Opinião > O racismo ambiental, infelizmente, existe Voltar
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Enquanto o campo "progressista" vai-se fragmentando cada vez mais, com pautas e micropautas, a direita segue lépida e faceira e a estrutura, inabalada. Parece que esses posicionamentos sejam fruto de engenharia social, engendrada na superestrutura, para manter o seu poder. Leiam o artigo do professor Wilson Gomes "Para os brasileiros pobres, continua um bom negócio votar na esquerda? "
Em uma seção Tendências-Debates, o formato parece estar sendo ultrapassado. Lá no prof. Wilson pegou fogo. O mesmo assunto e dezenas de manifestações, acaloradas. É que ele vem insistindo nesse assunto, 'quer' conversar. Lá há debate sobre esta tendência... Neste texto um trecho explique a diferença de appeal - "nós seguiremos reafirmando que, enquanto..." Quem segue reafirmando é alguém difÃcil de conversar, trocar idéias, debater...
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Ainda analisando o setor Tendências-Debates, achei muito bom, por exemplo, o texto do Luciano. São três parágrafos, bem organizados, numerados. Houve trabalho ali, ele quer debater em alto nÃvel. Quem sabe neste setor inove-se com um formato mais amigável para estes comentários. Estou certo de que traria appeal...
Em uma seção Tendências-Debates, o formato parece estar sendo ultrapassado. No último parágrafo do texto há um trecho que evidencia o descuido - 'nós seguiremos reafirmando que, enquanto...'. Quem segue reafirmando é alguém difÃcil de conversar, trocar idéias, debater... Enquanto isso, lá no prof. Wilson Gomes pegou fogo, o mesmo assunto e centenas de manifestações, acaloradas. Ele vem insistindo nesse assunto, 'quer' conversar. Lá houve debate sobre esta tendência...
Olá, José. Enquanto houverem dados como do IPEA citado, precisarei seguir reafirmando. Dados da FioCruz- no CIDACS me ajudam a seguir nessa afirmação! Podes dar um google para localizar a pesquisa ou podes me pedir por aqui. Por hora, deixo esse artigo recém lançado obre as ondas de calor: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0295766
Nos Estados Unidos há lógicas de segregação espacial, isto é, bairros só de negros. Tal situação não ocorre aqui no Brasil, por isso o conceito importado é inapropriado ao contexto.
Olá Felipe! Existem sim porcentagens altas , mas não exclusivas de espaços no Brasil. Basta olhar bairros com 95% de brancos como Moema, em São Paulo. Há um mito de igualdade racial no Brasil que é falacioso, acham que segregação é apenas uma placa "proibido pessoas de cor preta". Racismo é muito mais que isso. Há muitas complexidades para serem analisadas na desigualdade territorial e nas possibilidades de resiliência das diferentes populações quando impactadas por eventos climáticos extremos.
Texto vazio, sem objetividade em apontar por que só os negors/nativos que moram em áreas de risco são prejudicados, e não toda a população independente da cor/etnia.
Não foi escrito que somente negros pobres e povos originários são prejudicados em eventos extremos, mas que são os mais prejudicados se comparado à população branca e mais rica. O apontamento é para refletirmos que não é apenas uma questão de classe. Acesse os estudos citados no artigo que entenderá!
Tô torcendo pra que o fogo que pegou no artigo do seu Wilson Gomes, pegue aqui. Mas parece que não ocorrerá...
P.S: Usei seu 'pegou fogo'... Obg
Benassi, obrigado pela indicação do artigo. Acabei sendo 'malvado' com as meninas, no entanto... kk
1.3. Bem, estou na pausa para o café e posso me dar ao luxo de ler a análise (sic). Esse artigo possui uma série de obtusidades. As autoras acham que o que é cientÃfico depende da declaração de cor ou raça de quem anuncia determinado conhecimento. É a picaretagem do lugar de fala aplicado à ciência.
2.3. Apresentam o termo como se advinda de uma espécie de teologia, partindo-se de autoridades revelada (com ênfase na falsa dicotomia entre oprimidos-opressores, i.e., branco-negros) onde se emprega o pertencimento (racial) de quem fala como o elemento de determinação epistemológico, invocando (implicitamente) cancelando/linchando virtualmente de quem discorda. Ora, discordar, não significa negar a existência do outro (quem quer que seja).
