Mirian Goldenberg > É preciso saber viver! Voltar
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Saber viver é uma questão recorrente no cotidiano de cada pessoa, uma habilidade que será desenvolvida gradualmente, uma vez que ninguém a traz consigo quando chega a esta vida. Bel Cesar– autora e psicóloga – e mãe do Lama Michel Rinpoche (brasileiro), disse certa vez: "Não há como negar a dor, mas podemos lidar com ela por doses. Podemos nos abrir para grandes dores, começando por aceitar as menores".
“Sinto tudo ao meu redor”: você pode ser uma Pessoa Altamente SensÃvel (PAS). O som dos pássaros, um aroma intenso, a luz do dia que invade um cômodo. Tudo isso pode passar despercebido para a maior parte das pessoas. Mas, tudo isso cabe em apenas um segundo e são sentidos de uma vez para um grupo especÃfico indivÃduos. É o que acontece com uma PAS. (1/2)
Os pesquisadores Jenn Granneman e Andre Sólo, criaram o Sensitive Refuge, uma comunidade on-line PAS em inglês, mas no Facebook há vários grupos para PAS do Brasil e de Portugal.
Na obra Felicidade É Inútil, Barros filho declara: para muitos, pretender a sabedoria requer maturidade. IncompatÃvel com tempos de infância e juventude. A sabedoria implicaria considerar a vida de certo jeito, próprio de quem já viveu muito. E já acumulou experiências de vários tipos. (1/2)
Maturidade nem sempre tem relação com a idade
Se a sabedoria requer maturidade, toda vida vivida antes dela não passaria de um preparativo. Vida de menor valor. Vivida em certa inconsciência inconsequente. No caos do acaso dos encontros. Sem âncora. Sem Norte para nortear. E sem Oriente para orientar. Aà talvez seja tarde demais. (2/2a)
Afinal, de que adiantaria aprender a viver justo quando a vida já está no fim? Para o amargor final da certeza de tê-la vivido errado? E que tudo poderia ter sido tão diferente, se tivéssemos aprendido a pensar a vida mais cedo? (2/2b)
Na obra A Felicidade É Inútil, Clovis de Barros Filhos reflete sobre felicidade e sabedoria. Diz ele: Para o sábio, tampouco basta viver bem. Com o prazer superando a dor. A alegria vencendo a tristeza. E o sucesso mais recorrente do que o fracasso. No universo caótico de mundos que afetam, a sabedoria exige mais do que simplesmente manter a potência em alta. (1/2)
Sobretudo se a vida entendida como boa resultar de variáveis fora de controle, do acaso, da sorte. Ou de decisões condenadas pela moral. Aviltantes para a humanidade. (2/2)
Curiosamente, do mesmo modo que alguém muito sociável também precisa aprender a estar só, uma pessoa altamente sensÃvel (PAS) tem que buscar o ponto médio entre se expor demais no mundo exterior e se manter longe demais voltando-se para o seu interior. Ou seja, à s vezes a PAS tem de se proteger demais, quando na realidade o que deseja é estar fora, no mundo. Logo, sua alta sensibilidade funciona com um mecanismo de sobrevivência.
Por isso a inveja dos extrovertidos
Meninos e meninas tendem a ser tratados de forma diferente quanto a sua sensibilidade. No caso dos meninos a tendência é reprimir essa sensibilidade, enquanto nas meninas ela é potencializada e chegam a ser superprotegidas. Esse preconceito cultural tende a se manter na idade adulta, embora a visão social dessa caracterÃstica esteja mudando: A cada dia há mostras de como ela está sendo vivida e percebida como uma fortaleza de enorme utilidade, tanto pessoalmente como no âmbito do trabalho.
É difÃcil saber viver, mas a gente precisa ao menos seguir tentando aprender.
Sempre buscando
Na obra Sobre a Felicidade, Frederic Lenoir diz divergir de Arthur Schopenhauer. "Se (ele) tem razão em sublinhar que a felicidade provém essencialmente da SENSIBILIDADE e da personalidade, ele subestima grandemente o fato de que podemos, por meio de um trabalho sobre nós mesmos, agir exatamente sobre a SENSIBILIDADE para torná-la mais desabrochada e, por aà mesmo, conseguir realizar melhor nossas mais profundas aspirações".
A experiência de Lenoir, porém, é inversa a do filósofo alemão, pois ele acredita que é possÃvel, por meio de exercÃcios psicológicos e espirituais, modificar o olhar que lançamos sobre nós e o mundo. Penso, então, como Schopenhauer, que a felicidade e a infelicidade estão em nós, e que “no mesmo ambiente, cada um vive em outro mundo”. Ao contrário dele, estou convicto de que podemos modificar nosso mundo interior.
