Mariliz Pereira Jorge > O direito à morte Voltar
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Infelizmente vivemos em um paÃs de baixÃssimo nÃvel de educação e cada vez mais dominado pelo fundamentalismo religioso. Eutanásia é uma questão de dignidade e saúde pública e deveria ser tratado como tal. Chega a ser sádico o comportamento de alguns que, diante de uma pessoa no fim da vida em extremo sofrimento, insistem em impedir um fim digno do mesmo.
Há um tabu religioso. Mas, quem quiser abreviar o fim, é só andar com o celular de preferência um Iphone 14 dando "bandeira"! E resistir ao roubo. Morre mesmo.
Eutanásia: quando a medicina desenganou, não há perspectiva de cura. Alguém, dez anos em coma, sem voltar! Ou determinadas doenças, a pessoa sabe o que passa ao redor e vai dia a dia perdendo as funções, até o coração parar e por vezes demora anos. Sou a favor de aliviar o sofrimento. Deus deu a inteligência para o Ser Humano usar! Se fosse para ser o que é, não teria nenhuma invenção.Como minhas crianças aladas: se preocupam apenas em encontrar o que comer e aparecem aqui na sacada!
Por alguns comentários de leitores da Folha, percebe-se que o intelecto dessa gente é tão profundo quanto um pires.
Pires? Não! Tampinha de garrafa!
Folha, importante checar o código penal brasileiro, apologia ao suicÃdio é crime.
Só uma informação: apologia ao suicÃdio é crime. Decreto lei 2.848, art. 122 do código penal brasileiro.
Que pena Dona Mariliz . . . . . .
Uma sugestão à jornalista: conhecer e escrever sobre o cvv Centro de Valorização da Vida.
A maior decepção de quem se suicida é descobrir que continua vivo e em sofrimento. Sofrimento aliás, que se torna muito maior para o espÃrito, pelo ato cometido. SuicÃdio, falsa solução! Leiam o livro do André Trigueiro, jornalista da Globonews: A melhor opção é viver!
Sugiro à Mariliz e a todos, eu também tenho feito isso, ler e ouvir (youtube) a Dr. Ana Cláudia Quintana Arantes, médica paliativista, essa sim, mulher de sabedoria, autora do livro "A morte é um dia que vale a pena ser vivido". Alem disso, o direito à morte todos já temos, pois todos partiremos, nenhum de nós poderá aqui permanecer. Necessitamos realmente é do direito a compreender que o que existe é vida após a vida, e a maior decepção de quem se suicida é descobrir que continua vivo e em sof
Nunca vi atitude tão desonesta como excluir comentário e respostas como se não tivesse havido. Já que publicou o texto encare a repercussão.
Ler a Folha é motivação válida para a eutanásia na modalidade desilusão vital?
Gostei da abordagem e do questionamento da articulista. Coerente.
Hoje o texto da Mariliz valeu o pedaço que ocupa na Folha. Valeu.
Parabéns, excelente texto: cirúrgico!
É só comprar uma arma. De perto é difÃcil errar.
Comentário infeliz e ainda propõe homicÃdio.
prá quem te plano de saúde, é só deixar atrasar o boleto que tá resolvido.
A crença religiosa de alguns querendo se sobrepor a vontade e decisão de outros....que não compartilham dessa mesma ilusão.
É um debate interessante. Eu penso que há espaço para um tipo de eutanásia - aquela decidida com lucidez e independência pelo agonizante. Não aquela decidida por terceiros, nem mesmo médicos, que olham a situação dolorosa do indivÃduo e já receitam a eutanásia como solução. Já vi um pessoal ''ilustrado'' - p. ex., Bárbara Gancia - defendendo uma forma de eutanásia que me causa sérias preocupações e arrepios.
Se a pessoa ainda não sabe que o corpo morre mas o espÃrito imortal sobrevive, a defesa da eutanásia, aborto, suicÃdio e pena de morte é coerente. Assim como, ao terraplanista, é justo afirmar que existe um domo ao redor da Terra. O grande problema é quando o sujeito tenta impor sua visão de mundo sobre o outro. Terraplanistas são engraçados, não prejudicam a vida de ninguém. Materialistas podem destruir o propósito de vida de muitos, ao insistir na ideia de que a vida não tem propósito.
Isso de acordo com sua crença e sua religião. Absurdo e imoral é gente como você tentando impor aos outros seus dogmas fundamentalistas. Direito a eutanásia e um fim digno deveria ser para todos e todas.
Ricardo Rago, obrigada pela sensatez do seu comentário. A visão materialista de mundo, que se considera "livre de limitações religiosas" e por falta de espiritualidade aplaude tamanho non sense desse tipo "poucas coisas são mais civilizadas do que decidir a própria morte". Como disse Jesus: Pai, perdoai- os, não sabem o que falam.
