Bernardo Guimarães > Novo plano para a indústria é ruim, sim Voltar
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'...por que o setor privado não faz os investimentos necessários apesar dos altos retornos ao investimento?' A resposta em geral é: porque há muitas incertezas envolvidas, e não quero colocar meu rico dinheirinho nessa fria. Um exemplo é a fabricação de submarinos nucleares. Se bem sucedido, choverão clientes querendo comprá-los a alto preço, mas e se der chabu e a coisa ficar patinando por décadas (como parece estar acontecendo)?
Isso é justamente o bônus das sociedades liberais, José: sujeito é livre pra arriscar seu dindin e ganhar os tubos de dinheiro. Mas pode perdê-lo - o tal do ônus. A incerteza é amiga do ricaço; os ricaços DumBões é que fogem da amizade desta Senhora tão simpática...
Sempre é este o argumento dos (neo)Liberais desde Adam Smith. Focar os esforços produtivos no que a paÃs mais se destaca no mercado internacional e nada mais. Aà vem uma pandemia, uma guerra da Ucrãnia, então ficamos lamentando a falta de indústria para máscaras e fertilizantes... Esse povo parece que não aprende nada mesmo. È só ideologia.
Quais polÃticas econômicas deveriam ter impacto de planos no Brasil? Porque atualmente somos o paÃs do agro. Mas o agro emprega a maior parte de nossa população? Leva comida para todas as nossas mesas a preços bons? Eu penso que não. Seremos o paÃs dos trabalhadores de aplicativo e dos desempregados onde a maioria vive de salário mÃnimo? Eu penso que precisamos de um plano de desenvolvimento, não?
Bom era o Teto de gastos. Já tentaram exportar a ideia? A dÃvida americana cairia rapidinho. Veja se não se interessam? Chineses tbm poderiam aplicar essa maravilha q vcs criaram. Será que ninguém está interessado em congelar investimentos (corrigir pela inflação kkkk) pelos próximos 20 anos? Nossos gênios incompreendidos
Que coisa, não? Conhece algum programa de fomento à indústria que não fora elaborado em parceria com representantes das indústrias? Imaginem Biden lançando 1 tri de doletas pra financiar engenharia verde sem a participação dos empresários do setor! Fomento é seleção estratégia, por definição. Fomento industrial frustrado exige correção de estratégias (ninguém acertou de primeira), não o fim da polÃtica de investimento.
Investir em turismo porque o Brasil "és belo" em sua natureza? Turismo não gera valor agregado que impulsiona mão de obra qualificada e consequentemente mais bem paga, não precisa ser economista pra enxergar essa obviedade. O plano industrial para substituir importações de medicamentos, estimular pesquisa e desenvolvimento na área de semicondutores e "plasma" além da indústria de defesa nacional, incentivo fiscal a indústria quÃmica dentre outros, ninguém faz melhor desde JK.
Italia vive abarrotada de turistas todos os anos. No entanto, tambem se encontra numa espiral de decadencia economica que parece nao ter fim. Recursos arrecadados pelo turismo ficam em poucas maos. Nao ativa outros setores da economia, do jeito que a industria faz.
Como eu sempre digo: economia não deveria ser ciência, e sim, opinião.
Todos os artigos de economistas que li até agora criticando o plano, não estavam nem um pouco preocupados com o seu sucesso ou Fracasso, mas tão somente em defender uma teoria acadêmica: liberalismo é melhor que protecionismo. Esses estudos de avaliação de impacto sem interferência dos benefÃciados é uma prova disso. Quando o Brasil implantou o sistema de cotas nas universidades e também passou a valorizar a equidade os crÃticos usavam argumentos semelhantes.
Economista que critica só dão opinião, depois de dez anos vão levar mais dez pra explicar o porquê estavam errados (ou certos) em suas crÃticas, não passa disso, polÃtica industrial dentre outros programas é pragmatismo, não é "economicismo". O Brasil não precisa de economistas, precisa de lideres e estadistas que tragam desenvolvimento pro paÃs.