Lenoir afirma que para Schopenhauer não podemos mudar: por exemplo, um colérico continuará a se irritar; um medroso permanecerá medroso; um ansioso, ansioso; um otimista, otimista; do mesmo modo que um enfermo continuará enfermo; uma força da natureza continuará uma força da natureza.
Lenoir declara que para Schopenhauer a felicidade reside, pois, fundamentalmente no ser, no que nós somos, em nosso contentamento interior, fruto do que sentimos, compreendemos, queremos: “O que alguém possui para si, o que o acompanha na solidão e que ninguém pode nem lhe dar, nem lhe tomar, eis o que é muito mais essencial do que tudo o que ele possui ou o que ele é aos olhos dos outros".
E sensibilidade pode levar à tristeza, não à felicidade
"(...) por ter recebido uma crÃtica destrutiva de uma das pessoas mais narcisistas, arrogantes e invejosas que eu conheço." Você não vai dizer, mas acho que essa pessoa escreve neste jornal. Acertei? Diga apenas 'sim ou 'não', se puder.
Não acertou
Mirian, com certeza você tem bons motivos pra ser feliz, porque inúmeras pessoas a admiram, aqui na Folha e fora dela. Melhoras para a sua amiga internada.
Muito muito obrigada Filipe
Perfeito o texto! Sempre aguardo com alegria a tua coluna, Mirian. Sempre um grande aprendizado. Você se desnuda e mostra que as questões não são tão objetivas, apenas uma escolha. A vida, mesmo para quem tem no trato profissional encaminhar soluções para questões emocionas de conflito, nem sempre oferece escolhas tão simples, como APENAS um ato de vontade, para livrar-se de "pessoas tóxicas". A "vontade de potência" (Nietzsche) é para poucos. Obrigado por se mostrar tão fragilmente humana!
Muito muito obrigada Ivo. Precisa ter coragem, como me ensinou meu melhor amigo de 98 anos
Mirian, obrigado pelo tocante texto. Somos companheiros da viagem da vida. Um abraço
Que delÃcia saber que somos companheiros de viagem
uau, quem sabe, sabe, quem não sabe, bate palmas! li e reli todos os comentários desta magnÃfica obra prima, e encontrei só um que infiltrou polÃtica, e nenhum que desabonasse seu conteúdo. então a mim resta bater muitas, mas muitas mesmo, palmas para esta criança por nome de mirian goldenberg.
Que lindo Fausto. A criança Mirian Goldenberg agradece todo o seu carinho
Como alguém muito rancoroso e vingativo, procuro controlar esse sentimento ruim e pensar que viver bem e sempre buscar a felicidade, sem reservas, é a melhor resposta a tudo de ruim que me fizerem.
Na próxima coluna vou escrever sobre isso Marcus
Cara Mirian texto excelente, o lugar de pessoas tóxicas é lugar nenhum,achei sua letra muito boa,seus textos são espelhos de muitas outras vidas,por isso são tão aclamados e reconhecidos.
Fico muito feliz Tadeu
Quanto tempo e a dor continua... Muito triste...
A vida inteira
Miriam, você é a voz libertadora dos “sofredores absolutos”. Você diz o que precisamos ouvir. A felicidade passa por essa faxina citada: pessoas ruins, comparações, etc.. Conto com você para ser a porta-voz dessa legião.
Aceito
Mirian: lindo texto. Expor-se, mostrar fragilidades não é para qualquer pessoa. Você fala de experiências emocionais que são vivenciadas por muitas(os). O excesso de sensibilidade muitas vezes é ruim, mas há algo de muito humano nisso.
Carla, amei. Sempre juntas
Sempre comovente, Mirian! Creia: seu belo trabalho nessa coluna a faz amada por pessoas que você nem conhece. Eu entre elas...
Helena, você nem imagina como fiquei feliz com seu comentário. Muito muito obrigada pelo carinho
Eu me solidarizo com o muito bonito texto, porque sou muito parecida, sou exagerada e intensa, sugiro a musica Baioque do Chico que tambem nos representa.
Acabei de ouvir: que delÃcia
Vou ouvir agora mesmo
Eu também tenho esse problema de sofrer por coisas e pessoas irrelevantes. Mas estou aprendendo a resolver. Só que meu tratamento é radical. Penso: a morte é o final e ela vai chegar a qq momento. Então, enquanto não chega, vamos parar de sofrer por bobagens?
É o tratamento mais eficaz, com certeza
Você já se imaginou sem essas dores? Saberia viver sem esse rosário de traumas?
