Marcos Lisboa > O diabo mora nos detalhes Voltar
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No caso da China, bastou ser uma ditadura escravagista e a ambição de ocidentais sem moral para tirar proveito disso. Caso de sucesso? Há afiliados que adorariam fazer o mesmo por aqui. No mais, se o governo cortasse penduricalhos, mordomias, rapapés e ministérios-propaganda inúteis, poderia investir alguns bilhões em redução de impostos e infraestrutura, que é a única ajuda que os empresários não-amiguinhos esperam. Talvez a vida do povo de carga até melhorasse com isso, apesar do febeapá.
Essa é a fórmula para acabar com qualquer empreendimento público. Todos os modelos não contemplam diversas variáveis das mais diversas naturezas, não previsÃveis. É apenas a gameficação de um processo orgânico que se modifica naturalmente, independente de qualquer ingerência, a cada passo. Assim, esse é o jeito de não construir absolutamente nada. Nem o setor privado funciona assim.
Às vezes acho que construir uma estatalzona e depois privatizar é melhor polÃtica que subsidiar e proteger eternamente empresas privadas, inclusive estrangeiras. Estão aà a Telebras, Siderbras, Eletrobras, Petrobras (essa falta privatizar), Embraer entre outras. Se o JK tivesse insistido com a FNM em vez de subsidiar montadoras estrangeiras talvez estivéssemos melhor. Como Itália e França terÃamos montadoras nacionais. Os subsÃdios e protecionismo estão aà até hoje (e tem um futuro promissor).
PolÃtica Industrial: isentar todas as empresas do pagamento de salários, tributos e matéria-prima, tributar, pagar salários e matéria-prima nos moldes da CPMF e sobre o consumo anual da PF, diminuindo assim os preços em 80%.
Investir o consumo aumentando a renda
Até a permanência do Muro de Berlim e URSS, tÃnhamos industrialização no paÃs, até controle de qualidade, controle de qualidade, vejam só! acaba o ciclo Getúlio Vargas, retornam as oligarquias tradicionais do café (Agro) em detrimento da burguesia industrial. Supressão do Estado de SP e a intensificação do totalitarismo. . Os ciclos econômicos e a cidade: na era industrial branca, as habitações eram alinhadas nas avenidas principais, deram lugar ao comércio e ao serviço, e agora aos apartamento
Para Roça ! Grilagem e especulação imobiliária são os pilares da democracia brasileira
A contribuição que você, Samuel e outros estão dando com essa crÃtica pontual é imensa. Sai daquele pingue-pongue Estado versus Mercado. Vira xadrez, onde as questões são "aonde chegar", "como", e, acima de tudo, "de onde sai a grana". A experiência dos asiáticos são incontornáveis. Senão, vira briga com os fatos. Mas eles só jogam pingue-pongue nas horas vagas. Quando o assunto é sério, partem para o xadrez. Economistas defensores do Governo com a palavra. Alguém se habilita?
Pode ser otimismo de folião embriagado, mas nossos sacerdotes da igreja liberal saÃram da condenação por princÃpio (o mundo confrontava o dogma) para a lista de condições para a efetividade de uma polÃtica industrial. Daqui a pouco estão incluindo gente nas equações.
Até onde eu consigo ver, é isso mesmo, Paulo. Agora, os economistas ligados ao governo devem uma resposta com o nÃvel de sofisticação que os artigos do Marcos e do Samuel merecem. O que eles estão falando é totalmente razoável.
O diabo é a salvação do mundo. Não fosse o demo, não haveriam novelas na globo, filmes de terror, filmes de aventuras, etc; Sem o demo, tudo seria uma eterna monotonia, como deve ser o paraÃso chamado Céu prometido por padres e pastores.
Não, a teoria econômica liberal, aquela da mão invisÃvel, não identifica situações em q a intervenção do Estado é positiva para o desenvolvimento econômico. As situações reais em q isso se verificou são na verdade as evidências empÃricas q refutam a teoria econômica liberal. Cheia de argumentos ad hoc, a teoria liberal, como demonstrado por Kahneman e Thaler, entre outros, nada tem de cientÃfico e foi refutada de várias formas.