Deve ser mais um economista picareta Bolsonarista ,apontou de forma subjetiva pontos os falhos ,e não apontou "há suposta forma certa" de um plano para indústria ?
Bernardo, Bernardo, você, como Liberal, sempre vai achar qualquer polÃtica industrial ruim, não é? Arrasta uma palhinha para aquelas voltadas para setores exportadores, mas é contra. No entanto, a maioria dos paises que fez polÃtica industrial está no primeiro mundo, paÃses que adotam seu liberalismo não estão. Aliás, que paÃses adotam seu liberalismo mesmo? Ah, o Milei vai fazê-lo...
Leio pouco suas as colunas Bernardo, mas achei pertinente a "provocação" colocada nesta sobre o Plano Nacional da Indústria, citando alguns motivos de alguns setores da economia (Naval principalmente) terem sido escolhidos em relação a outros possivelmente com maior impacto e representativa na economia e imagem do paÃs. (Futebol e Turismo). Boa!
Tá de saca ? Q tal bun das ? É pacabá
Midia faz lobby pesado para que o Brasil continue eternamente como exportador de materias primas in natura. Enquanto o agro vende uma tonelada de soja por U$ trezentos, multinacionais da bio-engenharia vendem uma caixa de sensores para diabetes, pesando duzentas gramas, tambem por U$ trezentos dolares. Mesmo que o Brasil fosse coberto com plantacoes de soja e tudo fosse exportado, isso representaria apenas vinte cinco% do PIB. Sera que a midia nao entende isso?
Pensei que fosse ler uma analise da politica industrial, mas o que li foi uma desculpa para nao se fazer nada. Gostaria de saber que paises sao esses que implementam politica industrial, sem beneficio para sua sociedade? Seria o Japao, a China, Os EUA, Alemanha? Ate onde se pode ver, paises que citei incentivaram suas industrias e tem e tiveram bastante retorno para sua sociedade. Mexico eh o caso mais recente. Paises que desinvestiram em industria rumam para o caos, vide Inglaterra, Argentina.
Enquanto a Alemanha e o Japão se industrializavam e cresciam desenfreadamente nos anos sessenta e setenta, o Reino Unido (incluindo a Inglaterra) estavam falidos, se desindustrializavam e rumaram para o neoliberalismo. Salvou a economia? Salvou! Mas a Inglaterra nunca mais conheceu a riqueza e a equidade social que a Alemanha pode dar a seus cidadãos em décadas seguintes a ponto de convencer uma reunificação e hoje uma das maiores potências mundiais.
Seus textos são fundamentais, Bernardo. Põem o debate em movimento, atacam as questões difÃceis, saem da zona de conforto. Não me convencem (torço para outro time), mas me forçam a pensar melhor. Sou da turma do Ciro Gomes, do Yanis Varoufakis. Mas o Yanis não escreve em português e o Ciro parou de pensar. (Não ter levado esse cara a sério é uma tragédia nacional. Mas ele mesmo não se leva mais a sério, então fica difÃcil.) Deve ser uma delÃcia ler um artigo assim concordando com ele!
Eu fico abismado como esses analistas não analisam e não leem. Ele diz "dizem do sucesso dos paÃses asiáticos, com indústrias voltadas para exportação" Primeiro que não é voltada pra exportação apenas, mas vamos supor que seja, e por que não seria bom pro Brasil? Não é dito. Depois daà vem exemplos absurdos, que desconsideram o projeto, que pretende, ao contrário, adensar os circuitos industrais existentes.
Não sei se você sabe mas Cingapura enriqueceu e desenvolvei sabe como? Só montando equipamentos industriais. Outros Tigres Asiáticos produziam e exportavam as peças para Cingapura e lá montavam. Isso foi planejado, incentivado pelo governo, tantos paÃses poderiam fazer o mesmo serviço mas Cingapura escolheu começar a sua industrialização dessa forma para depois avançar em outros campos, incentivo do governo, não tinha "lobby" para isso.