Não
Miriam, faça dos altos e baixos da vida um aprendizado. Use a sofrência do cotidiano para acalmar os espÃritos e fantasmas do passado.
É isso que busco fazer Ronaldo, escrevendo
Para descontrair...A par de que você deu uma topada no sofá da sala e fraturou um osso do dedo do pé. Mirian, fiquei curioso: "Quanto você calça? Tá mais para pé de anja ou pé de jogadora de basquete?" rsrs...Melhoras...Dica: caminhar na areia causa um menor impacto nas articulações dos pés que caminhar no asfalto.
Quebrou mesmo: duas semanas de molho sem poder caminhar, nem na areia
Vou fazer amanhã. Espero poder caminhar em breve. Muito obrigada pelo carinho
Pode ser uma luxação...Se não fez RX melhor fazer...Costumo praticar meditação correndo dia sim dia não, nem pensar quebrar um dedinho...Se cuida, você é muito importante pra gente...
Calço 36 e meio, nem anja nem jogadora. Mesmo na praia está doendo muito. Vou ter que imobilizar o pé
Mirian querida! Que coragem a sua de reconhecer e falar sobre seu sofrimento e sensibilidade. Você tem muito mais força do que imagina! Já já o pé melhora e você seguirá pisando firme!
Adorei querida: estou ansiosa para voltar a dar as minhas caminhadas na praia. Sempre juntas
Eu assisti recentemente uma série de palestras do psicólogo Paul Bloom na internet, que faz uma espécie de resumo do estado da arte dessa disciplina. Fiquei surpreso de como há um consenso que os principais traços de personalidade são herdados geneticamente. Tanto Freud como Skinner (cada um deles ganhou uma palestra exclusiva), embora muito diferentes entre si, tinham a crença que o meio ambiente familiar e social era muito mais importante do que se sabe hoje.
Com certeza
Suas reflexões revelam um tanto de você e outro tanto de mim. Então, isso me ajuda a me conhecer mais e melhor. Obrigado.
Que lindo Saulo. Amei
Pessoas sensÃveis podem ser vistas como um problema na infância. Pais querem consertá-las ou torná-las mais duronas – assim como colegas de trabalho, amigos e até parceiros amorosos. Esses esforços são equivocados não só porque a sensibilidade é um ponto forte, mas porque são simplesmente inócuos. Eles não entenderam que nem todas as crÃticas, berros ou agressões fÃsicas/psicológicas/morais do mundo tornarão PAS menos sensÃveis. Isso porque a sensibilidade está gravada na natureza de cada PAS.
Estudos mostram que a sensibilidade é transmitida de uma geração para outra. Bebês das sobreviventes do 11 de Setembro tinham nÃveis de cortisol semelhantes aos das mães, sugerindo a seguinte questão: "Será que a experiência do trauma das mães poderia ser transmitida aos bebês antes mesmo deles nascerem.?". O comportamento humano é um mix de determinismo e ambiente, afinal muitos filhos de pais violentos se tornam altamente sensÃveis...
No debate natureza/criação (inato/adquirido), a resposta mais comum é que ambas importam. Mas tal observação se aplica especialmente a PAS, porque o padrão genético delas as torna mais responsivas ao meio. Em seus primeiros anos de vida, se você foi criado em um ambiente hostil, pode ter se tornado mais sensÃvel como estratégia para sobreviver. Se, no entanto, você foi criado em um ambiente com muito apoio, pode ter se tornado mais sensÃvel para poder absorver os benefÃcios até a última gota.
Só torna as crianças mais sensÃveis, tristes e inseguras
Prezada Miriam, Mudar radicalmente é raro na vida de uma pessoa. Mas eu acredito que ao longo dos anos a gente pode ir aparando os contornos mais duros, as arestas msis ásperas. Um exemplo: Aos vinte anos, eu era terrivelmente hipocondrÃaco. Hoje, aos setenta, olho para minha finitude e aceito-a, com um pouco menos de angústia do que antes e tento estar vivo a cada minuto do meu dia
Eu também tento saborear cada minuto da minha vida
Prezada Miriam. Acho que a . música que melhor lhe fará, e Eu Quero Uma Casa no Campo. Estou falando sério. A vida urbana em você tem efeito tóxico
Vou conseguir
Excelente ideia. Ar do mar e nas noites de lua cheia, derramada nas ondas Discos de Cayimmi embalando as palmeiras. Rezo para que consiga
Eu quero uma casinha em uma praia bem tranquila
Sempre leio e sempre gosto muito.