Vinicius, aparentemente vc não entendeu q o liberalismo não prevê polÃticas industriais implementadas por um governo, pelo simples fato de que o liberalismo clássico demoniza qquer participação governamental na iniciativa privada. O simples fato do colunista admitir q polÃticas industriais funcionam já é uma refutação da teoria, ou seja, admissão de q a teoria não descreve o mundo real, ao contrário do q vc afirma.
Vinicius, vc precisa estudar história econômica e ver como Europa, Japão, Coréia, China e até os USA investiram em subsÃdios a empresas privadas. A Space X cresceu com dinheiro público, assim como a Airbus. Não se esqueça do resgate aos bancos em dois mil e oito, ou da GM, q faliu e foi resgatada pelo governo. O estado de bem estar europeu não é resultado do liberalismo, mas da social-democracia. A falta de um sistema público de saúde nos USA causou a enorme mortalidade na pandemia. Deu certo?
Pode ate ser refutada, mas ate agora eh a única que deu certo no mundo em que vivemos.
Resumindo: Marcos Lisboa não tem a menor ideia do que dizer, tampouco opinar. Não é contra nem a favor, antes muito ao contrário. Momento dilma enrolada do mestre, uma pena, ele tem conhecimento e experiência para avaliar em profundidade a atual polÃtica industrial e apontar, se for o caso, eventuais equÃvocos. Mas optou por artigo-astrologia: pode ou não pode, sim não talvez quem sabe. . . Uma desperdÃcio de talento.
É muito comum o equÃvoco de considerar que a economia de um paÃs é passÃvel de controle e pode ser administrada como se fosse uma empresa gigantesca. Não é. A ciência é reducionista, exclui variáveis na tentativa de compreensão de um fenômeno isolado. As conclusões retornam à realidade mas não podem ser reavaliada como se estivessem em um laboratório. A ciência da vida é a polÃtica, que permite as interações entre as diversidades. Que adapta a participação de todos. A polÃtica é analógica.
Análise impecável. Só que para a aplicação dos pontos indicados, são necessárias pessoas sérias e competentes, e é aà que mora o problema. A capacidade de análise para ser desenvolvida requer esforço, discernimento, ponderação e honestidade intelectual, tudo o que falta a grande parte dos dirigentes do PaÃs. Muito mais fácil vestir um rótulo - liberal ou desenvolvimentista - e reduzir a análise a dogmas e raciocÃnios simplistas, pois o objetivo é gerar lucros rápidos e maior quantidade de votos.
Análise impecável? Ele disse nada: pode ser mas pode não ser, sim não talvez quem sabe! NÃtido que não analisou a atual politica industrial proposta, só platitudes. Um desperdÃcio de talento!
Engraçado, Google, Apple, Microsoft, Tesla e outras parecem não ter nascido de intervenção estatal, e nosso sucesso em agricultura o estado só investiu em pesquisa, não deu incentivos , subsÃdios e outras coisas. Porque o estado brasileiro não para de intervir em negócios e investe em educação básica?
A NASA tem ações na bolsa, Igor? Você compraria ações da Embrapa?
Errou tudo aÃ, colega. As empresas citadas são fruto de programas estatais, assim como o sucessivos agro brasileiro. Se o investimento na educação básica é importante pra vc, consulte a evolução histórica do investimento em educação, identifique os responsáveis pelos maiores recursos e passe a votar neles.
O agro não paga impostos, pois se dedica à exportação, tem financiamento subsidiado, o imposto territorial brasileiro é irrisório. Desconsiderando o seu custo por ser o maior destruÃdos do meio ambiente. Se o povo parar de sustentar o agronegócio, ele acaba num piscar de olhos.
O estado brasileiro não deu incentivos à agricultura? Em que mundo você vive?
Contrariamente e de forma suprema, tão bem cunhada a frase do arquiteto Mies van der Hohe, "é nos detalhes que está a presença de Deus ". Fico com o Sr. Rohe.
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