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  1. Luiz Henrique

    Joaquim Falcão já foi conselheiro do CNJ, acumulando atividades outras da vida profissional privada. Deveria relatar sua própria experiência porque, certamente, muitas das decisões monocromáticas e colegiadas que proferiu foram elaboradas por seus assessores. A invencível distribuição de trabalho conduz a isso. Ele não precisava ter como parâmetro outra pessoa além dele mesmo. Aliás, seria mais honesto e convincente se tivesse trazido sua própria experiência.

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    1. Luiz Henrique

      Em síntese, deveria admitir que muita coisa não era lida porque o tempo não permitia; que delegava funções e examinava as minutas elaboradas por assessores como fazem todos os julgadores. Não vivemos no EUA, onde a Suprema Corte julga menos de uma sentença de processos por ano; nem na Suíça, Suécia e etc, onde a tradição de respeito ao cumprimento de direitos e deveres tem como resultado uma baixa litigiosidade.

  2. Alexandre Pereira

    Sensacional. Eles fingem que julgam, nos fingimos que acreditamos. Esse é nosso estado nada democrático de direito. Coisas do engenho.

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  3. LUIZ FERNANDO SCHMIDT

    Grande novidade. Se fosse só no STF. Aí, resolvemos o caso do STF transformando-o em tribunal exclusivamente constitucional. E os outros? Os ministros conseguirão ler todos os processos, folha por folha (isso na maioria dos casos nem é necessário) para julgar? Que solução geral para o problema os autores do artigo sugerem?

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  4. Rafael Guarda

    Mas cada ministro do supremo tem uma legião de juízes auxiliares que se encarregam de sim ler cada um dos processos e cada passo deles para passar ao ministro em questão. É muito amadorismo achar que eles trabalham sozinhos...

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  5. DEROCY GIACOMO CIRILLO SILVA

    Esse é a situação de todos os tribunais do País. Por isso fica a questão: será que o Poder Judiciário já não acumulou dados e inteligência para propor a sua própria reforma ou é importante tudo continuar como está, por motivos não confessados?

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  6. João Gabriel de Oliveira Fernandes

    Tudo dependerá de quão dispostos os ministros atuais do STF estão de ceder poder político. Se o Supremo se tornar, de fato, uma corte estritamente constitucional, os processos diminuirão drasticamente, mas os nossos togados de Brasília aparecerão menos vezes na televisão, nas capas de jornais, em declarações confidenciais a jornalistas etc. Estão dispostos a isso? Eu duvido muito.

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  7. Paulo Roberto Dufrayer de Oliveira

    Muito bom. Artigos como este justificam a leitura da Folha.

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  8. Marcelo Magalhães

    É isso que dá não viver da verdade. A mentira tem perna curta. Ficaria melhor um pouco, se o ministro começasse sua fala da seguinte forma, a minha assessoria decidiu. Já que ele passa grande parte dos seus dias, como ontem citou Conrado Hubner, entre os convescotes da Esfera, da Lide, do IDP nos mais diversos resorts de altíssimo luxo pela Europa e EUA. E pior, fazendo palestras pelas quais são remunerados sem nenhuma prestação de conta.

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  9. Marcos Benassi

    Poi Zé, hein , Senhores? Que situação... Sem dúvida, tem caroço nesse angu: com esse volume de questões a tramitar, fica evidente que, de tribunal constitucional, nossa Alta Corte não tem quase nada - ou teríamos uma constituição em plena reconstrução no dia-a-dia, polimórfica. Não é o caso. É necessário, de fato, repensar o destino que se impõe ao STF, sob pena de nunca o termos efetivamente Constitucional.

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  10. ADONAY ANTHONY EVANS

    O brilhante e quase literário texto usa um termo que sempre usei ao tratar do Judiciário Brasileira: Barroco. Eu diria mais, em estilo manuelino e gongórico Se existe Direito Comparado, comparado ao de demais países, por que não Judiciário Comparado? Pelo orgulho, prosápia, jactância de se reinventar a roda. Soberba não importamos, com nosso notável saber, produzimos a nossa.

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    1. Marcos Benassi

      Tô feliz de vê-lo pelaqui mais amiúde, novamente, caríssimo. Gongoremos nóis aqui, barroquemos nos comentários e prosas. O Alto Judiciário precisa de outras coisas.

    2. ADONAY ANTHONY EVANS

      Por exemplo, aproveitando o prefixo, por economia processual, Barroco Barroso, um poço de vaidade.

  11. Gaya Becker

    A queixa é sempre a mesma. Excesso de processos, falta de pessoal, salário "baixo" e por aí vai...Como sofrem esses juízes...

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  12. Gaya Becker

    Resumo: Os pro cessos são jul gados e sen ten ciados pela assessoria dos juízes em todos tribunais brasileiros. A única coisa que o ju iz jul gador faz no processo é assinar. É assim que os brasileiros são jul gados. Ver go nhoso. Lindo né?

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    1. Ney Fernando

      E "o trabalho é tanto" que agora promotores e juízes têm direito a um dia de licença a cada três trabalhados. Na verdade o objetivo dessa ideia (invenção dos promotores), devidamente atingido, foi aumentar por conta própria os salários deles em um terço.