Fico muito feliz Jair
Dos pontos negativos da vida manda, achar os positivos. Em qualquer situação, existe a parte positiva.Após a cirurgia de ca que teria de tomar quimioterapia, olhei para minha irmã caçula, que o covid com a ajuda do bolsonaro e dos oportunistas, levou, fiz sinal: vou raspar os cabelos.Antes da 1ªquÃmio,pedi ao cabeleireiro:máquina zero.Estavam quase na cintura.De uma dose a outra,os cabelos cresciam, mandei o passar gilete. Pagava uma fortuna. Dei uma banana para o maligno.
Neli, precisa ter muita coragem, coragem, como diz meu amigo de 98 anos.
Querida Mirian, o seu samba toca em pontos profundos e universais da experiência humana, utilizando uma abordagem direta e reflexiva. A mensagem central é uma crÃtica à tendência de algumas pessoas de se concentrarem excessivamente nas tristezas, sofrimentos e frustrações da vida, esquecendo-se de viver plenamente e apreciar os momentos. O refrão “Você não sabe viver” serve como um lembrete ou chamado à ação, sugerindo que há uma habilidade ou sabedoria em viver a ser descoberta. Gostei.
Alexandre, eu adorei sua interpretação. Será que a menininha de seis anos já sabia o significado do refrão?
Artigo muito bom, pois acredito que existam pessoas menos/mais sensÃveis que as outras, mas faz algum tempo que descobri que há aquelas que são ditas pessoas altamente sensÃveis (PAS). Elas são mais suscetÃveis à estÃmulos internos, como as emoções afloradas, e externos, como barulhos altos, cheiros fortes, muitas luzes ou superfÃcies ásperas. Ao trabalhar com Informática lidei com PAS, mas levei numa boa. (1/2)
Sem medos ou apesar dos medos?
Muito obrigada pelas indicações. Vou ler em breve
Indico o livro SensÃvel: O poder secreto das pessoas altamente sensÃveis em um mundo sobrecarregado - Andre Sólo, Jenn Granneman. Esperando na minha estante tem O eu SensÃvel: um Encontro na Esquina da rua dos Sentimentos com a rua das Sensações, no Bairro do Pensamento, na Cidade do SensÃvel da Beatriz Breves. O da Elaine N. Aron achei mais voltado para quem faz terapia...
Na Informática tem muita gente PAS. Embora ser PAS seja um traço sobretudo positivo, Elaine N. Aron explica no seu livro Pessoas Altamente SensÃveis que muitas delas são alvo de uma visão negativa e taxadas como frágeis, fracas ou tÃmidas. A maior parte do mundo pensa que há um problema com gente PAS, mas estas crescem acreditando que há algo errado com elas, se sentem diferentes, num mundo averso à diferenças.(2/2a)
Apesar de sua inteligência, generosidade, intuição e criatividade, PAS às vezes são estigmatizadas pela sociedade, que lhes diz para esconder exatamente o que as torna tão especiais: sua sensibilidade. Desde criança somos ensinados a reprimir o que sentimos. "Chorar é para os fracos", "Sentir raiva é feio", "Sentir medo é para covardes" etc. (2/2c)
Tenho lido e aprendido muito sobre o tema
Acredito que nasci PAS, mas o budismo me livrou dessa condição. Aprendi a usar a minha sensibilidade a meu favor e dos que estão a minha volta. Sensibilidade demais pode ser ruim, nos deixa muito emotivos e mal quando há incertezas. Mas achei meu equilÃbrio, usando isso para o lado bom/bem. Saber expressar sentimentos de forma verdadeira, mas com limites. Sem medos, poder sentir o mundo e conhecer pessoas. (2/2b)
Eu mesma curei a ansiedade .Trabalhava feito muito, em 2004,a razão de meu viver,Santos, jogava. Queria saber o resultado do jogo. E,voltava para casa, só depois de duas horas, ia saber o resultado. Foi o segundo semestre inteiro. Certa época, chutei, sem querer, o berço de um sobrinho neto. Vi estrelas.Fui trabalhar, no dia seguinte, chinelo de dedo.Acostumei! E só fui saber que quebrara o dedo uns seis meses depois quando fiz um exame por causa do tratamento de câncer.
Neli, estou aprendendo muito e ainda tenho muito a aprender.
Muito tocante, Mirian. Tua voz há de ser oxigênio!
