Opinião > Paliativo contra evasão Voltar
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O mais impressionante desse editorial é o silêncio sobre a queda pela metade do número de estudantes que fizeram o Enem no perÃodo temer/Bolsonaro. E não relacionam isso com a reforma do ensino médio do próprio temer; que, pelo contrário, defendem com unhas e dentes. A medida do atual governo é muito mais eficaz que esse NEM do temer.
Se os alunos não se interessam em continuar o ensino médio, ou se não fazem a prova do Enem é porque não veem isso como prioridade em suas vidas. Claro que se receberem para estudar, muitos vão seguir nos estudos. Assim como uma empresa que recebe subsÃdios pode permanecer funcionando. Mas alguma vez na vida aplicarão por exemplo o teorema de Pitágoras, se é que lembrarão dele no futuro?
Jove, peguei o exemplo do teorema porque ele foi recentemente esnobado pelo Felipe Neto, que declarou candidamente que não sabia para que ele servia. Seria diferente se os professores ensinassem o contexto de sua aplicação, mas não creio ser o caso, nesse e em muitos outros casos.
Você pegou um mau exemplo para quem queria esnobar a educação formal, Cardoso. O senhor já usou o teorema de Pitágoras se construiu um galpão na roça, pois precisou se assegurar de que suas paredes estavam paralelas, com os cantos em ângulos retos, será que não? Agora, achar que aluno de ensino médio sabe decidir o que é prioridade para a vida dele te põe a meio caminho de um zemané.
Que reforma do ensino médio? A do Temer? Quando foi que Temer teve plataforma e voto para instituir uma reforma? Não teve, a sua reforma foi uma imposição do mercado para formação de mão de obra instrumental e não reflexiva e crÃtica. O que houve foi uma amputação na formação dos jovens. Um absurdo em termos de polÃtica pública em pleno século XXI. Folha lobista!
Excelente porque é o que temos para o momento. Assim como o Bolsa FamÃlia impede as crianças em semáforos porque estas ganham mais se estiverem matriculadas nas escolas, essa polÃtica também evitará que jovens saiam da escola para ajudar a famÃlia.
Realmente é uma medida paliativa para o problema da evasão. Mas é uma medida imediata para melhorar estes Ãndices. Mas dizer que o problema é causado pelo formato do ensino me parece equivocado. A própria reportagem indica a causa como de ordem econômica, os jovens precisam trabalhar. Qual a reforma defendida pelo jornal? Ja foi feita uma no governo Temer, que piorou sensivelmente a qualidade. Para os pobres.
A questão é: qual a causa da evasão? São duas: necessidade de ir trabalhar para completar a renda em casa ou pelo fato de o jovem simplesmente não ver sentido ficar quatro horas na escola se pode fazer entregas de bicicleta e já ganhas dinheiro. Deficiência no aprendizado, vindo do fundamental, causando desinteresse e desistência. Só dar dinheiro vai resolver? Não. Melhor seria unir o currÃculo a um programa de estágio remunerado, aumentando a carga horária para o integral. Mas...
Boa ideia do estágio remunerado. Achei um exagero dar dinheiro para alunos até 24 anos. Alguns podem repetir de ano só para ficar recebendo
Não me parece una polÃtica das mais efetivas, visto que poderá levar a um esquema de recompensas por pobreza e não por mérito. Sabendo que o aluno será privado do acesso a uma soma de recursos que faria toda a diferença na vida da famÃlia, não seria de se estranhar que o professor/escola se solidarizasse ante a oportunidade de flexibilizar os parâmetros para uma eventual aprovação. Não digo que não seja necessária, mas talvez mal desenhada. A ver.
Desta vez estou com o editorial, que em seu corpo relata sobre o programa do governo. Mas, para não variar, o tÃtulo soa pejorativo e a reforma é cobrada no final.
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