Mas o Bolso roubou um relógio, então o plano é bom.
Ah, sim, agora eu vi uma crÃtica que se sustenta sem o recurso à ignorância alheia. Grato, Grão-Explicador, pela Graça concedida. A ausência de especificação em determinados aspectos, como prazos ou metas especÃficas, eu havia achado plausÃvel, mas insuficiente pro tamanho do rebordéu. Não é o caso de seu último argumento: feito com quem e para quem, tal plano? Mesmo as externalidades positivas, atingem quais cadeias produtivas? Grato, Bernardo, pelas boas considerações.
Eu só queria que houvesse gente assim do outro lado...
Não há nada de novidade nesse plano. Só polÃtica, interesses e benesses. Quem precisa de apoio não são os grandes. São os pequenos. A pequena indústria da esquina da minha casa. São as regiões industriais do paÃs e as que precisam ser. Mas com os pequenos. Antes de naval, prefiro que os móveis, as panelas, as vassouras, os produtos de higiene e beleza, entre outros, venham daqui da pequena industria. E saiam do monopólio das grandes e internacionais indústrias.
O argumento do colunista, basicamente, é de q o plano é ruim, sim. "Ruim, sim" pode ser considerado argumento?
Será?
Esse plano é mais do mesmo. Essa regra de conteúdo nacional impede que as indústrias daqui importem insumos mais eficiente de paÃses que sabem fazer melhor. A Embraer, que mostrou seu imenso sucesso após ser privatizada, importa boa parte de seus insumos de outros paÃses e é bem inserida no comércio global, competindo com players externo fortemente. O Agro, com ajuda da Embrapa, hoje é um imenso sucesso e sempre foi inserida no mercado externo e é a menos subsidiada do mundo.
Appelbaum lembra que, quase na mesma época, engenheiros taiwaneses e brasileiros visitaram a RCA. Da visita, os primeiros tiraram sua indústria de semicondutores e nós, nada!(na verdade, o que tiramos foi a Lei de Informática, que fechou o mercado brasileiro de computadores durante anos para meia duzia de fabricantes).
Não me oponho a polÃticas industriais. No seu " A hora dos economistas", Binyamin Appelbaum demonstrou como Taiwan foi feliz na concepção e execução da sua. O nosso problema é que nossas polÃticas industriais são apenas formas de cooptação polÃtica da indústria por parte dos governos. O subsÃdio é um fim em si mesmo.
Se a gente escreve do exterior, só vai ver o comentário no dia seguinte. AÃ, quando sai, logo abaixo, vêm vinte comentários curtos, dignos de bêbado em birosca, dizendo as piores barbaridades, vomitando interjeições. Não dá para entrar pisando duro na sala do(a) responsável e lhe dizer umas boas, não? Ou acabar com essa geringonça de uma vez. Que se escreva "censurado" em cima e se dê acesso com link, para expor a anta ao escárnio. Pelourinho virtual!
Muito obrigado, Marcos, pela dica. é realmente chato esse sistema fiscalizador da fsp
VinÃcius prezado, é mesmo um saco essa sençura, inda mais quando se vê que você é dos que quer de fato debater. Minhas sugestões: evite que a presença de números, como seu1,3% seja motivo de bloqueios - bote o algarismo colado999 n'algum caractere alfabético, aà passa. Outra: acrônimos, que diz-se natural serem escritos em maiúsculas (mesmo conhecidos, como Ocde), não podem sê-lo aqui nos comentários. Nem Ibge, por absurdo que pareça. E vamos surfando em meio à loucura sençurofrênica. Bom debat
Esse sistema da FSP que quer fiscalizar o comentário antes de postá-lo é muito chato. A gente não fala nada de errado ou preconceituoso e eles demoram para publicá-lo.
Reyson. Esses subsÃdios vieram caindo desde os anos 90, enquanto que para a indústria veio aumentando, principalmente os subsÃdios tributários. Hoje apenas 1,3% do volume produzido pelo Agro é subsidiado com recursos públicos (crédito e financeiros) contra 20% na UE e 11% nos EUA, as informações são da OCDE. Há muita informação na internet, é só pesquisar, as de fontes confiáveis, é claro.
