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  1. Alberto A Neto

    O desequilíbrio vem de longe! O puxa-estica 2022/23 só reafirma tautologicamente a lonjura do "equilíbrio fiscal". Como se o equilíbrio fiscal houvesse existido em algum momento das finanças públicas desde que o Plano Real foi lançado. A moeda foi 60% desvalorizada em 13/01/99 após FHC jurar a paridade para vencer no 1º-turno. FHC faz "reflexão ultrassecreta" em Memórias- volume II: "Déficit fiscal é um pouco meia verdade. A questão central que nunca foi posta pelo governo é a cambial".Tst tst

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  2. José Cardoso

    Gostei da clareza da tabela explicativa. Se fosse uma empresa, estaria com um ebitda negativo crescente. Acrescente-se a isso o resultado financeiro (juros da dívida), e temos um prejuízo repetido ao longo dos anos e sem perspectiva de solução.

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    1. José Cardoso

      Não é só apenas isso. A Argentina também é grande exportadora de commodities como o Brasil. Portanto gera dólares para rolar sua dívida externa. A questão lá é que os cidadãos não confiam no Estado para rolar sua dívida interna. Preferem o dólar, aliás como os gregos, que não abriram mão do euro. Independente do voto na urna, querem um dinheiro em que confiem.

    2. Marcelo Magalhães

      O problema da Argentina é ter dívida em moeda estrangeira e ficar suscetível às exigências neoliberais do FMI, Banco Mundial etc. Foi o mesmo que aconteceu com a Grécia. O Brasil, além de ter dívida em reais, calote zero, ainda tem reservas internacionais bem altas. A austeridade fiscal é uma forma de impedir o investimento social, que contempla o povo, que na verdade são os que pagam impostos. Assim, o modelo neoliberal não passa de uma transferência de renda dos pobres para os ricos.

    3. José Cardoso

      Se os argentinos por exemplo tirassem seus dólares guardados e comprassem títulos públicos, principalmente os grandes investidores, o problema da inflação estaria resolvido. O governo continuaria com seus déficits e rolaria a dívida como nós fazemos, pagando juros reais com a emissão de novos títulos. O problema é combinar com os russos, que no caso são os próprios argentinos...Nós estamos como o coiote do desenho animado: no ar mas ainda não olhamos para baixo. Eles já olharam, e por isso caem.

    4. Marcelo Magalhães

      Não é isso. A dívida de um país significa o ativo dos que acumularam financeiramente. A robustez do país lhe garante maior ou menor capacidade de se endividar. A vulnerabilidade vem de diversos fatores dentre os quais seu alinhamento político, poder bélico e dos interesses que despertam nos imperialistas. Um acesso rápido a isso pode vir através do livro de Yanis Varoufakis, Adultos na sala. Essa pressão austericida é uma forma de conter o desenvolvimento dos países. Os grandes não fazem isso.

    5. José Cardoso

      A maioria tem deficit, o que os coloca em situação potencialmente vulnerável. Tudo parece bem até uma crise financeira como a da Grécia chegar, engolfando Portugal, Espanha e Itália.

    6. Marcelo Magalhães

      Enumere por favor os países ricos que tem contabilidade igual ao de uma empresa? Que não aumentam sistematicamente seu endividamento?

  3. Jorge Luis Monzani

    Gostaria que o colunista dissesse quais países ou qual país tem déficit público zero / equilíbrio fiscal. Os EUA , maior economia do mundo , tem hoje uma dívida federal de US$ 34 trilhões para um PIB de US$ 27 trilhões. Na União Européia todos os países estão com dívidas acima de 100% dos respectivos PIBs. No Japão a dívida pública é mais de 200% do PIB. Na China idem.Porque o Brasil tem que ter déficit zero / equilíbrio fiscal?Para LULA não poder governar e reduzir as gigantescas desigualdades?

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  4. Paulo César de Oliveira

    Enquanto Paulo Guedes conseguiu reduzir a dívida pública mesmo com pandemia de Covid, Guerra da Ucrânia e uma seca histórica, Lula, que só sabe gastar como se não houvesse amanha, começou o governo com uma safra recorde(plantada no governo anterior) e já conseguiu aumentar a dívida em 2,43% do Pib. Vai endividar ainda mais o país no restante do seu mandato e tornar mais difícil o futuro do país. Se tivermos sorte, daqui a uns 5 ou 10 anos vem um novo Paulo Guedes para consertar as coisas.

