Mario Sergio Conti > Van Gogh conta em 'Cartas a Theo' que quis relembrar e agradecer Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Quando criança lembro de ter ouvido de alguém uma comparação entre Monet e Van Gogh. Dizia essa pessoa que o primeiro conseguia transmitir por meio de suas pinturas a felicidade em que vivia, uma vida de sol, luz e movimento. Já o nosso Vincent criava atmosferas soturnas, paisagens ensolaradas, tendo ao fundo vislumbres de mau tempo; quartos de pensão de uma solidão aterradora; estrelas de um fulgor doentio, sobre montanhas negras e casas aqui e ali. No meio das preocupações mundanas, o artista
Willem Dafoe, em No portal da eternidade, de Julian Schnabel, representa, em tintas muito lindas, a figura do Vincent. Por vezes, dá a impressão de que a única coisa compatÃvel com ele não fosse a vida, mas a arte...
Quando não soa pretensioso, o Conti é insuperável. BelÃssima homenagem ao Vincent.
Retiro o pretensioso e concordo com o Bernard.
Acrescentaria ainda, como crucial à compreensão do que ele quis com sua arte, a observação, numa das cartas, de que ele queria representar, pela vibração da cor, aquele algo da eternidade que antes os pintores buscavam representar com a auréola dos santos...
Belo texto. Faltou talvez, para ajudar a desconstruir mitos em torno do artista e de sua obra, a informação de que ele jamais pintava quando estava em surto; sua obra é fruto de um crescimento técnico e artÃstico solidamente ancorado numa observação atenta da arte do passado e de seu presente.
Nem sempre o destino conspirou em seu favor. Conspirou em nosso favor.
Sob a pena primorosa de Mário Conti, finalmente uma análise percuciente desse ser humano excepcional que foi Van Gogh. Ele terá sido simplesmente Humano, braços estendidos para o Céu mas pés presos à lama da terra, quais girassóis. Nele nos vemos todos.
Como é bom não entender nada de arte e ainda assim apreciar as telas do cara. Belo texto.
Pela classificação atual de doenças mentais, ele provavelmente sofria de transtorno bipolar. Mas isso é apenas um nome para classificar um conjunto de sintomas. Mas até certo ponto conseguia usar a doença em benefÃcio de sua produção artÃstica.
Van Gogh tinha uma paixão profunda pela arte, que servia tanto como uma forma de expressão pessoal quanto como uma maneira de buscar sentido e propósito na vida. Essa paixão frequentemente superava suas lutas pessoais. A pintura servia como uma forma de terapia, ajudando-o a lidar com seus problemas de saúde mental. Seu trabalho artÃstico oferecia um refúgio dos seus problemas e angústia, permitindo-lhe canalizar suas emoções e turbulências internas em algo criativo.
Conti, obrigado! Coluna maravilhosa, emocionante! E além disso, informativa!
Já está na lista. Linda coluna Conti, seguramente vou olhar com imensa gratidão e humanidade, o Amendoeira em flor.
Como não querer fazer a leitura desta obra depois de ler esta coluna? Obrigada, Mário Sérgio, por este maravilhoso despertar!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Mario Sergio Conti > Van Gogh conta em 'Cartas a Theo' que quis relembrar e agradecer Voltar
Comente este texto