Nós aprendizes nos aventuramos a emitir nossas opiniões a temas no qual não temos domínio, podemos até cometer erros de avaliação, mas errar faz parte da formação humana. Talvez nós cidadãos comuns conheçamos mais a CIA, do que a ABIN (ex SNI), pelos filmes e noticiários internacionais. O general Heleno teria que ser investigado, mas sem a presença do min da Defesa Mucio Monteiro, homem de confiança do Lula da Silva, que também tem lá seus segredinhos em relação aos militares.

Piada? Vários países tem órgãos de inteligência, alguns oficiosos, e não passa um dia em que não vejamos seu uso político. Militares, civis, políticos et caterva se refastelam entre dossiers oficiais e produzidos por amiguinhos. O mal uso é característico do poder e não adianta a Brasília posar de boa-moça. Subir a rampa do planalto aos beijos com o SNI atual não é sinal de probidade.

Vc diz polícia política

Ainda aqui o que se tem é a leniência dos sucessivos governos com o estamento militar. São as forças armadas a mostrar seus dentes. É preciso despolitizá-las (já que extinguí-las é impossível), profissionalizá-las e submetê-las formal e efetivamente ao poder civil. Enquanto não fizermos isso estaremos alimentando o monstro que nos devorará.

Os restos da ditadura permanecem entranhados nas instituições, na sociedade e na mentalidade, por não terem sido expurgados, demolidos, condenados e punidos. Segue também o medo, a submissão, o acovardamento frente aos que possuem armas, como aconteceu após a invasão no dia 8/1, quando vieram ordens do governo para que os policiais entrarem no acampamento. Ordem que não foi cumprida sob alegação de que o arsenal deles era bem maior.

A impressão que fica é que não existe disposição política para reestruturação do órgão. Segue o velho com cara de mocinho fazendo o serviço sujo. O pior de tudo isso é que o custo dessas ações vem de dinheiro público.