Poderia ter mencionado no artigo, se eventualmente levantou em suas pesquisas, que os povos originários brasileiros são, pelo menos até onde eu, leigo, sei, os únicos a darem nomes para espaços escuros no céu.

"A história da astronomia hegemônica – europeia, masculina, branca, cis-heterossexual...", precisava mesmo, caro cientista?... Agregou muito na divulgação da ciência.

Na conclusão do livro A History of Astronomy from Thales to Kepler, de J. L.E. Dreyer, lemos, os filósofos procuraram o verdadeiro sistema planetário, Kepler completou a busca, Newton provou que o sistema descoberto por Kepler não apenas concordava com as observações mas que nenhum outro sistema era possível, ou seja, não há lugar para a imaginação da arte.

Quer dizer que, para povos originários, indígenas americanos e africanos, tá valendo ser terraplanista... Tendi.

Com “explorar percepções de outros povos” em vez de recorrer à “astronomia branca, europeia, patriarcal e cis”, o autor sugere preterir o método científico por superstições tribais. É o pós-modernismo woke na sua expressão máxima.

O Olavo Bilac tem aquele verso: 'ora direis, ouvir estrelas'. Pois era um moderado. Há gente que quer também cheirá-las!

Também percebo que as humanidades são, mesmo, fundamentais para o avanço das ciências exatas. Em relação a essa abordagem investigativa, creio que ela só dará bons frutos, já que os povos originários sempre estiveram em diálogo muito próximo com o Universo; quando transformam suas percepções em arte, ampliam, a meu ver, o conhecimento sobre nós humanos e a natureza nesse mundo.

Então a astronomia seria eh europeia, masculina, branca e cis e, para o autor woke, não eh tão importante assim. Gostaria de saber qual foi a contribuição dos indígenas e africanos para a astronomia e de que modo uma abordagem incluindo experiencias olfativas pode contribuir para o avanço dessa ciência.O problema desse pessoal woke eh que, além se serem ridículos, são incapazes de perceber isso.