Que lindo Carlos: a minha escrita é o meu oxigênio
Mirian, parece-me que o tópico frasal do seu texto, já somado o repertório vivido até aqui, está no desaforo vivenciado na toxicidade com seu par de trabalho. Parece-me. E na academia temos esses seres que vieram ao mundo para desequilibrar quem se destaca, pelo simples fato de não conseguirem, por méritos próprios, chegar ao mesmo patamar. Eu sei, você sabe, todos aqui sabemos que isso é um tipo de assédio sobre ti. Se for, grite formalmente. "O silêncio da vÃtima é o combustÃvel do assediador"
Escrever é minha forma de transformar a dor em propósito de vida
Querida professora Mirian Goldenberg! Bom dia! Se eu pudesse curaria a sra dessas memórias Tati Bernardi!
Não tem cura, mas pode ser transformado
Excelente texto Mirian. Identifico-me muito com você e suas palavras. Graças a Deus tive um pai maravilhoso, amoroso, carinhoso, mas isso não impediu que eu fosse uma pessoa totalmente ansiosa.
Ansiedade é o mal dos nossos tempos
Muito bom, Miriam! Parabéns também pela letra do samba: bela e cheia de ensinamentos...
É a única musiquinha que fiz até hoje
Então, Mirian, existem motivos para comemorar. Como diz um amigo é impossÃvel trocarmos o nosso chip interno, mas, digo eu, podemos tentar ajustá-lo. Abrir o coração e exorcizar os demônios que nos habitam é resultado de uma belÃssimo ajuste e certamente está ajudando muita gente que lê a coluna. No meu caso, consegui me livrar de pessoas tóxicas que me rondavam, mas o caminho é longo. Temos que aceitar que vivemos entre o amparo e o desamparo, trabalhemos para que o primeiro estado prevaleça.
Que lindo João: entre o amparo e o desamparo
Aos oito anos, no pátio da escola, minha professora Marta; por quem eu era apaixonado, disse: "Vamos fazer fila para entrar em classe". Fiquei prontamente no meu lugar. Porém ninguém queria ficar atrás da Amanda; "Ela está com problemas", eu disse em alto e bom som: " E da� Isso não me afeta!" . Todos os outros alunos que evitavam a fila entraram na minha frente. Notei que meu mindset impedia que eu ficasse ansioso, enquanto ouvia os outros dizerem, "é verdade, isso não me afeta também".
Cuidar da dor dos outros é a melhor forma de cuidar da minha própria dor
Miriam querida, minha sogra no alto da sua sabedoria mineira raiz uma vez disse o seguinte: “ninguém joga pedra em pé de laranja azeda. Epitáfio é perfeita e sugiro uma vibe mais carnavalesca com “Tá escrito”. A música também cura a alma!
Essa "ninguém joga pedra em pé de laranja azeda" é das melhores frases que já li.
A música cura a alma
Se você chora, se você sofre, se você quer se aborrecer… Você sabe viver, você sabe amar, você quer entender que um dia você também há de morrer. Você não é diferente de ninguém, você é gente também. Por isso venho agora dizer… Você sabe viver. Mas não se aborreça; sorria, cante, dance, chore e ame muito até morrer de viver.
Ficou muito melhor Marcos, adorei
Adoro sua coluna, porque seus relatos me chocam e, apesar de todo o sofrimento e dor que carregam, suas palavras sempre me dão mais esperança na vida. Muito obrigado por existir e escrever.
Roberto, nunca deixamos de ser a criança que um dia nós fomos. Mas aprendemos a transformar a dor em beleza
Que lindo Luciano: transformar a dor em beleza
Te entendo perfeitamente. Tenho 67 anos de idade e ainda sou, por baixo da máscara social, aquele menino de 08 a 12 anos que era ridicularizado por ser gago, sem amigos e sofria até quando via o desenho do porquinho gago. Aprendi que traumas de infância nos marcam e acompanham por toda vida.
Querida professora Mirian Goldenberg! Se eu pudesse curaria a sra. dessas suas memórias, que tanto lhe castigam! Acho que viver é como gerir uma firma: É preciso um coração de pedra! O meu pai nunca bateu na mamãe, nem em nenhum dos seus filhos! Minha mãe, sim! Não tenho filhos. Tenho Azoospermia obstrutiva. Um pai pode bater nos filhos para não perder o controle da casa! Isso deve doer muito nele! Filhos que não temem seus pais terão problemas na vida. Serão irresponsáveis
O medo não é bom conselheiro, pais não devem nunca bater ou machucar seus filhos. Talvez se soubessem os traumas que estão provocando aprenderiam a cuidar com mais amor e compreensão
Luis, não tem cura, mas podem ser transformadas em muito amor
Sempre maravilhosa, Miriam! Aproveite bem o seu dia...Sejamos mais destemidas, acho que "é preciso saber viver"..mas nem todo dia conseguimos dar conta de como gostarÃamos.
Tem que ter coragem, Silvia, coragem, me ensinou meu melhor amigo
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