Você sabe que o principal argumento pra terra plana é justamente uma explicação religiosa pro mundo, né? São os mesmos contra a eutanásia. E se você quer acreditar em espÃrito imortal é seu direito, não me obrigue a acreditar também.
Esse é o grande problema - o sujeito impor sua visão de mundo ao outro: você acredita num espÃrito imortal e todos os demais são obrigados a acreditar também. Captou a ideia? Então vamos parar com isso. Cada um na sua e tudo bem.
No Jainismo, quando alguém considera que a vida está se arrastando além do razoável, o lÃder religioso pode autorizar a pessoa a começar a parar de comer, beber água e pouco a pouco caminhar para a morte. Em geral essa é uma postura realista em relação à morte, mas não é bem aceita pelas autoridades indianas. Como vivo no Brasil e tenho alguma idade, mantenho contato com quem provê cuidados paliativos.
Não ouse comparar eutanásia com aborto. Na eutanásia vc decide sobre a continuidade da própria vida. No aborto, sobre a continuidade da vida de outra pessoa.
Gosto muito de assuntos que desafiam nossa razão, esse assunto, assim como a questão do aborto, deve ser de extrema reflexão.
Hoje a matéria da Mariliz foi ótima! Eu defendo mais a eutanásia do que o aborto. O aborto podemos evitar de outra formas, por exemplo evitando a pratica que os leva a concepção! Já a morte podemos apenas adiar, e nunca evitar...
Este é um assunto delicado, bem como o aborto. Entretanto, para o espiritualista que acredita na continuação da vida após a morte do corpo fÃsico, o tempo em que o paciente está doente, é uma oportunidade de reflexão para seu espÃrito que, poderá ajudá-lo muito no futuro. E isto não se trata de um dogma ou fanatismo religioso.
Então faça isso. Mas não obrigue os outros a fazerem também.
Se no Brasil houvesse o direito a eutanásia, eu já teria feito um documento autorizando a minha, assim que eu não gozasse mais das minhas faculdades mentais! Não é justo viver sem o prazer que a vida nos dar. Há muitas vidas abreviada, de quem queria viver e, motos vivos sem saber que ainda estão vivos! Eu gostaria de viver enquanto a vida for prazerosa e, também de morrer se a vida já não me trazer o prazer...
Marilis: em princÃpio eu concordaria plenamente contigo. Entretanto li outro dia uma notÃcia, claro que em site de ultradireita, que no Canadá uma senhora, que há anos batalhava pelos direitos das pessoas deficientes, ao queixar-se mais uma vez ao Estado, teria recebido como resposta a sujestão da eutanásia. Uma coisa é eu escolher, outro é quando o Estado, para fugir à s suas responsabilidades, resolve escolher em meu lugar.
Se é o Estado quem decide não é eutanásia. Há confusão na sua abordagem. O máximo que o Estado poderia é sugerir ou como no Brasil estabelecer o cuidado paliativo.
Concordo, a eutanásia tem que ser uma opção do paciente e, documentada antes de perder sua consciência. Não pode ser uma decisão tomada por qualquer desgraça, pois desgraça, pode ser passageira...
Anos atrás, pesquisando sobre isto, soube do imenso gasto em UTIs durante os últimos 17 dias de vida de um doente. A enfermidade, não a vida, é prolongada. Qual o sentido disso? Mariliz aborda a questão perfeita e oportunamente. Encaremos o problemas de frente.
some se ao desgaste emocional do paciente e da familia; é um prolongamento a troco do que ? se é desejo do paciente encerrar esse ciclo sem mais sofrimento ( fisico, emocional, financeiro para quem fica ), quem tem o direito de opinar ? e a religiosidade nao existe para todos e deve ser respeitada e nao deve ser usada para justificar o impedimento de quem quer se valer da eutanasia
O texto foi removido a pedido da autora.
Eu discordo deste comentário pois ele alega o custo com UTI de pacientes terminais! Será que há custo, ou há ganhos? Eu suponho que durante os últimos momentos de vida de uma pessoa, cientistas estuda métodos de cura da doença e, desenvolvimento de medicamentos...
Livres para decidir a própria vida ou a própria morte, desde que não fira as leis humanas ou interfira nos direitos dos outros. Ao distanciarmos das arbitrárias leis divinas, propagadas e legisladas por seus lÃderes, permanecendo apenas na esfera humana, racional e pessoal, o direito de escolha será liberado.
não sou nenhuma autoridade em Deus. augustus nicodemus e luis sayao são dois mestres da teologia reformada, mas até onde eu sei Deus não vai jogar ninguém no Inferno porque vive uma relação homoafetiva, pq cometeu aborto ou resolveu tirar a sua própria vida. não há base bÃblica pra isso!