Artur. O Agro é o menos subsidiado com recursos público, via crédito e financeiro (que saà do orçamento da União). Desde a década de 90 os subsÃdios veio caindo e hoje são meros 1,3% do valor total do volume produzido, de acordo com a OCDE, contra 20% na UE e 11% nos EUA. É só pesquisar na internet e no site da OCDE. Sim, o Agro recebe subsÃdios tributários, assim como a indústria, o que sou contra para ambos.
Oi? O Agro é um dos que mais recebem subsÃdios e créditos do governo.
Que mentira, Freire...Veja o qto de imposto o agro paga e veja qto recebe de subsÃdio. Tá viajando....
De 2003 a 2010, segundo Velloso, a produtividade do trabalho da indústria cresceu 0,5% ao ano, uma completa estagnação em um perÃodo que houve essas mesma polÃticas de subsÃdios à indústria. Ficou claro que o crescimento deste setor no perÃodo não era nada sustentável a longo-prazo e a produção industrial despencou nos anos seguinte.
Nem você avisando, Bernardo, o pessoal aqui não dá ouvidos. Há evidências empÃricas de que o livre comércio é bom para o desenvolvimento econômico. O caso da Coreia do Sul, sim, fez polÃtica industrial, mas bem feita e voltada para a exportação, diferente do Brasil. Há evidências em Bacha e outros ("Para não esquecer") e no Our World in data de que a Coreia do Sul veio se abrindo desde 1960 ao comércio global e aumentando as suas importações de outros paÃses.
Perdão, desde os ano de 1960, conforme diz as literaturas mencionada no meu comentário principal acima.
A coreia se beneficiou muito da abertura desde os ano 90, o que fez com que as indústrias do paÃs pudessem ter acesso ao que de melhor se faz lá fora como bens de capital e equipamentos mais eficientes, como é o caso da Embraer que importa muitos insumos lá de fora como os motores do avião e se concentra no que faz de melhor: criar o design da aeronave e montar o avião (o design interno é feito nos EUA). E o resto da indústria aqui sendo obrigada a comprar insumos local (regra conteúdo nacional)
Dado o que eu disse abaixo, poderÃamos ter mais sucesso se fossemos mais rigorosos com essa polÃtica no passado: metas claras, como de exportação e ganhos de produtividade e avaliação de impacto, por exemplo (fonte das crÃticas), como foi na coreia e em taiwan. O tempo passou e ainda temos uma indústria que infelizmente depende muito do estado para sobreviver, atrasando a nossa integração ao comércio global devido aos lobbys do setor para não tirar seus subsÃdios e proteções.
Ricardo. Dado que não é a primeira vez que fazemos polÃtica industrial, eu te pergunto: porquê nas polÃticas industriais anteriores, até as mais recentes dos anos 2000, não verificamos as melhores práticas que deram certo como na coreia e taiwan ? porque não estudamos antes os detalhes destes casos de sucesso para ver o que eles fizeram para dar certo ? perdemos muito tempo e recursos por causa desta ausência de estudos e avaliação rigorosa para implementar essas politicas com mais eficiência.
Seu argumento básico é de q sul-coreanos obtiveram grande sucesso econômico e tecnológico com subsÃdios e protecionismo, pq são capazes de fazer as coisas bem feitas, mas no Brasil não funciona pq somos incompetentes. Soa como o complexo de vira-latas de q falava Nelson Rodrigues.
O q um emprego não faz
PolÃtica industrial: isentar todas as empresas do pagamento de tributos, salários e matéria-prima. Tributar, pagar salários e matéria-prima nos moldes da CPMF e sobre o consumo anual da PF. Aumentando a demanda e diminuindo em 80% os preços
Diminuindo os preços em 80 %! Que cálculos difÃceis você deve ter feito pra chegar a esses números! Delirar é bem mais fácil do que estudar!
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