Estamos procurando as críticas legítimas, supostas pelo articulista. Por enquanto, estamos vendo uma saraivada de tiros para todo lado, vindo dos mesmos que já há algum tempo estão envolvidos no boicote ao programa da equipe técnica e responsável do governo Lula.

O plano da equipe técnica e responsável do governo Lula é concreto, está já no papel. Então, a hora não é para retomada de um debate teórico sobre a industrialização, e nem para disseminação de expectativas negativas. A hora, agora, é do debate sobre o plano de industrialização proposto à nação e de engajamento positivo nele.

Indústria de quê? Sabão? Botina? Pano?

Nelson Barbosa era um dos comandantes da economia nos governos Dilma, isso não é um bom indício. Mesmo que ele diga que os erros foram reconhecidos... seria melhor ver esse reconhecimento partindo de personagem independente. Mesmo de boa fé, mesmo sabendo que o papel do governo na produção só pode ser coadjuvante, é sempre um assunto em que os erros podem ter graves consequências.

Tudo neste governo, como foram todos os anteriores, independente de lado ideológico: retóricas que criam notícias, debates e assuntos. Depois edições jornalísticas que nem 30% das promessas foram cumpridas, e destas só aparecem por conta de estarem incompletas. Desanimo.

Sobre inovação e a lei do bem tenho experiência direta. A empresa inovava em algum processo ou lançava um novo produto, seja por solicitação de clientes ou visando aumento de produtividade. Havia 2 funcionários no departamento de qualidade para lembrar ao pessoal da produção: não esqueçam de preencher a planilha para a lei do bem! Ou seja, as empresas embolsam benefícios se eles existem. Mas não são esses benefícios que as levam a investir. É renúncia fiscal inútil.

Excelente análise, provinda de quem parece ter se debruçado no estudo da proposta. Vê-se dela que é preciso detalhar melhor o plano, definir competências e habilidades bem assim meios de acompanhamento e fiscalização, mas é um plano que requesta implantação urgente para, enfim, ressuscitar nosso parque industrial.

Para mim o que ainda não está claro são os interesses que possam haver por trás das críticas, legítimas, ao novo Projeto de Industrialização.

Ôôô Celso, meu caro, segunda boa crítica plano do governo que ouço, por inteligível ao rés-do-chão - não o li, por preguiça, devo dizer. Agradeço também a referência da dona Mazzucato, essa lerei com mais interesse. Fiquei com uma impressão ruim com o fato dos autores não o terem discutido com o próprio Lula, algo relembrado pela autora acima quando diz de quem é que o leva adiante: uma coisa dessas tem que ter concertação, ou não vira. Se há algo de fundante a fazer, é isso: concertar com C.

Fantástico, Celso. É imperativo que se faça o debate crítico e produtivo da NIB, justamente para que ela funcione bem. Já basta a quantidade de videntes do fracasso que já imputam ao governo a repetição de um desastre. Artigo primoroso e lúcido!