Thiago: você lavou minha alma e pos em palavras o mal estar que aquela coluna me causou. O fato de as imagens serem geradas por IA, sem retratar crianças de fato, não elimina a "banalização do mal" que é estimulado e promovido pela pornografia infantil. Obrigada

Agora (agora há uns 40 anos) temos o colunista-xerife de perversão. Que país.

Escreve o colunista "...se até um jovem e brilhante professor de direito...do campo dos ditos progressistas...". Amparo, elegantemente, se manifestou apenas sobre as opiniões de Schwartsman, já este partiu para a sua desconstrução. Mensagem real do colunista "Que heresia, esse menino comunista discordou de mim!". O colunista tbém segue a regra: rotular para desqualificar. Amparo é um "dito progressista". Dito? Amparo foi piedoso, poderia tê-lo rotulado de direitista libertariano.

Colunista querendo pegar carona na polêmica levantada por outro colunista muito mais preparado é realidade ou ficção?

Não li o artigo do Schwartsman, mas tampouco imaginei que a sugestão do título fosse séria.

Curtir em grupo o suicídio de uma pessoa dando tiro na cabeça com imagens produzidas pela IA é útil para evitar suicídios reais? O consumo de notícias de suicídio nos jornais mostrou o contrário desde o princípio do século XX. Não é à toa que os noticiários evitam esse tipo de informação.

A pornografia infantil gerada por Inteligência Artificial é uma preocupação real e crescente. Embora a tecnologia de IA possa ser usada em para muitas aplicações positivas, ela também pode ser mal utilizada para criar conteúdo ilegal e prejudicial, incluindo imagens de abusos de menores. A IA pode gerar imagens sintéticas (conhecidas como deepfakes) que são visualmente convincentes, tornando difícil distinguir entre o que é real e o que é fabricado. Isso representa um risco significativo.

É um tema polêmico, que envolve a questão: até que ponto a ficção influencia a realidade? O livro Lolita do Nabokov, que explora essa temática, foi proibido em alguns países. E talvez seja liberado hoje porque pouca gente lê livros.

O artigo do Hélio foi além de tudo mal escrito e vazio para debate. Mas o que mais me assusta são os comentários. Assusta ,mas não surpreende infelizmente, nossa sociedade já é um filme de terror para as crianças. Os homens ( em sua imensa maioria são homens sim, antes que alguém já fale alguma coisa) são mais monstruosos que qualquer monstro já inventado.

A alegação de que pedofilia não é crime que alguns assinantes estão invocando para se eximir da pecha de criminoso, não se sustenta nem tem efeitos práticos no Direito Penal pátrio, pois o que prevalece não é o "nomen iuris", mas o tipo penal, o qual descreve a conduta criminosa. (continua)

pessoal tem que dar uma varrida na net, pq quadrinhos com os jetsons, jetparents, flintstones, recruta zero, tudo brincando junto, estão disponíveis em qq tela prá quem quiser ver. representações pictóricas. os que acham que peidófilos precisam é se tratar, esquecem que a infância é uma invenção recente, ao ponto do meu avô de uns 22 ter casamento arranjado na igreja deles com minha avó de 13. e... nada segura o pensamento, nem os mecânicos laranjas conseguiram.

Segundo o ECA: "Art. 241.  Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: [...] Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: [...] (continua)

Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:" Diante do texto legal, é irrelevante se a mídia pornográfica envolvendo criança seja produzida com seres reais ou por meio de inteligência artificial. Para o Direito Penal pátrio, continua sendo fato criminoso. Consoante regra de hermenêutica, o que a Lei não distingue não cabe ao intérprete distinguir.

Semelhante a apologia ao Nazismo.

Além de moral e civilizacionalmente execrável, aquela ideia de satisfazer pedófilos com IA tem vários problemas práticos. Todo mundo sabe que a pornografia hoje é acessível para todo mundo, inclusive para crianças e adolescentes, e isso já é um problema. Imagine o que seria de uma criança (real) vendo outra criança (mesmo que de mentira) tendo relações sexuais? O que se passaria na mente dela? Acharia normal?

Valeu Thiago. Hélio pisou na bola, feio.

Também gostaria que o Thiago Amparo deixasse mais claro: se não há muro, qual a ligação entre pornografia infantil produzida por inteligência artificial e abusos contra crianças cometidos por conhecidos ou casamentos infantis? Fale sobre o que o texto de Schwartsman realmente fala, em português simples de preferência: será que pornografia infantil gerada por inteligência artificial seria um desestímulo à produção de pornografia produzida com o abuso de crianças reais? Não? Por quê?

Apesar dos pedidos de censura o artigo do Schwartsman propõe uma discussão que poderia ser séria. O Amparo se apressa com um ponto final histérico. Ele tergiversa na comparação a crimes sem vítimas, que obviamente tratam de atos que incorrem em riscos a terceiros. Se há riscos a terceiros em pornografia infantil produzida por inteligência aritificial, seria bom que o autor se desse ao trabalho de descrever e deixar claro seu argumento.

Ótima discussão.

O ser humano de natureza mais degradada e é também doente mentalmente.

Perfeito, Thiago! Independentemente de todos os argumentos jurídicos, o fato é que nas mentes dos adeptos da pornografia infantil agem as pulsões mais abjetas do ser humano, as quais se revelam em crueldade, covardia, sadismo...., ganhando contornos mais graves ainda por serem contra seres frágeis, ingênuos e indefesos. Acreditar que as imagens criadas pela IA irão "acalmar" o pervertido [ou doente] só posso entender como um delírio do Hélio que, espero, se retrate em sua próxima coluna.

Massa! Concordo! Abusadores e pedófilos precisam ser tratados e as instituições têm que trabalhar para criar um ambiente social em que essas condutas/práticas sejam desestimuladas e eliminadas.

Que texto é esse? Vocabulário e estrutura intransponíveis. O que pretende o autor? demonstrar erudição?

é tautológico esse raciocínio de que tem que condenar o que é proibido pela lei penal.

Obrigado, Thiago! O que está fazendo o editor da Folha que tem deixado passar textos incabíveis como este do Alexandre e o ultimo do Gustavo?

+

Se eu entendi o raciocínio do Hélio, o ponto dele era oferecer ao pedófilo um substituto que o impeça de cometer o ato em si contra outro ser humano, menor de idade. Desse ponto de vista, o utilitarismo consiste em evitar esses tipos de crimes (salvar potenciais vítimas de abuso). Mas se houver pesquisas mostrando que o consumo do audiovisual iria, de alguma forma, estimular o crime, aí já são outros quinhentos.

Ser humano deixado solto só faz merda. No brasil então, onde viver sem oens5ar nas consequências é liberdade de expressão, ai que lascou!

Que bom que alguém discordou dele com bons argumentos. De cara, eu havia discordando tbm, mas não evolui na reflexão. Seu texto me ajudou a formular o pensamento.

Ah que bom um pouco de luz. Desculpa ,mas o artigo do Hélio foi bizarro.