Opinião > A universidade sabe reconhecer as competências dos seus professores? Voltar
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Qual o currÃculo que as universidades usam? O Lattes, que é um currÃculo do Ministério de Ciência e Tecnologia, e não da Educação. Assim, o próprio currÃculo valoriza mais a publicação do que as outras atividades acadêmicas. Somente as publicações são organizadas no Lattes. O MEC deveria organizar seu currÃculo
Excelente artigo. Estamos na era da "Salami science".
Respondendo à pergunta feita no tÃtulo do artigo: não! A Universidade não sabe reconhecer as competências de seus professores. Sobretudo as competências do contexto de sala de aula. Nos concursos, por exemplo, número de publicações vale mais do que a prova didática.
Exato. Participei de uma banca de concurso p professor/a cuja melhor escolha (primeiro lugar) deveria ser de uma professora brilhante na aula/expositiva. Mas ela quase não apresentou artigos. E seu currÃculo mostrava que a própria viajava semanalmente para três cidades, para "dar aulas". Pobre de grana, mas rica em lutas de sobrevivência. Resultado: foi primeiro colocado alguém com mais artigos, aula medÃocre, pouca experiência docente.
Concordo com a matéria. No entanto, ela se refere aos Estados Unidos. No Brasil, fator de impacto em publicações é subestimado, por exemplo, eu já publiquei como primeiro autor na Nature que tem fator de impacto 60 pelo Ãndice JCR ou revista tipo Qualis A, Ãndice brasileiro. No entanto, este Ãndice Qualis considera qualquer periódico acima de 4 na JCR também como A, ou seja, no Brasil você é pode ser subavaliado (15x para baixo), um desrespeito para quem consegue publicar na Nature.
Infelizes os tempos em que basta, ou pelos menos assim pensam alguns, mencionar o agente em que foi veiculado o trabalho cientÃfico para garantir a sua relevância. Essa falácia, embora complexa e multi-facetada, atual/ é bem compreendida nos meios especializados. Para respeitar um trabalho é preciso conhecer o seu conteúdo; o veÃculo é apenas coadjuvante mas nunca determinante.
Correto. A carreira acadêmica é muito mais complexa do que a publicação de artigos. E a avaliação da publicação não pode ficar restrita ao número de artigos. É preciso ver a contribuição de cada coautor nos trabalhos.
As publicações são uma exigência da carreira universitária e nesse contexto é preciso que as comissões que analisam os artigos sejam rigorosas em sua aceitação. Um artigo cientÃfico não é um mero recurso para se escambar por preciosos pontos para a carreira. Para além da difusão, esses artigos devem efetivamente contribuir para o desenvolvimento cientÃfico.
Além do problema levantado pelo artigo, sobre a falta de métricas para o reconhecimento dos professores atuantes em sala de aula e nos laboratórios, temos ainda o desperdÃcio de talentos acadêmicos na gestão universitária. Quem consegue competir fazendo pesquisas quando fica obrigado a gerir um departamento ou uma escola sem qualificação para tanto? As universidades precisam investir em gestores e deixar seus professores fazerem o que sabem.
Olhar apenas o número de publicações é preguiça do avaliador. O fator de impacto das revistas e as citações de cada artigo medem de certa forma a qualidade da publicação (sem precisar ser um especialista na área). Cabe aos avaliadores olhar outros aspectos (participações em conferências como convidado, orientação de alunos, supervisão de pós-docs, contribuições em extensão e em ensino). Muitas universidades fazem isso, pedindo e avaliando relatórios periódicos de seus professores.
De fato, a avaliaçâo acadêmica hoje valoriza quantidade mais do q qualidade. Há premios Nobel com ranking menor do q cientistas sem contribuição relevante.. Alguns criam verdadeiras fábricas de artigos medïocres, q algumas vezes viram pseudo-ciencia. Publish or perish,. Enorme desperdÃcio de recursos.
Mesmo assim, são as universidades públicas cuja contribuição de pesquisas cientÃficas é comprovada (90%). Mas foi ex-presidente da república mentia (sem vergonha) ao dizer que as particulares é que realizavam pesquisas. A maioria das particulares não tem tradição e nem cultura universitária, não porque são novas, mas porque seu objetivo maior é o lucro financeiro, maximizado pela EaD.
Quem avalia o que é a polissêmica "qualidade"? Qualidade varia muito de avaliador para avaliador.
Nas universidades federais as promoções ocorrem envolvendo os 3 pilares e não apenas a pesquisa. Não sei o de está a crÃtica, pois para ser um ótimo professor é preciso gerar conhecimento novo, pois hoje em dia, o que está nos livros qualquer aluno tem acesso.
Promoções nas carreiras federais costumam ser por tempo de serviço. Já o acesso a verbas de pesquisa, bolsa, verba para participação nacional e internacional em seminários e congressos, dependem unicamente da publicação de artigos, principalmente nos tais Qualis internacionais.
Tem muito cientista caroneiro por aà chegando aos 400 artigos publicados. Com zero artigo disruptivo no embornal.
Um indicador que mostra claramente a importância do pesquisador é o de "aplicação prática", valorizando quem inventou a vacina da covid, por exemplo. Tem muito artigo cientÃfico juntando barata no fundo da gaveta.
Vira o disco minha filha
Você deve ser "do tipo", pequeno em todos os sentidos.
Se ofendeu? Escreve "artigos cientÃficos "?
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