Solange Srour > Como crescer em meio a tanta insegurança? Voltar
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Você está certa. Ninguém, ninguém investe em um ambiente sem segurança jurÃdica. Essa fome do Estado sobre o privado espanta investidor. Estamos condenados ao atraso.
Acho que as incertezas são inerentes ao mercado, e isso inclui incertezas quanto aos ventos polÃticos e decisões judiciais. O grande obstáculo ao crescimento ao meu ver é o gasto excessivo dos Estados previdenciários modernos. No caso do Brasil, isso leva a juros reais muito altos em média para prevenir a inflação. O Viriato em sua coluna mostra repetidamente como é difÃcil um investimento que bata o simples e parasitário tesouro direto.
Valeu muito ler a sua crônica Sra Solange... sem nenhuma pena...'entender a fraqueza desse mundo e compreender o que é importante e real' foi o que li.
Reformar o ambiente institucional, como a colunistas destacou, que são as reformas microeconômicas, traz uma imensa oportunidade de investimentos para o paÃs a longo prazo, gerando crescimento sustentado da economia. Mas vai dizer isso a alguns ignorantes aqui que acham que isso é neoliberalismo fascista e acham que o estado é o que deve fazer investimentos. PaÃses ricos ficaram ricos pois sempre reformam o seu ambiente institucional para atrair investimentos privados.
Acredito que essa foi a fonte do nosso desentendimento: o tipo de reforma. As de cunho microeconômicas tem um impacto mais significativo para o nosso crescimento de longo prazo. Veja o marco das garantias que foi aprovado recentemente e apoiado por Haddad, esse marco deixa bem claro as garantias para a tomada de crédito pelas pessoas fÃsicas e jurÃdicas, o que possibilita uma grande queda na taxa de juros de empréstimo bancário e aumento do investimentos pelos agentes econômicos em seus negócios
Depois que você, Marcelo, respondeu o meu último comentário, percebi que houve um certo desentendimento entre nós dois no que se refere ao tipo de reforma que realmente atrai investimentos. Você mencionou reformas macroeconômicas: previdência e trabalhistas. De fato, essas reformas macro, apesar de também serem importantes, não trazem grandes investimentos privados, mas sim as reformas microeconômicas: marco do saneamento, óleo e gás, ferrovias, startups etc.
A palavra ignorante (um adjetivo) é talvez a forma mais educada e formal de dizer que uma pessoa desconhece ou às vezes, infelizmente, quer desconhecer o que é, no tema deste debate, um consenso geral entre os economistas, seja ortodoxos ou heterodoxos, de que a qualidade das instituições importam para o crescimento econômico de longo prazo. Há palavras bem piores que são sinônimo de ignorante que podem fazer deste debate um debate de bar de esquina.
Vinicius se você acredita nos seus argumentos, não precisa ofender o outro debatedor. Isso fala contra a sua segurança e você perde credibilidade. Com certeza o ambiente seguro é condição fundamental para a civilização, porém o investimento não é lá algo tão civilizado assim. Por exemplo, as reformas trabalhista e da previdência, associadas ao teto de gastos sociais promoveram a insegurança alimentar de 125 milhões de brasileiros e a fome de 33 milhões. A isso o liberalismo chama de segurança.
Eu esperaria todo o tempo para você, Marcelo, ler a importância do bom ambiente institucional a partir das bibliografias dos autores que mencionei e dos dados do site que medem a qualidade institucional nos paÃses. Ainda assim, tem a coragem de dizer que não há evidências disso para o crescimento de longo prazo. Realmente não se deu o trabalho de pesquisar o que sugeri. O ignorante é assim mesmo, lê a cartilha dada pelo seu partido e a defende com unhas e dentes.
Entendi. São abstrações econômicas liberais, não passÃveis de comprovações empÃricas. Obrigado!
Não há nenhum paÃs que ficou rico sem reformar as suas instituições e estabelecer as regras do jogo de forma clara e previsÃvel com um judiciário eficiente que garante o cumprimentos dos contratos e que não o deturpa ao seu bel prazer. Isso proporciona a atração de muitos investimentos privados a longo prazo. Mas claro, quem não tem o conhecimento da importância disso, vem aqui para falar bes teiras.
Marcelo. Todos os paÃses desenvolvidos atualmente possuem um ambiente institucional estável e previsÃvel, garantindo segurança jurÃdica em contratos para investimentos em diversos negócios. Leia as bibliografias de Douglass North e Daron Acemoglu para entender a importância disso. Mas entra no site doing business do banco mundial e da heritage foundation, lá há informações sobre o ambiente institucional dos paÃses em ranking.
Prezado Vinicius, você se importaria de citar qual paÃs que ficou rico, porque havia segurança jurÃdica que atraÃa os investidores? Obrigado!
o brasil dá dois passos para frente e cinco para atrás. Este governo, se continuar a mexer em reformas feitas no passado, principalmente as microeconômicas, como a do marco do saneamento, vai inviabilizar o grande potencial de investimentos que os marcos irão trazer. Ainda bem que o congresso derrubou e continue a derrubar qualquer decreto ou mp do governo que venha trazer retrocesso às reformas feitas até aqui.
Moça, pare de falar besteira! O mundo seguro e confiável que você acha que existe é uma invenção. Você acha mesmo que instituições, paÃses, governos, empresas, dinheiro e as coisas que achamos reais existem mesmo? Basta um soprinho do cosmos (uma pandemia, um meteoro, um desastre natural de proporções globais) e tudo se desmancha. Convencionamos acreditar em algumas abstrações, mas é preciso de vez em quando entender a fraqueza desse mundo e olhar para o que é importante e real. Vale a pena.
Jesus voltará
Os neoliberais criticam as indicações polÃticas, mas normalizam as indicações de funcionários do mercado para assumirem, por exemplo o banco central. Também não se preocupam com o fato de que altos funcionários do governo saiam diretamente para operar em grandes corporações, como na chamada porta rotatória. Quanto a austeridade fiscal, me parece falta de leitura e de estudo, pois o trabalho de Clara Mattei demonstra com sobras o caráter fascista da medida, desenvolvida no governo Mussolini.
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