3.3. O fato das autoras pertencerem a qualquer agremiação acadêmica ou de que há mais de 40 anos o termo exista em certos departamentos/universidades, não torna o que anunciam como conhecimento ou verdade, no sentido de Popper, Kuhn ou Maki (e.g.). O principal vetor das injustiças climáticas e ambientais (no mundo contemporâneo), em qualquer análise honesta cientificamente, não tem como causa o racismo. Portanto, a terminologia usada é falaciosa e desonesta intelectualmente.
Olá Luciano, não partimos da ótica de mundo e nem da mesma interpretação de dados e por isso não adiantará vc ler os estudos sobre degradação ambiental e relações étnico-raciais. Se quiser, pesquise mais sobre as produções de dados (além dos que citei no artigo) sobre eventos extremos e condições socioambientais e a intersecção com marcadores socias da desigualdade, vou deixar um recém lançado : https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0295766
'Negar a prática do racismo ambiental e climático é negar uma estrutura e a intelectualidade negra'. Traduzindo: é não concordar com as posições das autoras do artigo, que provavelmente se consideram pertencentes à 'estrutura e intelectualidade negra'.
Bem, Senhoras, nem é preciso especular acerca do tipo de arju-mento com o qual se defrontarão no debate público: olhando abaixo, já está consubstanciado. A noção de que o mundo não é dado por Zeus, mas sim construÃdo por homens (até mesmo em relação ao gênero), e que civilização é um bagulho que implica em cuidados recÃprocos entre concidadãos - ao menos se quiser avanço - não parece ser intuitiva, né não? Pois lutemos pra que a razão ponderada se sobreponha ao Ãmpeto aaaccéfalo.
Acho que vc não entendeu a minha posição, Marcos. O problema das habitações em locais sujeitos a enchentes afeta os mais pobres de maneira geral e não os cidadãos de uma determinada raça. Portanto, não há racismo. É claro que os mais frágeis devem receber assistência do governo poderem viver melhor. Os mais frágeis de qualquer raça.
Não existem nenhum racismo, minhas queridas. Não existe nenhuma força consciente dizendo que brancos devem morar num lugar e negros em outros. Desde que o mundo é mundo, quem tem mais dinheiro compra ou aluga as melhores habitações e quem tem menos aluga, quando pode alugar, as piores.
Paulo, Prezado, ocorre que, historicamente é confirmado o "fato" de que estes pobres são - e sempre serao6, se nada for mudado *de propósito* - pretos. Se a distribuição demográfica na quebrada pobre é completamente distinta das demais, isso sugere alguma causalidade. São essas causalidade que as teorias sócio-polÃticas exploram, ao indicar o quanto se relacionam a pretitude da pele com pobreza, educação precária, desemprego, empregos piores etc. Não é acaso, não vem de Zeus - é produto históric
Inteiramente de acordo, Marcos. É obrigação do Estado proteger os mais frágeis de qualquer raça. Ninguém gosta de ver pessoas com casas alagadas, sofrendo e perdendo tudo que conseguiram construir com enorme dificuldade.
Uai, Paulo, é pra isso mesmo que existe o tal do Estado, os tais impostos e o conceito de cidadania- além de umas outras utopias pelaÃ: pra não deixar o mundo correr sozinho, por conta. Tal como a água que despenca do morro em cima das casas da pobretalha: mais civilizado contê-la do que usar os impostos pra enterrar mortos e desobstruir o trânsito impedido pela barreira. Ah, chora-se menos também, e as crianças continuam a ter pai e mãe.
Ihhhh la vem as doutoras especialistas cheias de titulos
Quando não se tem tÃtulos, mas se tem vivências, reclamam que são despossuÃdos de conhecimento. Quando se tem tÃtulo, apontam que há uma desconexão com a realidade do senso comum. Quando se tem tÃtulos e vivências empÃricas, desconsideram ambas. Talvez o problema seja a negação de qualquer saber que esteja em desacordo com uma crença já tão estruturada.
É sempre bom poder contar com a reflexão qualificada, né não, meu caro? Bobagem, podemos nós mesmos falar por aqui, destitulados que somos. Ah, ali ninguém é dotô, ainda: estão em (boa) formação. Mas chegarão lá, certamente.
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