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    1. Paulo Augusto

      Fumou algo mofado ? O desgoverno anterior cortou todos os benefícios da população para tentar ter dinheiro em caixa e lembrando que o dólar nessa época chegou a praticamente 6.

    2. Marcelo Magalhães

      Prezado Paulo, eu sempre tenho muito cuidado com o que bebo no Carnaval e chamo a atenção do meu filho para verificar muito bem a procedência da bebida. Não foi só uma vez que me deparei com pessoas que consumiram algo que as tiraram totalmente da realidade e que afirmavam sandices com uma segurança inabalável. Além disso, faziam previsões de um futuro catastrófico através da participação de elementos abjetos da sociedade. É uma situação deplorável ver alguém nessa condição.

  5. Marcelo Magalhães

    A sorte é que é carta fora do baralho. A participação no governo pós golpe da Dilma foi uma catástrofe, através da invenção do teto de gastos sociais. Isso daí parou o país, que virou um local onde se vive apenas de renda, nada mais. E quem acredita em austeridade fiscal tem que ler Clara Mattei. Esse regime foi desenvolvido no governo de Mussolini e se presta ao fascismo.

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  6. LUIZ L AUGUSTO O PINHEIRO

    Não sei se entendi bem a análise, mas, se o governo conseguiu antecipar despesas de 24 e pagá-las no primeiro ano de governo, foi uma façanha e tanto; foi bom demais, não???

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    1. Pedro Luis S C Rodrigues

      Vc não entendeu

  7. Fernando Alves

    A solução é simples. Coloca uns banqueirinhos da laia do colunista num avião com destino a Pyongyang e, a partir do ano que vem, o Brasil passa a ter superávit e aumento de investimento social.

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    1. jose silva

      pe tra lha da ira quebrar novamente o Pais. Questao de tempo...

  8. Dionisio DeBarros

    Brasil se transformou numa fabrica de pagar juros, ou melhor, o povo Brasileiro foi transformado. E nao adianta fazer tudo que os economistas de mercado recomendam, como fizeram com a Dilma, com Joaquim Levy dando choque tarifario, levando o pais a recessao. Ai a desculpa passou a ser que juros estavam altos pq pais estava em crise. Sempre vao arranjar uma desculpa para continuar cevando o pais com juros altos. Facamos como os EUA e China. Pro inferno com teto de gastos.

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    1. Gilberto Rosa

      Em cheio Dionísio, vale ler o artigo A Farsa do Déficit, do professor Dowbor, chega a ser assustador o que os bancos roubam do Brasil, um caso único no mundo, nada nem perto.

  9. Gilberto Rosa

    Quanta hipocrisia, o maior juros do mundo, consumiu muito mais do que déficit, mas neoliberal quer aperto, assim sobra mais pros juros. Vale estudar Keynes e ler o artigo, a farsa do déficit do professor Dowbor, no le monde Diplomatic, é um chute nesse tipo raso de coluna.

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  10. Daniel Salomon Guimarães

    Talvez existam poucos assuntos tão 'áridos' quanto finanças públicas. Dificilmente, no entanto, existirá numa república algo tão essencial quanto o devido conhecimento do nosso orçamento público. Ainda bem que há pessoas como o Marcos Mendes para destrinchar esses dados, apontando o real mérito de algumas medidas e a prestidigitação contábil volta e meia empregada pelos governos.

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  11. Wlander Kwasniewski

    Muito boa análise, com "limpeza" de números. Algumas perguntas: é melhor sacrificar as despesas para atingir superávit ou déficit zero, ainda que tenhamos ciência que esta busca gerará no curto prazo: pior serviço público ao cidadão (que já é mal atendido em geral), pouca movimentação na economia (pois a iniciativa privada espera o governo começar a gastar para depois ir atrás), maior desigualdade social, a regra já conhecida é que o topo da pirâmide sempre acumula mais, quanto pior melhor?

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    1. Daniel Salomon Guimarães

      A questão é legítima. Certamente é possível algum tipo de reforma onde o maior fardo da mudança não seja todo imposto sobre os mais necessitados, por mais difícil que seja obter esse arranjo político. A questão é que ao postergarmos esse tipo de mudança somente aumentamos o problema, com piora das contas públicas e tudo o que mais segue: aumento da dívida pública, aumento do custo para o governo dessa mesma dívida, via maior juros pagos para saldá-la, ou, ainda, maior inflação ou mais impostos.