Adoro quando baixa o Armando Nogueira no Tostão. O que falta ao futebol brasileiro são mais técnicos como Tele Santana. Coibir o jogo faltoso depende muito de técnicos. Alguém aí se lembra do áudio de um famoso técnico pedindo para seus jogadores baterem?

O genial dramaturgo e Colunista de futebol, Nelson Rodrigues, jamais chamaria o Tostão de idiota da objetividade. Ao contrário, o Tostão sempre ressalta em suas crônicas, o mistério, o imponderável, que poderia ser o sobrenatural de Almeida do genial dramaturgo. Por outro lado, as análises do Tostão são muito mais técnicas e profundas.

Com tantas faltas cometidas, erros de passe, chuveirinhos na área l, paradas do VAR e "Bets" estampando as camisas; e com tão poucos dribles, lançamentos de longa distância e gols de falta, fica difícil "assistir aos jogos de futebol e acompanhá-los com o olhar de um poeta".

Os olhos da paixão romantizam tudo, bem o sabemos. Assim também o fazem muitos escritores aficcionados pelo futebol, ao cantarem-no. Não entendo nada de futebol, mas me encanta esse amor que acho ilógico. E qual amor não é? Porém, para mim, virou agora inspiração . Vou compor um poeminha sobre isso.

Querido Tusta, Dr. Eduardo, eu, atleticano, que fui a campo vê-lo jogar muitas vezes, algumas contra o Galo, só lhe digo que o futebol, ao menos aqui na terra brasilis, se afasta velozmente da poesia, traduzida na beleza geométrica dos lances que, sem as porradas atuais, faziam surgir parábolas, curvas e dribles desconcertantes. Tudo naquele tempo. Hoje a trombação, o excesso físico, que mascara a distinção entre o normal e o ilícito, a impunidade na chamada "falta tática", põe tudo a perder.

Segundo Nelson Rodrigues, Tostão está perto de ser um "idiota da objetividade". O dramaturgo poetizou o futebol como poucos. Além de batizar o garoto de 16 anos em 1957 de "Rei" - e Pelé ainda nem fundara seu Reinado eterno e absoluto como o melhor dos melhores -, Nelson Rodrigues dizia : "O futebol é um jogo mágico, não lógico. Não há clássico nem pelada sem uma orla de espanto e sobrenatural. O juiz sopra o apito inicial e abre-se uma janela para o infinito". Dorival está certíssimo no rumo!

Segundo Nelson Rodrigues, Tostão está perto de ser um "idiota da objetividade". O dramaturgo poetizou o futebol como poucos. Além de batizar o garoto de 16 anos em 1957 de "Rei" - e Pelé ainda nem fundara seu Reinado eterno e absoluto como o melhor dos melhores -, Nelson Rodrigues dizia : "O futebol é um jogo mágico, não lógico. Não há clássico nem pelada sem uma orla de espanto e sobrenatural. O juiz sopra o apito inicial e abre-se uma janela para o infinito". Dorival está certíssimo no rumo!

"Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas. Se, pois, todo o teu corpo é luminoso, não tendo em trevas parte alguma, todo será luminoso, como quando a candeia te ilumina com o seu resplendor."