Pato, a crença religiosa é sua. Guarde para você. Não queira que os demais sejam obrigados a adotar esses dogmas, preceitos, preconceitos...
Caro Luis Alberto, há sim base e não poderia ser mais explÃcita: não matarás! Apenas anoto, sem no entanto fazer qualquer juÃzo de valor sobre o assunto em tela.
a homossexuidade é desanconselhada por Moisés. eu imagino que aqueles povos cananeus praticassem sexo anal em crianças e jovens num ritual religioso, pois eles praticavam sacrifÃcio de suas crianças no fogo, se tatuavam e cortavam o cabelo redondinho! única vez que aborto aparece na biblia foi na primeira carta aos corintios "como um abortivo" e suicÃdio não tem nenhuma proibição explÃcita!
Texto perfeito, sensato e sempre oportuno ,um tema que deve ser exposto e esclarecido até ser aceito.
Uai? E o direito á divergência? E a diversidade de visões de mundo?
Brilhante ! Por colocar o assunto em pauta. Corajoso ! Especialmente em meio ao transe carnavalesco.
A eutanásia é um direito. Boa nota.
Eutanásia no Brasil não é um direito, mas devia ser, quando o paciente não responder mais pelos seu atos, porém isso deve está documentado quando o paciente ainda está consciente. Não pode ser uma decisão de terceiro...
Vejam o Canadá
vou levar um pressuposto: temos livre arbÃtrio>;pronto
IncrÃvel o texto, sou completamente a favor de que essa decisão, nos casos citados, seja da pessoa. Dignidade preservada.
"Deus ama o suicida". (Nelson Rodrigues)
Oi Mariliz! Esse jornal onde você expõe com brilhantismo suas opiniões é o mesmo que me cen su ra por eu expor as minhas que estão em plena consonância com você. Devo estar marcada para não me manifestar. Não desista desse assunto Mariliz. Peço com todo meu respeito a você. Tem muita coisa a ser dita sobre isso. O lobby contra é o motivo pelo qual eu fui mó de ra da, digamos assim, pelo jornal.
Sensacional Mariliz!Você está sendo imensa em tocar no ponto mais nevrálgico da vida humana.O direito da escolha entre a vida e a morte.Sem interferências. Se a pessoa chega naquele ponto sem retorno em que o sofrimento ultrapassa a própria condição de seguir em frente, é a coisa mais justa e respeitável a decisão de estancar a dor e a miséria do corpo e da alma.Te imploro Mariliz, não desista desse tema.Enquanto escrevo sei do desespero de tantas pessoas nessa situação de finitude existencial.
Parabéns pelo corpo, Mariliz. "Meu corpo, minhas regras" vale em diversas situações. Em nenhuma deveria valer tanto quanto na hora de morrer. Aos 65, percebo que a morte nada tem de trágico. É impossÃvel não agradecer por ter chegado (bem) até aqui. Seria até um pouco imoral não aceitar para mim o destino comum da humanidade. Mas, como? Eis a questão que pode mudar tudo! A discussão tem que avançar. Só não avança porque, depois dos 60, viramos uma mina de ouro para a indústria farmacêutica.
Eu estou com 66 anos e gostei deste comentário! É assim que eu penso também. Infelizmente, nosso egoÃsmo nos faz escravo para urubus da ciência. A vida tem que ser até onde ela nos dar prazer...
Quis dizer "parabéns pela matéria".
Concordo em gênero, número e grau com você. Esse jornal mais uma vez cen surou minha opinião.
Cada pessoa tem o direito de possuir suas crenças, as quais devem ser respeitadas. Se ela acredita que caso tire a própria vida vai arder nas chamas do inferno ou carregar seu Karma nas encarnações futuras é um direito seu submeter-se ao seu calvário em nome dos seus ideais. O que não é admissÃvel é esta mesma pessoa interferir no direito das outros que não acreditam em vida após a morte e possuem o legÃtimo direito de abreviar a sua própria existência, quando esta só provoca dor e sofrimento.
Sr. Luiz, não estou me limitando ao texto. Estou me referindo à s pessoas que são contra a eventual lei que permita a eutanásia e o suicÃdio assistido.
E quem disse o contrário? O texto não diz nada sobre uma pessoa interferir no direito de outra que quer continuar vivendo, mesmo que em péssimas condições.
...das outras...
Artigo de extrema sensatez! Agradeço-lhe imensamente, Mariliz, por externar sua sensata opinião sobre um tema ainda considerado tabu.
Eis aà um direito que mais cedo ou mais tarde não será negado a ninguém. Ao contrário de uma sentença condenatória, é o único prêmio que não se pode recusar. Assim como ao nascer recebemos uma sentença obrigando-nos a enfrentar as dificuldades deste mulndo, ao final recebemos a liberdade de não mais sermos obrigados a existir.
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