco.
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João Vergílio Gallerani Cuter
Esse tom não ajuda nada, Carlos. Aos poucos, teremos que ir refazendo a teia do diálogo político, e não é fácil. Vamos partir do pressuposto de que nem eu nem você aprovamos a corrupção, que ela não tem partido fixo, que é preciso combatê-la e que talvez melhor modo de fazer isso não seja quebrando as maiores empresas brasileiras num surto de ativismo judiciário que está longe de acabar. Não vamos misturar isso ao debate sobre o papel do Estado na indução do desenvolvimento, que é crucial.
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Carlos Figueiredo
Realmente, melhor ter deixado eles roubando. Ah, desculpe, esqueci que não roubaram, só devolveram sei lá quantos bi de dólares pois são bonzinhos, amam a petrodólares. Mas fique tranquilo, já estão desdevolvendo. E estava esquecendo, a indústria naval brasileira, historicamente, sempre foi muito eficaz par enriquecer o país, nunca precisou se subsídios como ps citado pelo articulista acima. Vivemos no país daa maravilhas.
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Milton Cohen
Cirúrgico, como quase sempre. Sobre a política industrial: PT falhou em prover saneamento básico para o país - BNDES estava ocupado dando dinheiro com juros reais negativos para açougueiros - mas quer que fabriquemos microchips. É cada uma
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JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO
Hoje concordo com VTF. O governo parece já ter esquecido que o próprio Fernando Haddad denunciou a farra dos subsídios, que beiram os R$ 500 bi. Por que vamos insistir nisso? A FIESP bozoloide merece? Que se pretenda implantar um projeto de reindustrialização é mais do que defensável mas sem controles, estudos, fiscalização e até punição para quem descumprir as regras e metas não dá! Compromissos dos beneficiários tem que haver, inaceitável que não sejam cobrados por resultados.
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