Ou seja, o homem phodhe até com os insetos. O câncer do planeta.

A explicação é bem coerente. Como a evolução se mede em milhões de anos, os sistemas dos insetos foram formados bem antes da existência dos seres humanos e suas fogueiras e outras fontes de luz artificial. E mesmo após a descoberta do fogo, a população humana era muito pequena e dispersa. Cidades aquecidas e (um pouco) iluminadas tem menos de 5 mil anos. A festa da iluminação elétrica abundante pouco mais de cem anos.

Luzes artificiais existem desde o advento do fogo há milhares de anos.. Para que insetos continuem sendo atraídos pela luz é preciso que estes deixem mais descendentes do que outros da mesma espécie que não sejam atraídos. É possível que a vantagem de encontrar um parceiro da mesma espécie junto à fonte de luz confira uma vantagem reprodutiva que compensa amplamente as mortes que ocorrem nessas circunstâncias.

Quem defende o horário de verão certamente nunca ouviu falar em ritmos circadianos e nada sabe sobre sua importância ou sobre os malefícios causados à saúde quando os alteramos de forma artificial. Tal como os insetos voando em volta de lâmpadas, nossos organismos ficam dias tentando encontrar uma nova lógica. Finalmente, quando conseguem se adaptar, é hora de mudar de novo. É parecido com o jet lag das viagens aéreas de longa distância. Por não entender isso, ainda há quem o defenda.